Todos nós sentimos necessidade de dar uma parada de vez em quando, pensar na vida, refletir, meditar, respirar fundo e bons ares, falar sozinho e falar com Deus, gritar, soltar o que está preso, enfim, extravasar.
Neste sentido, todos nós temos nossos espaços sagrados seja em casa, seja num lugar especial, num abrigo e porque não dizer, um refúgio. A natureza está aí a nossa disposição para ser usada com sabedoria, confiança, entrega, respeito e é incontestável sua capacidade de nos revitalizar, mostrar o quão somos pequenos face a este Universo maravilhoso que Deus criou e nos coloca pronto para nos atender. Chegarmos em frente ao mar,observarmos as ondas, sentirmos a areia sob nossos pés, sentirmos a brisa que bate no nosso rosto faz vir a tona canções de amor cristãs, conversas mentais que nos colocam frente a frente com nós próprios e aí sentimos a presença do Pai dentro de nós na sua forma mais bela. Pensamos na plenitude do macrocosmo que está em nós, sentimos a presença do nosso Anjo da Guarda que nos auxilia e acompanha nossa caminhada, nossos tropeços, felicidades, tristezas e perguntamos e já nos respondemos porque, tudo dentro da necessidade evolutiva e aceitamos com um filho que respeita a vontade do Pai que sabe o que é melhor para nós. Nos emocionamos, choramos, soltamos o ar carregado e denso de coisas ruins impregnadas por nossas próprias escolhas. Esse fenômeno de interiorização que nos faz acordar pode ser despertado em locais ditos paradisíacos como Praias, Chapadas(como a Diamantina), Bosques, Jardins, Lagoas, enfim locais que possamos contemplar o Céu estrelado a noite ou um Santuário em que a presença Cristã aflora em nós tão sutil e amorosa. Lembrei-me num destes momentos da seguinte canção:
“De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Que o vento ainda estar forte
Vai ser bom subir nas pedras sei
Que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora....” (Cantem o resto,se arrepiem e se emocionem)
Renato Russo – “Vento no Litoral”
Saímos mais leves e chegamos que nada neste mundo nos pertence, nem mesmo nossas vidas, tudo pertence a Deus e que voltaremos um dia a Pátria Espiritual quando aprouver nos chamar, voltaremos como chegamos,ou seja,sozinhos. É necessário desapegarmos deste nosso materialismo exagerado e de pessoas que são livres, temos que libertar para ser libertados.
Nestas horas o amor de São Francisco de Assis pela Natureza (animais e plantas) explica isso que precisamos rever em nós:
“Senhor, fazei-me um instrumento de vossa paz”
(...) “Ó Mestre, fazei que eu procure mais,consolar do que ser consolado....”
(Cantem o resto,se arrepiem e se emocionem)
Não tem como ficarmos isentos da sensação de liberdade e leveza. É uma verdadeira terapia, cristandade e efervescência do que realmente somos, ou seja filhos de Deus, enfim luzes.(“Sois Deuses” J.C.),
Manoel Trajano, 24/10/08, 17:00 h – 17:17 h.
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