Estamos às vésperas da festa momesca, em que a Alegria é o objeto maior de busca de realização total. Alegria esta que no passado era pelo simples motivo de brincar, de divertir e compartilhar emoções regados ao som harmônico e contagiante das marchinhas, do Trio Elétrico na charanga, do Carnaval de Rua na porta de casa e da lança perfume que era jogada nas pernas da mulherada. A festa cresceu,tomou proporções de Estrutura, Empreendimento,Produção,Lucro,Marketing e o que é pior de tudo,virou motivo de refugio, de extravagâncias, de descontrole emocional e inversão dos verdadeiros valores daquela que deveria ser a maior festa do mundo,mas sua projeção para o mundo esta no tamanho, na quantidade de pessoas nas ruas e capacidade de movimentar um mercado milionário e imediatista. O Carnaval do Rio através das Escolas de Samba mostra um luxo exuberante e uma realização de sonhos e fantasia que esconde a pobreza de um povo que no resto do ano sofre com a violência,o desemprego e prostituição infantil. São Paulo também se esconde através dos panos e enfeites da sensualidade e da exuberância. Salvador esconde através da cidade virtual um mundo que as pessoas não vêem,também de miséria,violência,sexo desenfreado,injustiça para com o povo sem espaço e opção,sob o aperto e o sacrifício de ver artistas de seu gosto que na maioria não tem compromisso com a melhora social das pessoas e o bem estar de quem está embaixo,alem de não cumprir com suas obrigações tributárias seja como empresa ou cidadãos. O Carnaval mudou,perdeu a simplicidade,perdeu sua razão de ser e os valores são totalmente esquecidos naquela que é a Festa da Carne,que nada de católico tem mais no seu sentido antecipando a quaresma. Todos tem uma estória para contar do que viveram,vivenciaram ou testemunharam em algum ano de suas vidas.Hoje,não se conquista um beijo de uma garota bonita,se rouba e à força,porque nesta época segundo uns Ninguém é de Ninguém(nada a ver com o tema do excelente livro de Zibia Gasparetto) e sim no sentido mais puro,vulgar e banal que algumas pessoas pregam ate mesmo antes de começar a festa,terminando relacionamentos em prol da liberalidade leviana e depravada. Outros malham o ano inteiro e tomam bomba para bater no período momesco (por prazer,necessidade ou falta de amor na infância?). A questão social em que o país vive se expõe fortemente e de uma maneira tão clara através da violência,da miseria,da falta de educação,desrespeito que extrapola aquilo que poderia-se dizer exclusividade da classe pobre,ela envolve todas as classes e atinge todas elas,se destruindo,se matando,em nome de uma falsa alegria revelada melhor com o nome de pretexto. Infelizmente, o Carnaval não é mais o mesmo. Quem tem ou teve a oportunidade de trabalhar nesta mega-festa seja na área de Segurança,Saúde,Policial,Administrativa,Infra-estrutura,sabe que na maneira que está e como é feita hoje não há mais espaço para as crianças,os idosos,as pessoas de boa índole que acabam sendo vitimas(algumas vezes fatais e em seus primeiros carnavais)na atual concepção,limitação de espaço em que a festa é feita. O povo não tem mais espaço e paz e os valores são outros. O que prevalece é o conjunto de uma combinação explosiva de álcool,drogas,violência e sexo vulgar e escancarado que desanima a nossa inocente vontade de simplesmente brincar. Se nós já não estamos sós durante o ano,limitados ao mundo dos encarnados há um motivo extra que corrobora com todos estes argumentos levantados anteriormente e que qualquer cidadão pode ler em livros específicos da literatura espírita que tratam sobre o assunto.No livro “ Sexo e Obsessão” de Manuel Philomeno de Miranda,psicografado por Divaldo Pereira Franco,vemos que em determinadas regiões do umbral(níveis onde vivem espíritos desencarnados em diversas faixas de acordo com sua evolução), tem em áreas bastante profundas legiões de entidades que se deslocam em verdadeiras caravanas com blocos e tudo mais,subjugando outros espíritos presos e amarrados com se fossem animais. Na sessões mediúnicas nesta época é comum aparecerem para o socorro espiritual,espíritos desequilibrados que aparecem até de abada para se aproveitar de energias deletérias,pensamentos equivocados e desvirtudados com que atuamos aqui em baixo. A atmosfera fluídica fica densa,pesada e aqueles que não se vigiam(grande maioria) acabam por fazer coisas que alegam nunca terem feito e a depender relaçao de sintonia,a coisa aqui fica um caos. Há muito o que orar nesta época. Todas estas obervaçoes tem como objetivo para que reflitamos o que acontece especificamente nesta época e mais do que nunca devemos ficar atentos sejamos nós espíritas,espiritualistas,católicos,enfim de qualquer forma de crença e forma de fé. As vibrações são fortes e tudo depende de como sintonizamos,mas infelizmente na maioria das vezes é obsoleto e o melhor que temos a fazer é nos afastar e fazer a festa à nossa forma,com nossa família,amigos longe da confusão e das perturbações. Ate aqueles que prestam serviço como taxistas,motoristas e cobradores de ônibus, vendedores sofrem com os abusos daqueles que não sabem brincar e acabam também sendo vitimas da violência,do roubo e algumas vezes de coisas piores. Muitos anos se passaram,muitos governos mudaram mas nada foi feito. Os próprios artistas ,na sua maioria,que tem a responsabilidade(pela arte) de expressar a voz do povo não conhece suas necessidades e querem passar por cima da organização do evento,da vaidade exacerbada e da saude do cidadão(sons em volume acima do limite permitido lesando ouvidos) em nome da venda do seu produto. O campo energético é desfavorável,muitas pessoas estão saindo da cidade não porque não gostam mas por medo da confusão e da violência. O povo quer paz. Particularmente em Salvador,as áreas predominantemente residenciais pedem socorro e o direito constitucional de ir e vir(e em paz). Já estamos no limite e o que mais as autoridades esperam,alem do dinheiro que circula e que pouco chega aos cofres públicos. Nosso espaço está saturado. Em 5 dias o povo quer esquecer dos problemas,abusando e desrespeitando o próximo,roubando,matando,extrapolando em nome daquilo que um dia foi uma alegria pura de confetes e serpentina.Queremos as crianças brincando alegremente de novo. A noite a coisa piora e reina o pesadelo.
Manoel Trajano, 13/02/07 – 23:40 h – 0:06 h
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