domingo, 3 de julho de 2011

MENSAGEM



Francisco Cândido Xavier / Waldo Vieira

 

 

 

Dinheiro e amor

 

Diante do bem, não pronuncies a palavra "impossível".

Certamente, sofres a dificuldade dos que herdaram a luta por

preço das menores aquisições. Ainda assim, lembra-te de que a

virtude não reside no cofre.

Onde encontrarias ouro puro a fazer-se pão na caçarola dos infelizes?

Em que lugar surpreenderias frágil cobertor tecido de apólices

para agasalhar a criança largada ao colo da noite?

Entretanto, se o amor te faz lume no pensamento, arrebatarás à

imundície a derradeira sobra da mesa, convertendo-a no caldo

reconfortante para o enfermo esquecido, e farás do pano pobre o

abrigo providencial em favor de quem passa, relegado à intempérie.

Uma garganta de pérolas não emite pequenina frase consoladora

e um crânio esculpido de pedras raras não deixa passar leve fio

de ideação.

Todavia, se o amor te palpita na alma, podes falar a palavra renovadora

que exclui o poder das trevas e inspirar o trabalho que

expresse o apoio e a esperança de muita gente.

Respeita a moeda capaz de fazer o caminho das boas obras,

mas não esperes pelo dinheiro a fim de ajudar.

Hoje mesmo, em casa, alguém te pede entendimento e carinho

e, além do reduto doméstico, legiões de pessoas aguardam-te os

gestos de fraternidade e compreensão.

Francisco Cândido Xavier / Waldo Vieira

 

 

 

Recorda que a fonte da caridade tem nascedouro em ti mesmo

e não descreias da possibilidade de auxiliar.

Para transmitir-nos semelhante verdade, Jesus, a sós, sem fiança

terrestre, usou as margens de um lago simples, ofertou simpatia

aos que lhes buscavam a convivência, confortou os enfermos da

estrada, falou do Reino de Deus a alguns pescadores de vida singela

e transformou o mundo inteiro, revelando-nos, assim, que a

caridade tem o tamanho do coração.

Meimei



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