quinta-feira, 27 de agosto de 2009

PAIXÃO X AMOR

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Paixão X Amor
Por Débora Meireles

Há algum tempo eu sentia vontade de escrever sobre o amor. Mas quem sou eu para falar de amor? Uma pirralha que, no máximo, se apaixonou? Não... Isso seria injusto.

Como não poderia contar minha inexistente experiência sobre o verbo amar, pensei em dedicar um pequeno espaço do meu mundinho cor-de-rosa a um casal que, a despeito de todas as falhas humanas trazidas por cada um, conseguiu externar o verdadeiro amor.

Quando nos reportamos ao amor, principalmente eu, uma sem vergonha sonhadora, temos a tendência a idealizar o "amor romântico". Isso mesmo, aquele que a gente ouve falar nas aulas de Literatura na escola, aquela coisa florida e meiga... E é comum projetarmos nossas fantasias em algo que, definitivamente, está muito longe de acompanhar a vida real.

Frida Kahlo e Diego Rivera eram imperfeitos como qualquer um. Sofreram por magoarem a si mesmos... Mas uma coisa era certa: contavam um com o outro e, mesmo em meio às discórdias, estiveram sempre próximos. Nem sempre fisicamente (haja vista as inúmeras brigas e separações), mas por meio do apoio que sentiam que vinha de ambas as partes irrestritamente.

Anos atrás assiti a um documentário sobre a vida de Frida e, obviamente, muito acabou se falando, também, sobre seu marido Diego. Na realidade, sua obra é o reflexo de sua vida sofrida por conta dos sérios problemas de saúde, e resgate difícil ao lado do amado...

Nesse documentário, são mostradas imagens de seu velório. Juro que o que mais me chamou atenção foram as expressões faciais que Diego externava em praticamente todas as fotografias dos jornais da época. Aquele mulherengo altivo de outro tempo estava evidentemente reduzido a zero. Apenas um homem arrasado, um trapo qualquer frente a ausência definitiva do seu verdadeiro amor.

Infelizmente não consegui nenhuma cena daquele dia. Entretanto, como podem ver, selecionei alguns de seus quadros em que Diego está retratado, muitas vezes de maneira explícita. Coloquei ainda algumas fotos que revelavam, sobretudo, a cumplicidade expressiva que existia entre o casal.

Quanto mais o tempo passava, mais a relação se tornava passional. Mas acho estranho alguém ter a coragem de dizer que em 25 anos de vínculo não se construiu amor, apesar das adversidades e erros que cada um cometeu...

Acredito que a paixão virou amor, apenas permaneceu com traços de paixão.
Fonte: http://finebiscuit.blogspot.com (Texto com Imagens)

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