sábado, 30 de junho de 2012

Curso : O Sentido da Vida e da Morte com Dra.Eleonora Peixinho





Curso: O Sentido da Vida e da Morte com Dra. Eleonora Peixinho
Encontros no primeiro sábado de cada mês.
Local: Federação Espírita da Bahia-Iguatemi
Horário: 14:30-17:00 horas
INVENTIMENTO: R$ 50,00(VALOR TOTAL DO CURSO)
Início: 04/agosto/12
Final: 03/dezembro/12.
Informações:71-3359-3323
Muita Paz!



Foto: Curso O Sentido da Vida e da Morte Focalizadores: Dra. Eleonora Peixinho e Patrícia Peixinho Local: Federação Espírita do Estado da Bahia-sede-Iguatemi Número de Vagas: 40 pessoas Inscrições:71-3359-3323 Datas:  04/agosto/12-Sábado. 01/setembro/12-Sábado 06/outubro/12-Sábado 03/novembro/12-Sábado Horário: 14:30-17:00 Muito Obrigado por Divulgar este Evento! Mui   ta Paz!






 

A Gravidez dos Espíritos





Especial Inglês Espanhol    

Ano 2 - N° 84 - 30 de Novembro de 2008

   www.oconsolador.com.br

PAULO DA SILVA NETO SOBRINHO
pauloneto@ghnet.com.br

 


Guanhães, Minas Gerais (Brasil)


A gravidez de Espíritos

 

Numa reunião de estudos doutrinários, em nossa casa espírita, um freqÃ?entador dirigiu-nos a seguinte pergunta: poderia ocorrer gravidez de Espíritos? Ao que lhe respondemos: até onde nós sabemos, não. Retrucou-nos: mas existe um livro espírita, citando-lhe o título, que fala disso. Não sabia, dissemos-lhe, entretanto, vamos procurar estudá-lo, pois não podemos emitir opinião sobre algo de que não temos conhecimento.


Fomos então buscar a informação no livro Infinitas Moradas, do qual transcreveremos uma parte. É um trecho específico do diálogo entre o Dr. Inácio Ferreira com Odilon Fernandes, ambos já na condição de Espíritos desencarnados. Iniciamos com a fala de Dr. Inácio:

- Com tanta grandeza acima de nossas cabeças e nós insistindo em continuar a ver o que temos sob os pés!... Por mais me esforce, eu não entendo esse pessoal que deixa o corpo e prossegue na mesma... Não era para que, deste Outro Lado, tivéssemos hospitais, vales de expiação e nem tampouco regiões trevosas. Nem esses nossos irmãos com problemas de deformidade no corpo espiritual, ao ponto de necessitarem praticamente de um novo nascimento por aqui, com a finalidade de readquirirem a forma humana, antes de um novo mergulho na carne.

- É um tema que transcende este, Inácio, sobre o qual, infelizmente, não devemos nos aprofundar com os nossos companheiros encarnados que, a bem da verdade, ainda revelam dificuldade para aceitar a Reencarnação como ela é... Eles não entenderiam a "gravidez" perispiritual nas regiões inferiores, onde seres que padecem aberrações de forma carecem de um renascimento como recurso terapêutico. Deixemos que a semente da idéia floresça naturalmente. Se se "morre" por aqui, por que também não se renasceria?...

- Ou nasceria, não é?

- Sim, ou nasceria, pois, se os Espíritos Superiores confirmaram a Allan Kardec que em a Natureza nada dá saltos, como explicar-se, por exemplo, sem elementos de transição em nosso Plano, a primeira encarnação humana do princípio espiritual? O corpo humano não está apto a receber entidades primárias, sem que o seu organismo perispiritual tenha, antes, humanizado a forma. Os primeiros nascimentos acontecem aqui!... Mas, repito, talvez isto seja muito para a cabeça de quantos ainda não conseguiram, por si mesmos, intuir semelhantes realidade. O assunto tem gerado polêmicas, e não podemos comprometer a tarefa que, apesar dos pesares, tem produzido frutos de significativa qualidade.

- Talvez eu tenha me excedido...

(BACCELLI, 2003, pp. 59-60). (negrito nosso)

Bom, não há dúvida alguma sobre o que o companheiro nos informou a respeito de haver um livro abordando o assunto. Mas cabe-nos o dever de verificar se encontraremos apoio para isso nas obras básicas da codificação, uma vez que, como o próprio Kardec disse, a opinião de um Espírito não passa apenas de uma opinião e dela não podemos assentar base para ponto doutrinário.

Inicialmente, veremos que em O Livro dos Espíritos, à pergunta de Kardec se os Espíritos tinham sexo, a resposta dos Espíritos foi: "Não como o entendeis, pois que os sexos dependem da organização. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância dos sentimentos." (perg. 200, p. 134). Segundo podemos entender dessa resposta, por lhes faltar uma organização física, os Espíritos não têm sexo. Se não há sexo, como haveria a relação sexual para a conseqÃ?ente fecundação do óvulo pelo espermatozóide? Além disso, onde o gameta fecundado se fixaria?

Mais à frente, quando o assunto é a evolução do princípio inteligente, especificamente no momento que ele sai do reino animal para estagiar no reino hominal, Kardec pergunta (607b) aos Espíritos se o período de humanização principia na Terra. Ao que respondem que "a Terra não é o ponto de partida da primeira encarnação humana. O período da humanização começa, geralmente, em mundos ainda inferiores à Terra" (p. 300).

Vindo do reino animal, obviamente, com um perispírito adequado àquele reino, ele, o princípio inteligente, não se liga a um corpo humano igual ao nosso, mas a um corpo humano muito mais próximo ao dele, adaptado às condições dos planetas primitivos. Esse corpo humano, tão próximo do dos animais, não oferece nenhuma dificuldade de adaptação a esse novo estágio evolutivo pelo qual ele passa. Certamente que isso não ocorre de um dia para o outro, mas em milhares de anos sem que haja solução de continuidade: "tudo se encadeia na Natureza". Foi o que aconteceu aqui na Terra, quando ainda era um planeta primitivo, com os seres dos quais descendemos, que mais pareciam animais que propriamente seres humanos da forma que somos hoje. Kardec tecendo considerações sobre a hipótese da origem do corpo humano, disse que "como em a Natureza não há transições bruscas, é provável que os primeiros homens aparecidos na Terra pouco diferissem do macaco pela forma exterior e não muito também pela inteligência." (A Gênese, p. 213).

Em O Céu e o Inferno, no capítulo II, da segunda parte, quando dos relatos sobre as manifestações dos Espíritos Felizes, encontramos a afirmativa de que "os Espíritos não se reproduzem" e que "os Espíritos não podem ter sexo". Kardec, em nota explica: "Sempre disseram que os Espíritos não têm sexo, sendo este apenas necessário à reprodução dos corpos. De fato, não se reproduzindo, o sexo ser-lhes-ia inútil." (p. 183). Assim, fica claro que os Espíritos não se reproduzem, por conseguinte, não há como se falar em gravidez de Espírito, que se ocorresse, aí sim, teríamos a tal gravidez perispiritual.

Novamente, encontraremos Kardec falando sobre o assunto, agora na Revista Espírita:

As almas ou Espíritos não têm sexo. As afeições que as une nada têm de carnal, e, por isto mesmo, são mais duráveis, porque são fundadas sobre uma simpatia real, e não são subordinadas às vicissitudes da matéria.

[...]

Os sexos não existem senão no organismo; são necessários à reprodução dos seres materiais; mas os Espíritos, sendo a criação de Deus, não se reproduzem uns pelos outros, é por isto que os sexos seriam inúteis no mundo espiritual. (Revista Espírita 1866, p. 3). (negrito nosso).

Esse último parágrafo resume tudo quanto poderíamos buscar na codificação, não precisaríamos de mais nada, entretanto, vamos continuar com a nossa pesquisa.

Vamos agora recorrer ao Espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, para elucidarmos ainda mais esse assunto. Cita uma situação onde será necessário recompor a forma espiritual humana, conforme podemos ler quando ele fala sobre o monoideísmo:

Estabelece-se nele o monoideísmo pelo qual os outros desejos se lhe esmaecem no íntimo.

Pela oclusão de estímulos outros, os órgãos do corpo espiritual se retraem ou se atrofiam, por ausência de função, e se voltam, instintivamente, para a sede do governo mental, onde se localizam, ocultos e definhados, no fulcro dos pensamentos em circuito fechado sobre si mesmo, quais implementos potenciais do germe vivo entre as paredes do ovo.

Em tais circunstâncias, se o monoideísmo é somente reversível através da reencarnação,...

[...]

Nesse período, afirmamos habitualmente que o desencarnado perdeu o seu corpo espiritual, transubstanciando-se num corpo ovóide, o que ocorre, aliás, a inúmeros desencarnados outros, em situação de desequilíbrio,... (XAVIER, 1987,  pp. 90-91). (negrito nosso).

Portanto, alguns Espíritos perdem a forma perispiritual humana para se transformarem em ovóides. Poderiam eles reencarnar nessas condições? Teriam a necessidade de retomar à forma humana? Enfim, o que acontecerá na presente situação? Vamos continuar recorrendo a André Luiz que, mais à frente, diz da necessidade da reencarnação, de uma forma geral:

FORMA CARNAL - Todavia, assim como o germe para desenvolver-se no ovo precisa aquecer-se ao calor da ave que o acolha maternalmente ou do ambiente térmico apropriado, no recinto da chocadeira, e assim como a semente, para liberar os princípios germinativos do vegetal gigantesco em que se converterá, não prescinde do berço tépido no solo, os Espíritos desencarnados, sequiosos de reintegração no mundo físico, necessitam do vaso genésico da mulher que com eles se harmoniza, nas linhas da afinidade e, conseqÃ?entemente, da herança, vaso esse a que se aglutinam, mecanicamente, e onde, conforme as leis da reencarnação, operam em alguns dias todas as ocorrências de sua evolução nos reinos inferiores da Natureza.

Assimilando recursos orgânicos com o auxílio da célula feminina, fecundada e fundamentalmente marcada pelo gene paterno, a mente elabora, por si mesma, novo veículo fisiopsicossomático, atraindo para os seus moldes ocultos as células físicas a se reproduzirem por cariocinese, de conformidade com a orientação que lhes é imposta, isto é, refletindo as condições em que ela, a mente desencarnada, se encontra.

Plasma-se-lhe, desse modo, com a nova forma carnal, novo veículo ao Espírito, que se refaz ou se reconstitui em formação recente, entretecido de células sutis, veículo este que evoluirá igualmente depois do berço e que persistirá depois do túmulo. (XAVIER, 1987,  pp. 91-92). (negrito nosso)

Deixa clara a questão de o Espírito ter que cumprir a lei da reencarnação, entrando novamente num corpo feminino, via óvulo fecundado, para seguir o curso normal do processo reencarnatório. E, em especial, para os casos dos Espíritos em forma de ovóides ele diz:

Os Espíritos categoricamente inferiores, na maioria das ocasiões, padecendo monoideísmo tiranizante, entram em simbiose fluídica com as organizações femininas a que se agregam, experimentando o definhamento do corpo espiritual ou o fenÃ?meno de "ovoidização", sendo inelutavelmente atraídos ao vaso uterino, em circunstâncias adequadas, para a reencarnação que lhes toca, em moldes inteiramente dependentes da hereditariedade, como acontece à semente, que, após desligar-se do fruto seco, germina no solo, segundo os princípios organogênicos a que obedece, tão logo encontre o favor ambiencial. (XAVIER, 1987, pp. 152-153). (negrito nosso).

Assim é que, mesmo neste caso, há a necessidade da ligação do Espírito em forma de ovóide com o óvulo já fecundado, sem outro procedimento a não ser a redução perispiritual. Interessante é que há para os reencarnantes, o ato de "restringimento do corpo espiritual" para ligá-lo ao óvulo. Curioso é que o processo de redução perispiritual para a reencarnação é bem semelhante ao da ovoidização por fixação mental do Espírito, ainda preso a sentimentos inferiores, dos quais, parece, não querer largar mão.

Podemos ainda, para corroborar isso, trazer mais a informação ditada pelo Espírito Adamastor:

A ovoidização é uma das pungentes enfermidades que pode acometer o Espírito depois da morte. Consiste na perda da consciência ativa, quando o eu consciente desmorona-se completamente, em decorrência de atrozes e insuportáveis sofrimentos, voltando-se sobre si mesmo, anulando-se e perdendo todo o contato com a realidade. A atividade consciente da alma entra em letargia, refugiando-se nas camadas do subconsciente. O pensamento contínuo se fragmenta, perdendo seu fio de condução, e a estrutura perispiritual se desfigura completamente, desfazendo sua natural conformação humana, adquirindo o formato aproximado de um ovo, cujas dimensões se aproximam de um crânio infantil. O processo é em tudo semelhante ao das bactérias que se encistam diante de condições adversas de vida, aguardando novas oportu nidades para retornarem à atividade normal. A ovoidização é processo incurável no plano espiritual, sendo uma das mais graves enfermidades de nosso mundo, e somente pode ser revertido em reencarnações expiatórias, quando o Espírito reencontra-se com novo ambiente de manifestação e pode refazer o metabolismo do seu consciente. Várias reencarnações, porém, se consomem em tentativas frustradas, de modo que a perda evolutiva é imensa para estes infelizes seres. Muitos regridem a condições tão primárias da vida humana que necessitam reencarnar entre povos primitivos, a fim de suportar-lhes a grave patologia, sem de desfazerem em malformações congênitas incompatíveis com a biologia humana. [...] (FREIRE, 2002, p. 28). (negrito nosso).

Juntamos, também, a essa nossa pesquisa, o pensamento do escritor espírita Eurípides KhÃ?l, em seu estudo do capítulo XII – Alma e desencarnação, do livro Evolução em dois mundos. Leiamos:

5) O que são os ovóides e qual a origem de sua existência no mundo espiritual?

R - Ovóides são os Espíritos que, ainda na fase primitiva da evolução, assumem a forma de ovo, após a desencarnação, em conseqÃ?ência de sua incapacidade em se adaptar à nova maneira de viver, agora no mundo espiritual. A idéia fixa, única, auto-hipnotizante, de renascer na carne, mantém o seu psiquismo ligado na vida carnal e magnetiza-lhe a mente, reprimindo outros estímulos aos órgãos do corpo espiritual, que se retraem e atrofiam, por falta de função. Voltam-se, então, esses órgãos, para a mente, onde se deixam dominar pelos pensamentos. Suas células são atrofiadas pela idéia única de retorno ao veículo físico. É um processo semelhante ao encolhimento do perispírito por ocasião da reencarnação. Enquanto perdura esta situação, o Espírito perde a forma humana, assumindo a forma o vóide. O formato de ovo se explica por ser este o berço onde se dá inicio ao processo de renascimento de vários seres, inclusive do próprio homem, que tem o seu corpo físico gerado no óvulo da mãe. Daí por que a mente desses Espíritos, fixados na idéia de renascerem para a vida física, plasmam a forma ovóide.

Assim permanecem até que surja nova oportunidade reencarnatória. Com o processo de reencarnação iniciado, assimilam novos recursos orgânicos, utilizando-se do auxílio de células dos pais. Sua mente passa a elaborar o novo veículo fisiológico, em moldes cuja orientação lhe é imposta. Plasma, desta maneira, nova forma carnal, novo veículo físico, para o que refaz e reconstitui o perispírito, readquirindo a forma humana.

André Luiz compara essas criaturas a algumas bactérias que, apartadas do seu meio ambiente, tornam-se incólumes ao frio e ao calor, mantendo-se imóveis por longos períodos, mas que entram em atividade tão logo sejam alocadas no ambiente que lhes seja peculiar.

6) Como é plasmada a nova forma carnal na qual o Espírito reencarnante se expressará?

R - Para que se dê o processo reencarnatório que o libertará da forma ovóide, o Espírito reencarnante necessita do organismo genésico da futura mãe, com a qual tem afinidade e da qual herdará características físicas, para assimilar recursos orgânicos através da célula feminina, fecundada pelo gene paterno. Sua mente, então, elabora, por si mesma, novo veículo fisiopsicossomático, atraindo células físicas que se reproduzem de conformidade com a orientação que lhe é imposta e refletindo o seu estado evolutivo. Plasma, assim, a nova forma carnal, que irá repercutir no perispírito, através de células sutis, promovendo alterações no corpo espiritual desde o renascimento e que irão perdurar após o túmulo.

(Fonte: http://www.cvdee.org.br/est_nltexto.asp?id=08&cap=12). (negrito nosso).

Portanto, temos aqui, pela opinião desse autor, que é necessária a reencarnação para que o Espírito assuma novamente a forma perispiritual humana.

À dúvida do Dr. Inácio: "E nascem criança por aqui?...", respondeu André Luiz: "É claro que sim,..." (BACCELLI, 2002, p. 215), não deixa dúvida de que se fala mesmo da gravidez como algo real. Entretanto, por esse estudo, concluímos que a gravidez perispiritual de Espíritos, seguindo-se a idéia do que ocorre aqui na terra, não é uma possibilidade real, porquanto são outras as leis que regem o mundo espiritual. Aliás, se ela ocorresse, só poderia ser mesmo a nível perispiritual, já que o corpo do Espírito, na dimensão espiritual, é o perispírito. Obviamente, essa não deixa de ser também uma opinião pessoal, mas nosso objetivo não é levar o leitor a aceitá-la, apenas provocar-lhe uma reflexão sobre o assunto, de forma a encontrarmos uma solução para o problema levantado. E que fique claro que não estamos contra ninguém, apenas analisamos as opiniões, o que certamente acontecerá conosco em relação ao que aqui estamos falando. 
 

Referências Bibliográficas:

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: FEB, 1995.

KARDEC, A. O Céu e o Inferno, Rio de Janeiro: FEB, 1995.

KARDEC, A. A Gênese, Rio de Janeiro: FEB, 1995.

KARDEC, A. Revista Espírita 1866, Araras - SP: IDE, 1993.

XAVIER, F. C. Evolução em dois mundos, Rio de Janeiro: FEB, 1987.

BACCELLI, C. A. Infinitas Moradas, Uberaba – MG: LEEPP, 2003.

BACCELLI, C. A. Na próxima dimensão, Uberaba – MG: LEEPP, 2002

FREIRE, G. T. Ícaro redimido: a vida de Santos Dumont no Plano Espiritual, Belo Horizonte: Ediame, 2002. 

O autor é um dos responsáveis pelo site http://www.apologiaespirita.org/.

 

 


 

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MAIS UMA INOVAÇÃO DENTRO DE "AMOR ETERNO AMOR".QUE OBRA!

Parabens à Elizabeth Jhin,que através da sua novela,abordou um tema tão importante e raro(para não dizer inédito) na teledramaturgia brasileira.Valeu!
http://www.youtube.com/watch?v=fE-kp2fji4s 

Sds,

Manoel Trajano
Eng.Especialista em Segurança do Trabalho e Gás Natural
e-mail/Gtalk :trajanomanoel@gmail.com
Twitter: http://twitter.com/manoeltrajano
Site: http://stv-engenharia.blogspot.com
Currículo Lattes:http://lattes.cnpq.br/8895443035893319 

RADIO BOA NOVA, 24h DE LEMBRANÇAS DO QUERIDO CHICO XAVIER



10 ANOS DA DESENCARNAÇÃO DE CHICO XAVIER

http://g1.globo.com/videos/v/homenagens-lembram-os-10-anos-da-morte-do-medium-chico-xavier/2017346 


sexta-feira, 29 de junho de 2012

Pomada Vovô Pedro








Essa pomada é muito conhecida aqui em Salvador, em diversas Casas espíritas, eu a conheço e comprovei a sua eficácia, por isso repasso para vocês essa notícia.


Aldeir Felix Honorato foi o autor da tese de conclusão do curso de Farmácia e Bioquímica apresentada na Universidade Federal de Juiz de Fora.

O jovem Aldeir Felix Honorato, aluno do curso de Farmácia e Bioquímica, apresentou no dia 7 de julho último, na Faculdade de Farmácia e Bioquímica da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), sua tese de conclusão de curso, a qual versou sobre a conhecida Pomada Vovô Pedro.

Maria da Penha Amaral, tarefeira do Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora e professora da Faculdade de Farmácia e Bioquímica, foi a orientadora do formando. A banca examinadora foi formada por três professores de formação espírita: Maria da Penha, com doutorado em Farmácia, Alexander Almeida, professor de Psiquiatria, e Ricardo Baesso de Oliveira, médico, professor de Farmacologia e Clínica Médica.

Gentilmente, Maria da Penha Amaral concedeu-nos a seguinte entrevista:

Qual a origem da Pomada Vovô Pedro?

– No ano de 1973, durante o lançamento do livro "Além do Ódio", de autoria do Espírito Sinhozinho Cardoso, psicografado pelo médium João Nunes Maia, na Colônia Santa Isabel, em Betim, próximo de Belo Horizonte, o médium João Nunes Maia, percebeu a presença do Espírito de Franz Anton Mesmer, nome adotado quando encarnado, que foi médico no século XVIII. 
A "entidade" assim se comunicou com o médium mentalmente:
- Papel e lápis, meu filho. Vou lhe ditar a fórmula de uma pomada que deverá curar e aliviar a muitos.
Surpreso, mas acostumado ao intercâmbio espiritual, João Nunes Maia apanha um pedaço de papel que embrulhava volumes do livro "Além do Ódio" e um lápis e anota a fórmula do abençoado unguento.
- Que nome darei para a pomada? – pensa o médium.
- Pomada Vovô Pedro – esclarece o Espírito, que não deixa de notar a surpresa de Nunes Maia pela simplicidade do nome da pomada, e completa:
- É preferível que as coisas simples tenham nomes simples.
E faz uma importante observação sobre a gratuidade do unguento: - O preço desse medicamento deverá ser, apenas, um Deus Lhe Pague.

Qual a sua fórmula?
– De acordo com a Sociedade Espírita Maria Nunes (SEMAN), a fórmula é um produto medicinal considerando as propriedades terapêuticas de plantas e produtos naturais, como própolis, erva-de-bicho, ipê-roxo e o condurango, não apresentando efeitos colaterais.

Quais as suas indicações clínicas?
– A forma farmacêutica pomada é indicada para uso tópico, devendo ser aplicada sobre lesões da pele. Os efeitos emolientes, cicatrizantes , anti-inflamatórios e antissépticos que seus componentes possuem, aliviam e curam enfermidades de pele do tipo ulcerações e feridas, queimaduras e, também, hemorroidas.

Qual a conclusão do trabalho do Aldeir?
– Mediante a aplicação de um questionário aos usuários concluiu-se que:

1. Todos os usuários relataram obter melhora com o uso da Pomada Vovô Pedro. Ninguém relatou sentir reação adversa ao seu uso.

2. Dentre as pessoas que fizeram uso interno (7), contrariando a indicação no rótulo, todas observaram melhora nos sintomas.

3. Um usuário relatou que "é preciso acreditar" para que a Pomada funcione.

4. Outro usuário relatou que a "A pomada não deixa inflamar. O machucado seca rapidinho".

Através deste estudo observou-se que a Pomada é aplicada para diversos fins, alguns conflitando com o indicativo no rótulo. Os usuários não necessariamente aplicam a Pomada conforme recomendado no rótulo (aplicar em movimentos verticais).

Por tratar-se apenas de um estudo básico sobre a composição da Pomada "Vovô Pedro" ainda há um campo aberto para estudos sobre este produto, que poderá ser explorado também pelos pesquisadores de medicina e espiritualidade, área da ciência que tem sido desenvolvida nas duas últimas décadas e que faz parte do curso de Pós-graduação – Doutorado - em Saúde Brasileira na UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora).

Você viu preconceito ou má vontade de outros professores a respeito do assunto?

– Não. Não houve nenhum questionamento sobre o tema quando o projeto foi apresentado. Tivemos a colaboração de outro professor, permitindo que as análises microbiológicas do lote em estudo fossem efetuadas no laboratório que está sob sua direção. Infelizmente não foi possível desenvolver as pesquisas físico-químicas, ou seja, identificar os princípios ativos presentes em cada planta medicinal, que faz parte da composição, por falta de equipamento.

Arísio Antonio Fonseca Junior

Clique aqui para ler mais:

http://www.forumespirita.net/fe/eventos-noticias/pomada-vovo-pedro-









domingo, 24 de junho de 2012

Divaldo Franco Encerra em Viena o Ciclo de Conferências na Europa






Internacional
Ano 6 - N° 266 - 24 de Junho de 2012
www.oconsolador.com.br
PAULO SALERNO
pgfsalerno@gmail.com
Porto Alegre, RS (Brasil)

 
 

Divaldo Franco encerra em Viena o ciclo de conferências em terras do Velho Mundo

Na etapa final de sua recente jornada por cidades da Europa, o orador falou na República Eslovaca e na Áustria

 
Mais dois países receberam a visita e a palavra do estimado confrade, que concluiu em Viena, Áustria, o ciclo de conferências que teve início no mês de maio.

Bratislava/República Eslovaca – 11 de junho 

Saindo de Viena no meio da tarde, Divaldo Franco, o Paladino Moderno do Evangelho, viajou até Bratislava, capital da República Eslovaca, para proferir uma conferência sobre Mediunidade: Desafios e Bênçãos, às 18h00min. O evento foi realizado no Cultus RuÅ?inov, RuÅ?inovská 28/ sál č. 275, Bratislava, das 18h00min às 21h00min. O intérprete para o idioma eslovaco foi Josef

Jackulak (na foto, ao lado de Divaldo), brilhante como sempre.
 

O Grupo de Estudos Espíritas Amigos de Allan Kardec, de Bratislava/República Eslovaca e a Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec, de Viena/Áustria, promoveram o evento que contou com a presença de 48 pessoas (foto). Divaldo, que visita Bratislava há mais de vinte anos, reencontrou amigos e conhecidos em uma confraternização  espiritual  que  a  todos

contagiou. O Sublime Peregrino de Jesus, citando Cícero, o grande filósofo latino, que dizia que a história é a pedra de toque que desgasta o erro e faz brilhar a verdade, chamou a atenção para os fatos históricos que apresentaria no decorrer de seu trabalho.

   

O conferencista e médium Divaldo Franco, em sua explanação, percorreu os fatos históricos para afirmar que a mediunidade não é uma criação do Espiritismo, mas que, ao longo dos tempos, ela sempre existiu. Heródoto de Halicarnasso narra os fatos ocorridos com o Creso, Rei da Lídia e as manifestações mediúnicas marcantes anunciando fatos que se dariam no futuro. 

A clarividência de ApolÃ?nio de Tiana ocorrido na cidade de Éfeso.

Dante Alighieri que depois de morto falou ao seu filho Jacopo informando onde estavam guardados os treze cânticos a respeito do céu, completando, assim, a sua obra A Divina Comédia; A clarividência do Papa Pio V ao informar a vitória da Igreja na Batalha de Lepanto na hora que ela ocorria; A comunicação mediúnica entre o Cardeal Eugênio Pacelli e o Papa Pio X, desencarnado, informando-o que seria eleito o próximo Papa e com grandes responsabilidades a cumprir. Estes são alguns casos apresentados e que atestam a existência da mediunidade desde remotas eras.

No Século XIX o Professor Hippolyte Léon Denizard Rivail – Allan Kardec -, após estudar os fatos mediúnicos que ocorriam em sua época, lançou, sob orientação dos benfeitores da humanidade, a monumental obra O Livro dos Médiuns, demonstrando que a mediunidade não é uma graça divina, nem privilégio, tão pouco é fenÃ?meno diabólico. Demonstrou, pelos fatos, que todos possuem este sexto sentido, ou seja, a mediunidade.

Sobre os desafios da mediunidade, o notável orador e médium Divaldo Franco, disse que é necessário realizar a transformação moral para melhor, evitando os transtornos psicológicos, a depressão, o pânico, os estados perturbadores da mente, as obsessões que infundem medo, pavor e desconfiança. Destacou que a mediunidade merece ser estudada em seus vários aspectos.

A mediunidade está em toda a parte. O espiritismo veio para dar dignidade à mediunidade, que deve ser exercida gratuitamente, que não é uma profissão, é consoladora. A mediunidade com Jesus está vinculada profundamente ao Espiritismo. Onde está a criatura humana aí estão suas virtudes e suas imperfeições. Jesus está acima de todos os filósofos e pensadores por ter posto em prática tudo o que Ele falou. Foi o único a falar sobre o amor, vivenciando-o e dizendo que há um deus interno em cada criatura. Jesus é o amor de Deus em nós.

Encerrada sua conferência, Divaldo respondeu a várias questões, oportunidade que teve para aprofundar alguns pontos, aclarar outros. Vale a pena amar. Feliz é aquele que ama. Quando a criatura humana ama consegue decifrar todas as equações do mundo. Com esses pensamentos o nobre orador agradeceu a oportunidade do trabalho, recebendo a gratidão do público em forma de aplausos e de um ramalhete de flores. 

Viena/Áustria – 12 de junho 

A acolhedora sede da Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec - VAK -, na Spengergasse, 10/3, Wien – Áustria, esteve repleta com mais de cinquenta pessoas (foto) ávidas para dessedentarem-se sobre os aspectos do médium e da mediunidade. O tema era palpitante, Mediunidade: Desafios e Bênçãos, o orador foi o fenomenal Divaldo Franco.

Orador e tema, uma combinação que empolga as pessoas para assistir, prestar atenção e aprender.

   

Os dirigentes Josef e Rejane desdo-braram-se para acolher o público que recebeu uma verdadeira aula sobre mediunidade, com a colaboração da intérprete para o idioma alemão Edith Burkhard (foto). Os estudos, reflexões e análises de George Ivanovich Gurdjieff, Peter Ouspensky e Robert de Ropp foram apresentados pelo Sublime Peregrino de

Jesus, despertando a consciência dos presentes com relação aos compromissos autoiluminativos.

Segundo Ouspensky, apoiado nos estudos de Gurdjief, há dois tipos de ser humano, o fisiológico e o psicológico. O fisiológico apresenta as seguintes características: Egocêntrico; Impiedoso; Ególatra; Imaturo psicologicamente; Escravo das sensações; e Egoísta. O ser psicológico é caracterizado por: Maturidade afetiva; Reflexivo; Altruísta; Sociável; Empático; e Religiosidade.

Joanna de Ângelis, Benfeitora Espiritual, com algumas dezenas de obras publicadas através da mediunidade de Divaldo Franco, apresenta uma série de reflexões sobre as características do ser humano e que se encontram no livro O Ser Consciente. De acordo com Ouspensky, a evolução do homem é a evolução de sua consciência. Com relação ao autoconhecimento ele afirma: o homem não conhece nem os próprios limites, nem suas possibilidades. Não conhece sequer até que ponto não se conhece.

Ouspensky afirma que o homem é uma máquina e Gurdjieff disse que... É possível deixar de ser máquina, mas, para isto, é necessário, antes de tudo, conhecer a máquina... Quando a máquina se conhece, desde esse instante deixou de ser máquina. Já começa a ser responsável por suas ações.  Outro ponto relativo à mediunidade foi ressaltado pelo nobre conferencista: a consciência. Joanna de Ângelis, no livro Autodescobrimento – cap. 3, diz: O desabrochar da consciência é um trabalho lento e contínuo, que constitui o desafio do processo da evolução. Inscrevendo no seu âmago a lei de Deus, desenvolve-se de dentro para fora a esforço da vontade concentrada, como meta essencial da vida.

Visando oferecer dados para uma análise judiciosa por parte de cada um, Divaldo apresentou os cinco níveis de consciência, de acordo com Robert de Ropp. 1. Consciência de sono sem sonhos; 2. Consciência de sono com sonhos; 3. Consciência desperta; 4. Consciência de si mesmo; e 5. Consciência cósmica. Vianna de Carvalho, Espírito, no livro Médiuns e Mediunidades, psicografia de Divaldo Franco, apresenta vários esclarecimentos sobre a consciência.

Antes de finalizar esse brilhante trabalho, Divaldo apresentou as questões relativas aos biorritmos celebrais e que são de capital importância para o exercício da mediunidade com Jesus. Aplaudido com muito entusiasmo, o incansável orador agradeceu pelo carinho, amor e dedicação com que cada um lhe recebeu. 

Viena/Áustria – 13 de junho

Após ter estado em 14 países e 26 cidades, Divaldo Franco, o incansável Paulo de Tarso dos dias atuais, realizou mais uma atividade para externar sua gratidão aos que facilitaram sua tarefa de divulgar a Doutrina Espírita em terras europeias, encerrando a atual jornada.

Sob a coordenação de Josef e Rejane (foto), dirigentes da Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec – VAK -, Divaldo denominou esta atividade extra como a noite da gratidão. Realizando um pequeno histórico de suas atividades na Europa, iniciadas em 1º de agosto de 1967 em Portugal e Espanha, ambos os países sob regime ditatorial de Salazar e Franco,

respectivamente.  

Exteriorizando seu sentimento de gratidão, o sublime peregrino de Jesus, nomeou algumas pessoas que lhe facilitaram a tarefa de divulgador da Doutrina Espírita. Em Portugal, com um trabalho na área espiritualista, o nome lembrado foi o de Eduardo de Matos, que maninha a Revista Fraternidade e um belo movimento com o mesmo nome, e recordou-se de Izidoro Duarte dos Santos, editor da revista Estudos Psíquicos. Destacou esses nomes de primeira hora para homenagear e agradecer todos os demais que se seguiram ao longo de sua trajetória de divulgador incansável do Espiritismo.

Na jornada atual foram 21 conferências, em media com duas horas de duração cada, 05 seminários de 6 horas, 11 minisseminários entre 3 e 4 horas.

Para que tudo isso pudesse ser realizado foi necessário um planejamento cuidadoso para que nada pudesse dar errado e que se iniciou com seis meses de antecedência. O exercício de uma disciplina férrea para seguir o planejado, a atividade psicográfica que não é interrompida, atender seu trabalho em Salvador, cuidar da correspondência diariamente, telefonemas para dar continuidade e controlar a execução das atividades da Mansão do Caminho, foram diligentemente executados, pois que nada pode sofrer solução de continuidade.

O mundo novo, disse o nobre médium, tem que começar em nós. Sua gratidão foi endereçada a Deus, a Jesus, a cada um e a todos, a cada cidade, a cada casa espírita ou familiar que lhe abriu as portas, a cada pessoa que perto ou longe da atividade fim, a cada um que orou ou executou a tarefa que lhe competia em seu âmbito de ação. Finalizou a noite da gratidão dizendo que o que importa é que

Parte do público em Viena

Divaldo com amigas

Divaldo com amigos

continuemos amando-nos uns aos outros, divulgando o Espiritismo em nome de Jesus, o meigo Rabi da Galileia

Joanna e Ângelis e os espinhos da jornada  

Ainda em Viena, Divaldo aproveitou o momento em que estavam presentes diversos espíritas militantes na Áustria, Espanha e Brasil, para ler uma mensagem de Joanna de Ângelis intitulada Espinhos na Jornada Cristã, que ele psicografou no dia 7 último, em Helsinque. Ei-la, na íntegra:

ESPINHOS NA JORNADA CRISTÃ

O pântano silencioso, às vezes, com águas tranquilas, guarda, na sua intimidade, a vaza fétida e venenosa.

A roseira que esplende de belas flores perfumadas, cobre as suas hastes com espinhos pontiagudos.

Na aparência a água destilada e o ácido sulfúrico têm a mesma apresentação.

As plantas carnívoras atraem as suas vítimas exalando suave doce perfume...

O Sol que aquece a vida e a mantém, é portador também dos raios infravermelhos e ultravioletas que danificam o organismo.

Sorrisos de amabilidade também ocultam infames traições e crueldades.

A calúnia, a perversidade, a perseguição, nem sempre apresentam-se com as características que lhe são peculiares, mantendo-se ocultas nos disfarces da hipocrisia e da desfaçatez.

É natural, portanto, que na estrada sublime do Evangelho, estejam escondidos espinhos que dificultam a marcha do viajor dedicado e tomado pelas emoções superiores.

São eles que testificam os valores de que o mesmo se encontra revestido, pois que, se o seu devotamento não é autêntico, logo foge do compromisso, queixando-se de dificuldades e de sofrimentos.

Quando alguém elege o serviço de Jesus na Terra, pode ter a certeza de que a incompreensão o segue em pós, a inveja o atinge com as setas da calúnia e da deslealdade, justificando-se de mil maneiras, a fim de ocultar a face inferior que lhe é peculiar.

Todos aqueles que foram fiéis ao Mestre ao longo dos séculos, padeceram as injunções penosas do caminho elegido para O acompanhar.

Não apenas, porém, os servidores da Verdade, mas todos os indivíduos que se destacam na comunidade pelos valores de nobreza e de dedicação à causa do Bem e do progresso das demais criaturas, são convidados ao pagamento pela glória de servir.

A sua caminha é sempre marcada por dores inconcebíveis, por competições infames e por injunções inacreditáveis, especialmente no meio de quantos deveriam comportar-se de maneira diferente.

Sucede que a Terra é ainda o mundo de provações e ninguém consegue avançar no rumo soberano da Grande Luz sem vencer a sombra exterior, após haver superado a própria sombra interior...

Por essa razão é reduzido o número de pessoas dedicadas à construção da harmonia e da fraternidade, sendo muito mais fáceis e expressivas aquelas que aderem ao comodismo, à indiferença, à acusação indébita, à infâmia, defendendo a sua área de dominação.

Quando se trata de uma revolução positiva e idealista, há uma recusa quase generalizada, por parte daqueles que se encontram satisfeitos consigo próprios, suas alegrias fisiológicas e interesses egotistas.

As ideias novas e progressistas incomodam, e além disso, os invejosos que não são capazes de superar os paladinos dos movimentos renovadores, atacam-nos ferozmente, porque gostariam de estar no seu lugar, sem o conseguir.        

*

Sempre encontrarás espinhos sob a areia fina da estrada ou pedrouços no terreno a conquistar.

Desde que te candidatas ao serviço do Mestre Jesus, não podes anelar por aquilo que Ele não rejeitou, embora sendo o Eleito de Deus.

Toda a Sua vida esteve sob acusações falsas, perseguições mesquinhas, injunções más, forjadas pelos inimigos da Humanidade, que dela somente se beneficiam sem qualquer contribuição favorável.

Nunca esperes retribuição pelo que faças de dignificante e honorável.

Que te bastem as satisfações e prazeres da ação desempenhada e não os efeitos a que deem lugar.

A tarefa do semeador é distribuir as bênçãos de que se faz instrumento e seguir adiante.

Quanto possível, deves erradicar a erva má que lhes ameace o desenvolvimento, quando na condição de plântulas frágeis, resguardá-las das intempéries e dos inimigos naturais, sem preocupar-te contigo.

Igualmente, não guardes qualquer ressentimento em relação àqueles que se divertem com os teus sofrimentos, que se comprazem com as tuas aflições na seara.

Eles também não passarão incólumes, pois que a vereda é a mesma para todos.

Mesmo agora, com sorrisos e esgares, aparentando felicidade, encontram-se enfermos, sofridos, necessitados...

Todos aqueles que se apresentam como privilegiados de hoje serão chamados aos testemunhos amanhã.

Quem hoje sofre, avança para as cumeadas da interação com o Pai, através do devotamento e da sinceridade dos seus atos.

Desse modo, quanto mais diatribes te atirem, mais convicção segurança adquires em torno da excelência do trabalho ao qual te afervoras.

Teme, porém, quando facilidades e aplausos te acompanharem no serviço. São muito perigosos, porquanto constituem retribuição pelo que foi realizado, ou apenas simulações e hipocrisias, e isso equivale a um tipo de pagamento à vaidade e à presunção.

Desde que trabalhas sob o comando do Mestre a Ele cabem as bênçãos do futuro da tua cooperação, e a ti a alegria de estares ao Seu lado.

Todos aqueles que O acompanharam, com exceção do discípulo amado provaram os rudes testemunhos, inclusive, o holocausto da própria vida.

Que esperas, por tua vez?!

Resta-te, somente, servir mais e melhor, consciente de que o teu grão de mostarda é também valioso no conjunto da semeadura de luz.

Alegra-te, pois, quando caluniado, vilipendiado, sem razão atual, porquanto, estarás expungindo, o que representa uma verdadeira dádiva dos Céus.

Enquanto alguns estão comprometendo-se, tu caminhas redimindo-te, pouco importando-te com, a maneira pela qual isso acontece.

Tem, pois, compaixão dos teus adversários e sê-lhes amigo desconhecido e maltratado.

São poucos os seres humanos que desejam tornar-se amigos, servir, durante a caminhada que lhes é rica de carências, pródiga de diversões e escassa de abnegação.                        

*

Onde estejas, com quem te encontres, nunca deixes de assinalar a tua presença com a ternura, a misericórdia, a alegria de amar e de servir.

As pegadas mais fortes são aquelas transformadas em luzes que brilham apontando o rumo de segurança.

Caso tenhas coragem, após sofreres os acúleos da estrada, retira-os, a fim de beneficiares todos aqueles que venham depois de ti.

Que a tua dor não seja por eles experimentada, nem os teus suores de sofrimentos íntimos derramem-se pelas faces dos futuros divulgadores do Infinito Amor.

                                               Joanna de Ângelis

(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na manhã de 7 de junho de 2012, em Helsinque, Finlândia.)  

O balanço derradeiro 

A jornada doutrinária na Europa, recém-concluída, sagrou-se de sucesso ímpar. O público participante foi o maior desde o distante ano de 1967, quando Divaldo iniciou seu trabalho na Europa. São quase quarenta e cinco anos de labor doutrinário, levando o conhecimento contido nas Obras Básicas da Doutrina Espírita, as mensagens cristãs de fraternidade, de solidariedade e de amor.

Incentivador nato, ombreou com os trabalhadores do Cristo, muitos deles brasileiros radicados na Europa, a perseverarem no estudo, na divulgação, no atendimento aos necessitados de consolação, na constituição de núcleos visando à fundação de instituições espíritas. Podemos afirmar categoricamente que os objetivos iniciais estão consolidados, quase todos, e produzindo ricos e enobrecedores resultados.

Na atualidade, inúmeros outros expositores espíritas brasileiros estão trilhando os caminhos abertos por Divaldo Pereira Franco. Foram anos de labor intenso, superando obstáculos em terras estrangeiras e a ação hostil de governos intolerantes ao pensamento espírita. Ainda hoje, este ícone do movimento espírita custeia suas passagens aéreas de ida e volta ao Brasil com seus recursos próprios. Faz bem pouco tempo, a partir da organização do movimento espírita europeu, é que os deslocamentos e hospedagens na Europa deixaram de ser sua responsabilidade.

A força e a dedicação de Divaldo são inusitadas. Atravessando fronteiras geográficas e linguísticas, vencendo o tempo, o clima, consegue superar o desgaste físico e mental para estar integrado com nossos irmãos de ideal espírita e simpatizantes. Reflitamos sobre o nosso esforço em vencer pequenas dificuldades, sejam materiais ou de relacionamentos interpessoais.

Exuberante em seus 85 anos de idade, com 65 anos de experiência no campo da oratória, profundo conhecedor da Doutrina Espírita, Divaldo Pereira Franco é reconhecido, nacional e internacionalmente, como um grande espírita. Sua obra no campo da psicografia, da mediunidade, da oratória e da caridade, conforme atesta a atividade desenvolvida na Mansão do Caminho em Salvador/BA, torna-o digno de louvor.

Embaixador da Paz no Mundo, Divaldo é o semeador de sentimentos nobres nas mentes e corações humanos. Neste longo trabalho doutrinário, realizado recentemente na Europa, o Peregrino de Jesus teve a oportunidade de constatar que sua dedicação e seu esforço de quase 45 anos em terras europeias, juntamente com a colaboração de inúmeras pessoas lá radicadas ou nativas, está produzindo resultados alvissareiros.

No passado, os grandes missionários do doce e meigo Rabi da Galileia testemunharam sua fé, muitos com a própria vida. Na atualidade os testemunhos se dão no campo da honra, da moral. Não se apedreja mais, não se imola mais nas fogueiras, nos circos, mas lançam-se calúnias, diatribes, visando criar máculas no trabalho digno, amoroso, fraternal e promotor da criatura humana desvalida, como assistimos, ciclicamente, nos arraiais espíritas.



 

 


 

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sábado, 23 de junho de 2012

FELIZ SÃO JOÃO!


Um FELIZ SÃO JOÃO de muita paz,alegria e brincadeiras a todos!

Abraço,
--

Manoel Trajano

‎********INSATISFAÇÃO E UTOPIA********


A insatisfação responde pela presença de muitos males e sofrimentos no organismo social, gerando desequilíbrios que poderiam perfeitamente ser evitados.

Utilizando-se de mecanismos de evasão, a criatura evita assumir a própria realidade, elaborando modelos de fictícia felicidade, para os quais transfere as aspirações, produzindo os estados de inconformismoe de desgosto a que se aferra, perdendo as excelentes ocasiões de conhecer-se e plenificar-se.

Tais padrões passam então a ser-lhe metas, sempre improváveis de concretizarem-se, e mesmo quando consegue alcançar os patamares próximos, porque os seus são objetivos fantasiosos, mantém-se no mesmo estado de morbidez, de desajuste.

Pequenas características tornam-se-lhe fundamentais e detalhes que o diferenciam do que considera belo, saudável, estético e feliz adquirem alta importância, assim mantendo o condicionamento de desditoso.

De caráter rebelde e conduta perturbadora, despreza os recursos preciosos de que dispõe, anelando somente pelo que gostaria de ser, de ter, de parecer.

Aguarda, nesse clima de inconformação, um milagre que jamais lhe ocorrerá de fora para dentro, sem realizar o notável esforço de transformação de conceito, bem como a mudança de atitude de dentro para fora.

Aprofunda-te no autoconhecimento, redescobrindo-te.

És conforme te elaboraste na sucessão do tempo.

As tuas matrizes encontram-se no passado espiritual que não mais alcançarás. Entretanto, através de novos comportamentos alterarás o ritmo e as ocorrências da vida.

Examina-te e tem a coragem de enfrentar como te encontras, elaborando paradigmas e propostas reais que conseguirás alcançar.

A fuga de ti mesmo não leva a lugar algum, porquanto jamais te dissociarás da tua realidade.

Inicia um programa de autovalorização, analisando os fatos, conforme mereçam, ou não, consideração.

A nada, a ninguém culpes pelo que consideras insucessos.

A pessoa irresponsável, quando não se esforça para alterar o que pode ser modificado, transfere a responsabilidade para as circunstâncias que acredita más, as pessoas, ou culpa-se a si mesma, preferindo a queixa e a comiseração ao esforço profícuo. O tempo, o lugar, a sociedade, o governo, a inveja alheia, a competição malsã, a má sorte ou a sua fraqueza são os ingredientes para justificar a acomodação, o falso sofrimento de que se diz objeto.

Ruma na direção das estrelas.

Impõe novos conceitos à vida e trabalha por vivenciá-los de forma edificante.

Quem tem piedade de si mesmo, nega-se a receber ajuda do seu próximo.

O insatisfeito, além de ingrato, é rebelde e preguiçoso, que prefere as sombras da reclamação e do atraso, às claridades do progresso libertador.

Não te permitas utopias existenciais, partindo para a conquista de realizações legítimas.

FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Saúde. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 8.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

SÃO JOÃO,FESTA RELIGIOSA E DE PAZ!

Mais um São João chegando e vem as mesmas preocupações com bebida alcoólica e direção,fogos que machucam,balões que destroem apesar da beleza.Respeitando as culturas locais,brinque na paz e com segurança.A questão social está preocupante.Há muita violência com roubos,assaltos,agressões banais em torno das épocas festivas.Vai viajar de carro?Faça um check up,descanse bastante antes,acorde bem cedo,até de madrugada e saia na boa.Não ultrapasse nos acostamentos,acenda os faróis(não o alto).Não buzine.Respeite as cidades que vai visitar e sua cultura.São João não tem nada a ver com cerveja e whisky com energético.É licor,amendoim,canjica,alegria,dança e paquera.Romantismo e diversão.Não estrague a sua festa nem dos outros.Tudo faça com moderação.São João é festa simples,de gente simples,não de indústrias ávidas por dinheiro e sucesso.Valorize as bandas de forró tradicional,os pé de serra e quentões.Não entre na onda de marketing de politicos demagogos que a despeito da falta de saude,educação,transportes e segurança publica gastam um dinheirão com cantores e bandas da moda em cachês milionários.Proteste com inteligência.Um bom São João a todos! Na PAZ!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Chico Xavier e uma grande lição



Em 1931 Chico Xavier ouvia insultos e muitas críticas negativas e não se conformava com tamanha incredulidade.

"Preocupado com a própria rebeldia e em estado de depressão, Chico teve mais uma visão. Um burro teimoso atrelado a uma carroça carregada de documentos puxava a carga e encarava com inveja os companheiros livres no pasto. De vez em quando, enquanto era alimentado com àgua e alfafa, assistia, de longe, às brigas violentas entre os colegas. Uma sucessão de coices sanguinolentos. Chico olhou aquele Burro e pensou: talvez fosse melhor estar sob freios do que estar solto no pasto da vida para escoicear e ser escoiceado.

- aprendi a lição - disse ele, pronto para receber os arreios..."

E foi o que ele fez durante mais de 70 anos de trabalho mediúnico, 412 livros com quase 25 milhões de exemplares e doou toda a renda , em cartório, a instituições de caridade. 

Ainda assim Ele dizia eu sou o nada do nada.
 

Viva SANTO ANTÔNIO - 13 de Junho


domingo, 10 de junho de 2012

Herculano Pires e Ramatis





Herculano Pires e Ramatis

Herculano Pires
Começaremos com J. Herculano Pires(1914-1979), jornalista, filósofo, poeta, tradutor e pensador espírita paulista.

É considerado o maior pensador espírita do Brasil e um dos maiores intérpretes do pensamento kardeciano.

Chamado de "O Guarda Noturno do Espiritismo", foi um dos grandes defensores do caráter cultural e filosófico do Espiritismo, tendo travado memoráveis polêmicas com detratores da Doutrina Espírita.

Fundador da União Social Espírita (atual USE), entusiasta da educação espírita, Herculano escreveu mais de 80 obras sobre inúmeros temas. Foi presidente do Sindicato Estadual dos Jornalistas de São Paulo.

Obras: O Reino; Espiritismo Dialético; O Mistério do Ser Ante a Dor e a Morte; O Espírito e o Tempo; Revisão do Cristianismo; Agonia das Religiões; O Centro Espírita; Curso Dinâmico de Espiritismo; Mediunidade; Ciência Espírita e suas Implicações Terapêuticas; Pesquisa Sobre o Amor.

Vamos, agora, aos seus comentários críticos sobre Ramatis e quejandos:

"Faz-se, em geral, muita confusão a propósito de Espiritismo. Há confusões intencionais, promovidas por elementos interessados em combater a propagação inevitável da Doutrina, e há confusões inocentes, f eitas por pessoas de reduzido conhecimento doutrinário. As primeiras, as intencionais, não seriam funestas, porque facilmente identificáveis quanto ao seu objetivo, se não houvesse confusões inocentes, que preparam o terreno para aquelas explorações.

Os Centros Espíritas têm um grande papel a desempenhar na luta pelo esclarecimento do povo, devendo promover constantes programas de combate a todas as formas de confusão doutrinária. Por isso mesmo, devem ser dirigidos por pessoas que conheçam a Doutrina, que a estudem incessantemente e que não se deixem levar por sugestões estranhas. Quando os dirigentes de Centro não se sentirem bastante informados dos princípios doutrinários, devem revestir-se, pelo menos, da humildade suficiente para recorrerem aos conselhos de pessoas mais esclarecidas e à leitura de textos orientadores.

Há um pequeno livro de Kar dec que muitos dirigentes desprezam, limitando-se a aconselhar a sua leitura aos leigos e principiantes: exatamente "O Principiante Espírita". Esse livrinho é precioso orientador doutrinário, que os dirigentes devem ler sempre. Outro pequeno volume aconselhável é "O Que É o Espiritismo", também de Kardec. Principalmente agora, nesta época de confusões que estamos atravessando, os dirigentes de Centros, Grupos Familiares e demais organizações doutrinárias, deviam ter esses livros como leitura diária, obrigatória.

Além das confusões habituais entre Umbanda e Espiritismo, Esoterismo, Teosofia, Ocultismo e Espiritismo, há outras formas de confusão que vêm sendo amplamente espalhadas no meio espírita. São as confusões de origem mediúnica, oriundas de comunicações de espíritos que se apresentam como grandes instrutores, dando sempre respostas e informações sobre todas as questões que l hes forem propostas. Um exemplo marcante é o de Ramatis, cujas mensagens vêm sendo fartamente distribuídas.

Qualquer estudioso da Doutrina percebe logo que se trata de um espírito pseudo-sábio, segundo a "escala espírita" de Kardec. Não obstante, suas mensagens estão assumindo o papel de sucedâneos das obras doutrinárias, levando até mesmo oradores espíritas a fazerem afirmações ridículas em suas palestras, com evidente prejuízo para o bom conceito do movimento espírita.

Não é de hoje que existem mensagens dessa espécie. Desde todos os tempos, espíritos mistificadores, os falsos profetas da erraticidade, como dizia Kardec, e espíritos pseudo-sábios, que se julgam grandes missionários, trabalham, consciente ou inconscientemente, na ingrata tarefa de ridicularizar o Espiritismo. Mas a responsabilidade dos que ace itam e divulgam essas mensagens não é menor do que a dos espíritos que as transmitem.

Por isso mesmo, é necessário que os confrades esclarecidos não cruzem os braços diante dessas ondas de perturbação, procurando abrir os olhos dos que facilmente se deixam levar por elas.

O Espiritismo é uma doutrina de bom senso, de equilíbrio, de esclarecimento positivo dos problemas espirituais, e não de hipóteses sem base ou de suposições imaginosas. As linhas seguras da Doutrina estão na Codificação Kardeciana.

Não devemos nos esquecer de que a Codificação representa o cumprimento da promessa evangélica do Consolador, que veio na hora precisa.

Deixar de lado a Codificação, para aceitar novidades confusas, é simples temeridade. Tanto mais quando essas novidades, como no caso de Ramatis, são mais velhas do que a própria Codificação."

Herculano e as bases para um pleno entendimento doutrinário

"O estudo e os debates devem cingir-se às obras da Codificação. Substituir as obras fundamentais por outras, psicografadas ou não, é um inconveniente que se deve evitar. Seria o mesmo que, num curso de especialização em Pedagogia, passar-se a ler e discutir assuntos de Mecânica, a pretexto de variar os temas. O aprendizado doutrinário requer unidade e seqÃ?ência, para que se possa alcançar uma visão global da Doutrina. Todas as obras de Kardec devem constar desses trabalhos, desde os livros iniciáticos, passando pela Codificação propriamente dita, até os volumes da Revista Espírita.

Precisamos nos convencer desta realidade que nem todos alcançam: Espiritismo é Kardec. Porque foi ele o estruturador da Dout rina, permanentemente assistido pelo Espírito da Verdade. Todos os demais livros espíritas, mediúnicos ou não, são subsidiários. Estudar, por exemplo uma obra de Emmanuel ou André Luiz sem relacioná-la com as obras de Kardec, a pretexto de que esses autores espirituais superam o Mestre (cujas obras ainda não conhecemos suficientemente) é demostrar falta de compreensão do sentido e da natureza da Doutrina. Esses e outros autores respeitáveis dão sua contribuição para a nossa maior compreensão de Kardec, não podem substituí-lo. É bom lembrar a regra do "consenso Universal", segundo o qual nenhum espírito ou criatura humana dispõem, sozinhos, por si mesmos, de recursos e conhecimentos para nos fazerem revelações pessoais. Esse tipo de revelações individuais pertence ao passado, aos tempos anteriores ao advento da Doutrina. Um novo ensinamento, a revelação de uma "verdade n ova" depende das exigências doutrinárias de:

a) Concordância universal de manifestações a respeito;

b) Concordância da questão com os princípios básicos da Doutrina:

c) Concordância com os princípios culturais do estágio de conhecimento atingido pelo nosso mundo;

d) Concordância com os princípios racionais, lógicos e logísticos do nosso tempo.

Fora desse quadro de concordâncias necessárias, que constituem o "consenso Universal", nada pode ser aceito como válido. Opiniões pessoais, sejam de sábios terrenos ou do mundo espiritual, nada valem para a Doutrina. O mesmo ocorre nas Ciências e em todos os ramos do Conhecimento na Terra. Porque o Conhecimento é uma estrutura orgânica, derivada da estrutura exterior da realidade e nunca sujeita a caprichos individuais.

Por isso é temeridade aceitar-se e propagar-se princípios deste espírito ou daquele homem como se fossem elementos doutrinários. Quem se arrisca a isso revela falta de senso e falta absoluta de critério lógico, além de falta de convicção doutrinária. O Espiritismo não é uma doutrina fechada ou estática, mas aberta ao futuro. Não obstante, essa abertura está necessariamente condicionada as regras de equilíbrio e de ordem que sustentam a verdade e a eficácia da sua estrutura doutrinária.

Como a Química, a Física, a Biologia e as demais Ciências, o Espiritismo não é imutável, está sujeito às mudanças que devem ocorrer com o avanço do conhecimento espírita. Mas como em todas as Ciências, esse avanço está naturalmente subordinado às exigências do critério racional, da comprovação objetiva por métodos científicos e do respeito ao que podemos chamar de "natureza da doutrina".

Introduzir na doutrina práticas provenientes de correntes espiritualistas anteriores a ela seria o mesmo que introduzir na Química as superadas práticas da Alquimia. As Ciências são organismos conceptuais da cultura humana, caracterizados pela sua estrutura própria e pelas leis naturais do seu crescimento, como ocorre com os organismo biológicos.

Todos nós ainda trazemos a "herança empírica" do passado anterior ao desenvolvimento da cultura científica, e somos às vezes tentados a realizar façanhas cientificas para as quais não estamos aptos. E como todos somos naturalmente vaidosos, facilmente nos entusiasmamos com a suposta possibilidade de nos tornarmos renovadores doutrinários. Nascem daà ­ as mistificações como a de Roustaing, tristemente ridícula, a que muitas pessoas se apegam emocionalmente, o que as torna fanáticas e incapazes de perceber os enormes absurdos nelas contidos. Até mesmo pessoas cultas, respeitáveis, deixam-se levar por essas mistificações, por falta de humildade intelectual e de critérios científicos. Espíritos opiniáticos ou sectários de religiões obscurantistas aproveitam-se disso para introduzir essas mistificações em organizações doutrinárias prestigiosas, com a finalidade de ridicularizar o Espiritismo e afastar dele as pessoas sensatas que sabem subordinar a emoção à razão e que muito poderiam contribuir para o verdadeiro desenvolvimento da doutrina.

Por tudo isso, as manifestações mediúnicas em sessões doutrinárias devem ser recebidas sempre com espírito crítico. Aceitá-las como verdades reveladas é abrir as portas à mistificação, à destruição da própria finalidade dessas sessões. Também por isso, o dirigente dessas sessões deve ser uma pessoa de espírito arejado, racional, objetivo, capaz de conduzir os trabalhos com segurança. Kardec é sempre a pedra de toque para verificação das supostas revelações que ocorrem. O pensamento espírita é sempre racional, avesso ao misticismo. Os espíritos comunicantes, em geral, são de nível cultural mais ou menos semelhantes ao das pessoas presentes. Não devem ser encarados como seres sobrenaturais pois não passam de criaturas humanas desencarnadas, na maioria apegadas aos seus preconceitos terrenos, a morte não promove ninguém a sábio nem confere aos espíritos autoridade alguma em matéria de doutrina. Por outro lado, os espíritos realmente superiores só se man ifestam dentro das condições culturais do grupo, não tendo nenhum interesse em destacar-se como geniais antecipadores de descobertas cientificas que cabe aos encarnados e não a eles fazerem. A idéia do sobrenatural, nas relações mediúnicas, é a fonte principal das mistificações.

Homens e espíritos vaidosos se conjugam nas tentativas pretensiosas de superação doutrinária. Se não temos ainda, no mundo inteiro, instituições espíritas à altura da doutrina, isso se deve principalmente à vaidade e à invigilância dos homens e espíritos que se julgam mais do que são. Nesta hora de muitas novidades, é bom verificarmos que as maiores delas já foram antecipadas pelo Espiritismo. É ele, o Espiritismo, a maior novidade dos novos tempos. Se tomarmos consciência disso, evitaremos os absurdos que hoje infestam o meio doutrinário e facilitaremos o desenvolvimento real da doutrina em bases racionais."

Livros de Herculano Pires