segunda-feira, 7 de setembro de 2009

PARA QUE SERVE O ESPIRITISMO - CASO JOSÉ ALENCAR

Segue esse excelente texto postado por Sérgio Martins na lista Espiritismo Brasil.
"¨¨¨
"Estou preparado para a morte."
Vice Presidente José Alencar

Há muitos anos aprendi que o espiritismo não é um fim, mas apenas e tão somente um meio.

Essa idéia é reforçada quando vejo testemunhos como os que estão circulando na lista com pessoas dizendo que partiram do espiritismo em busca de outras Verdades ao mesmo tempo em que outras afirmam estarem fazendo o caminho inverso.

Não há certo, não há errado. São pessoas diferentes, em momentos diferentes, com necessidades diferentes.

Em comum apenas a percepção de que o melhor é "pensar fora da caixa".
Não se prender a um conhecimento para poder assim desenvolver o saber.

O espiritismo é apenas mais um degrau. Se superior ou inferior, depende do patamar em que cada um se encontra.

Daí que a resposta para a pergunta que é o assunto desta mensagem irá variar de pessoa para pessoa.

Para alguns, o espiritismo serve para iniciá-los nos segredos do Universo.

Para outros, o espiritismo irá aproximá-los de Deus.

Porem, cada vez mais vejo o espiritismo com mil e uma utilidades, dependendo da necessidade de cada um.

Acabei de ler a entrevista que Jose Alencar deu à revista Veja.

Um depoimento honesto, sereno, sincero, de um homem que está com plena consciência da morte (coisa que a maioria de nós não tem) e que está confortável com isso.

Porque? Deixo que ele responda:
" Um dia desses me disseram que, ao morrer, iria encontrar meu pai, falecido há mais de cinquenta anos. Aquilo me emocionou profundamente.
Se for para me encontrar com mamãe e papai, quero morrer agora. "

É possível especular que isso foi dito para ele por um espírita. Com certeza não foi um defensor da pureza doutrinária, pois tal afirmação não é doutrinariamente exata.

É bem possível que tal informação tenha sido passada para ele por um ledor de André Luiz ou por alguém que apenas leu "Violetas na Janela".

Não importa. O fato é que isso responde a indagação que é o assunto desta mensagem.

Sergio Martins

P.S.1: a entrevista está disponível em
http://veja.abril.com.br/090909/estou-preparado-morte-p-78.shtml


P.S.2: como não sei se todos tem acesso à página, transcrevo um pedacinho muito educativo:

O agravamento da doença lhe trouxe algum tipo de reflexão?

A doença me ensinou a ser mais humilde. Especialmente, depois da colostomia. A todo momento, peço a Deus para me conceder a graça da humildade. E Ele tem sido generoso comigo. Eu precisava disso em minha vida. Sempre fui um atrevido. Se não o fosse, não teria construído o que construí e não teria entrado na política.

É penoso para o senhor praticar a humildade?

Não, porque a humildade se desenvolve naturalmente no sofrimento. Sou obrigado a me adaptar a uma realidade em que dependo de outras pessoas para executar tarefas básicas. Pouco adianta eu ficar nervoso com determinadas limitações. Uma das lições da humildade foi perceber que
existem pessoas muito mais elevadas do que eu, como os profissionais de saúde que cuidam de mim. Isso vale tanto para os médicos Paulo Hoff, Roberto Kalil, Raul Cutait e Miguel Srougi quanto para os enfermeiros e auxiliares de enfermagem anônimos que me assistem.
Cheguei à conclusão de que o que eu faço rofissionalmente tem menos importância do que o que eles fazem. Isso porque meu trabalho quase não tem efeito direto sobre o próximo. Pensando bem, o sofrimento é enriquecedor.

Enviado por Marluce Faustino/RJ


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