Era uma vez uma família muito grande, cujo sobrenome era Criaturas de Deus.Dentre elas, havia duas criaturas que eram aparentemente muito diferentes.Uma se chamava Lesma Criatura de Deus e a outra Pinaúna Criatura de Deus.Lesma de Deus, por sua natureza, era muito vulnerável ao fazer contatos.Amava muito todos os seus irmãos,inclusive Pinaúna Criatura de Deus, mas tinha dificuldade de se aproximar dele por ter o corpo muito sensível, que se feria ao mais leve atrito.Pinaúna Criatura de Deus também tinha muito amor em seu coração e, no entanto, quando se aproximava de seus irmãos, diferentes dele, muitas vezes os feria, mesmo sem querer, por causa de seus espinhos brilhantes, com que seu criador lhe presenteara.É que Pinaúna era muitíssimo sensível em seu interior, tão sensível que não o expunha e só mesmo um irmão de íntimo e exterior tão vulneráveis tal qual Lesma seria capaz de o compreender. Lesma e Pinaúna tinham grande vontade de se aproximarem mas a diferença de seus corpos não o permitia, pois seria fatal para Lesma ser espetada pelos espinhos de Pinaúna, que ficava muito triste quando isto acontecia.Então os dois resolveram consultar D. Pedra Criatura de Deus, outro membro da imensa família Criatura de Deus, reconhecida por sua sabedoria,para perguntarem como poderiam se relacionar de forma a não causarem dano um ao outro.E D. Pedra respondeu: “Cada um separadamente vai encontrar sua resposta dentro do seu íntimo e de acordo com sua natureza.É um aprendizado lento.Pinaúna precisa ser tratado com muita suavidade e tato para não se assustar e mover defensivamente seus espinhos e Lesma deve ter muito cuidado consigo mesma para não se aproximar de forma desatenta, distraída ou impulsiva de seu irmão e se ferir sem necessidade”. Pinaúna e Lesma se despediram ao sairem da casa de D. Pedra, muito contentes,mesmo ainda sem suas respostas, mas cheios de esperança de serem bons aprendizes da arte de se relacionar com gentileza e paciência.E enquanto refletem sobre as palavras que ouviram, Pinaúna e Lesma perceberam que já estavam exercitando, de maneira sutil, a forma mais harmônica de agirem, respeitando sua maneira singular de ser e aceitando a diferença do outro.Afinal, é a isto que a família Criaturas de Deus chama AMAR.
(Autor desconhecido)
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