sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Mensagem Pintura Mediúnica - 19/09/2010



O personalismo sempre foi a cela que durante os séculos manteve o homem prisioneiro de si mesmo.

Orgulho e egoísmo são as grades que encarceram o homem nessas prisões de sofrimento.

Busca o homem incessantemente a exaltação própria, num desejo irrefreável de atrair admiração ou homenagens, seja através das profissões, seja nas manifestações do seu talento, ele resolve pelo domínio da vaidade se engrandecer diante das faculdades que lhe são meros aprendizados na ampulheta dos milênios.

Da mesma forma que durante uma mudança se faz necessário arrumar novamente os móveis, adquirindo ainda outros para decorar o novo ambiente, o homem passa por inúmeras mudanças na sua casa intima, tendo igualmente de arrumar os utensílios da sua crença, adquirindo também novos valores para o rol da consciência.

Através do seu encontro inadiável com os panoramas da Vida Maior, quando tem por obrigação deixar o corpo enterrado na gleba que lhe foi cenário e palco para muitas aprendizagens, ele percebe seus inúmeros erros e aspira redesenhar novos roteiros numa inovada proposta de crescer e alcançar as planícies infinitas.

Infelizmente quando imerge novamente na carne se olvida de tudo o que viu e ouviu do outro lado e deixa que a densidade da matéria mais uma vez lhe anestesie os sentidos e lhe domine as paixões descabidas.

Engana-se uma vez mais o homem, perdendo as muitas oportunidades que a Espiritualidade Maior lhe abona, não acordando o sexto sentido adormecido e pouco se deixando tocar pelas coisas além matéria, que no momento lhe parecem pueris e irreais, perdendo assim uma nova chance de trabalhar em si mesmo a fé na certeza da outra vida e a sensibilidade que lhe seria uma ponte iluminada de ligação com o mundo dos espíritos.

Pobre homem que tenta a todo custo voar com asas de cera e sucessivamente tomba das alturas da soberba, da vaidade, da fama e das riquezas materiais, sendo arremessado para o palco vazio que lhe prega peças duras no teatro da vida.

Aqueles que se enganaram e reconheceram seus enganos, querendo repaginar suas vidas, buscam corrigir os erros quando chegam ao outro lado, procuram assim de imediato os trabalhos de ajuda aos semelhantes, conscientes que somente através da caridade e do amor, poderão acender alguma luz no ensombrado de suas vidas.

Esses pintores que regressaram, hoje estão aqui para atestar a vida que não se extingue. Eles foram os artistas vaidosos do ontem, preocupadíssimos com a fama, não souberam valorar a oferta do serviço educativo ligado a própria paixão que tinham pelas cores, assim voltaram para redesenhar a mesma arte, agora numa proposta muito mais digna e altruísta que aquela do passado que lhes dominava os sentidos personalistas.

Voltaram para dizer: Nada acabou! Tudo continua!

Não, nada mudará após a ceifa do corpo, os panoramas mentais continuarão os mesmos, impulsionando a criatura aos mesmos cenários e paixões que lhe dominava. Não há como fugir da realidade própria, dos próprios desejos e atos. Não há como ascender a esse céu utópico das religiões sem o devido respeito às Leis Divinas.

O excepcional e real caminho no alcance da felicidade integral continua sendo a caridade, salvação única e impostergável no destino do homem de bem.

Por isso eles regressaram para dizer-lhes que, tendo a oportunidade de viverem no corpo, se aproximar do mundo espiritual através da caridade e do serviço no bem, é a única chance de deixar esse mundo em situação favorável, cruzando a aduana da morte sem assombros ou maiores perturbações.

Eles regressaram para afirmar a todos vós, que sois igualmente pintores. A vida é vossa grande tela que a cada dia podeis encherdes de belezas. Lembrai-vos pois de escolherdes as cores certas, pintando assim uma obra prima de amor, tolerância e fraternidade, para que o quadro da vossa vida venha a ser aquele emoldurado de luz e possas chegar até vós o convite do Grande Mestre para que continues vossa arte em outros sítios mais evoluídos, onde o negro do ódio e a sombra da maldade não têm acesso nos corações.

Hoje irmãos é o dia ideal para começardes a pintura das vossas vidas. Se ainda vos esqueceis de fazê-lo, lembreis que ainda há tempo de pintardes um novo canvas, colorindo ternamente essa vossa existência, enchendo a vossa vida de cor e alegria através da bondade, da fé e da sensibilidade maior. 

    

Muita paz e que a arte possa motivá-los a crescer amando as belezas da vida.

 

Vicent*

Mensagem recebida no salão da Pintura Mediúnica promovida pela Fraternidade Espírita Irmã Scheilla em 19/09/2010

 

* Segundo esclarecimentos da médium Valdelice Salum, o Espírito comunicante foi Vicent Van Gogh, que previamente a avisou que não pintaria nesse dia, poupando-a por causa de uma incomoda dor nas costas, mas que mandaria uma mensagem escrita. Segundo também nos confidenciou a médium, Van Gogh é um Espirito extremamente amável e carinhoso, quando ela perdeu seu esposo, estando deprimida e confusa, foi Ele entre todos os pintores, quem lhe apareceu para confortá-la na dor, acariciando seus cabelos e dividindo lágrimas com ela. Revelou-nos a amável Valdelice, que Van Gogh quando aparece, ainda faz questão de mostrar-se com a orelha amputada.

 

ps - Agradecemos a Sueli Salum, Silveira e a trabalhadora da FEIS Tatyana Costa pelo apoio vibracional e por toda a sua ajuda inestimável.

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