segunda-feira, 4 de outubro de 2010

PARA OS QUE SE ACHAM ESPERTOS!

Por Manoel Trajano
O mal dos que se acham espertos é imaginar que os demais são bestas. Essa frase tem insistido em permanecer minha mente durante os últimos tempos diante de ver tanta gente que insiste em permanecer no vitimismo, na condição eterna de pseudo-coitados e que se acham no direito de explorar a boa vontade alheia, ou o que é pior, se aproveitar de uma falsa condição de que só na mente nele reina: a soberania da inteligência.

Sejam eles familiares,amigos ou colegas,ou desconhecidos mesmo,nas ruas. Todo mundo quer dar uma de sabido em cima da boa fé ou da distração alheia. É aquele que fura a fila sem ninguém perceber, é o que tenta entrar "na tora mesmo" numa faixa com curva que só cabe um veículo de cada vez, é o "jeitinho brasileiro" miserável de cada dia que só nos faz nos irritar ainda mais. É aquele cidadão que não lembra o pagamento do aluguel,do condominio,do cartão de crédito alheio,no afã de contar com o esquecimento do outro. Isso é má fé. Isso é maledicência. Isso é falta de caráter, mesmo que momentaneamente,principalmente se do outro lado tiver um honesto, alguém correto que geralmente é taxado de besta,careta,otário porque nao entra na onda da esperteza. E ainda tem sempre a turma do deixa disso, deixa para lá, esquece isso como quem se mostra a eterna condição de omisso, de cobertor de panos quentes e que em nada contribui com a evolução moral e espiritual do outro "que se acha esperto". Vivemos num país com um monte destes, tem um pertinho de você, às vezes na mesma casa mesmo, por mais que doa é um irmão seu,um amigo bem próximo,um primo....

Qual a solução para isso? Ignorar? Ficar quieto e deixar rolar? Não se aborrecer? É difícil, principalmente para quem tem na alma o sentimento de compartilhar, de querer ajudar mais do que a si mesmo, de abnegação incondicional mas tudo tem seu limite e quando ele chega é irreversíevl. Viva as noites de sono e a paz interior! Cresci ouvindo "os incomodados que se mudem" e é nisso que se deve pensar, na busca de um melhor estado de espírito e emancipação da alma ainda encarnada. Vontade de gritar chega bem alto e o alívio pelo sentimento de dever cumprido. "Agora não é mais comigo!"pensaremos.

Mas até onde vai esse limite? Quando é chegada a hora que limita a tolerância que não é incondicional para a maioria de nós? Costumamos dizer que é cármico,dhármico,provacional,expiatório ou será que devemos inverter a polaridade e agradecer a Deus "oferecendo a outra face"? Qual nossa capacidade de tentar interferir ou se defender do livre arbítrio transloucado do outro em seu nível evolutivo diferente do nosso, seja ele superior ou inferior?


Fica em aberto a resposta...

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