Um núcleo para brilhar
Na humanidade trafegam todo tipo de criaturas, carregando consigo o panorama próprio da sua individualidade.
Caminham entre os homens aqueles que escolheram dedicar-se ao bem, deixando fruir a bondade através de inúmeras formas.
Há entre esses aqueles que são o sorriso para os que estiolam nos rios da tristeza.
Há os que são o calor da compreensão para os que se debatem no frio da indiferença.
Os que são a chama do esclarecimento àqueles privados da luz da razão.
Os que servem de guias aos cegos da compreensão.
Os que são modelos de conduta aos arautos da desordem.
Os que representam o pão aos famintos de toda necessidade.
Os que ascendem a luz nos calabouços escuros da ignorância.
Os que trazem a fraternidade aos agitados, agônicos, necessitados da paz.
Essas almas abençoadas obram sem interesse algum de recompensa, no único desejo de servir aos semelhantes, conquistando a felicidade interior a cada gesto de grandeza e desprendimento.
Não nos importa qual credo abraçam, qual religião professam, são anjos do amor que andam no solo sáfaro da Terra, espalhados por toda parte, às vezes se unem para juntos ter maior força.
Formam assim réstias de luz salpicadas na agonia da Terra, são os que escutaram o chamado do Mestre acolhendo o "amai-vos uns aos outros" no íntimo dos seus sonhos verdadeiros de construir um amanhã diferente.
Eles são o exemplo a rocear as cordas partidas do coração egoísta, demovendo os venenos do egoísmo do solo da Terra.
São eles a base do mundo do amanhã, desenhando hoje a realidade que nos aguarda. No atual momento são minoria, mas no futuro serão a grande maioria. O amor é um fio que junto a outros entrelaçados forma uma corda que dificilmente será rompida.
Esses espíritos que se unem, necessitam de um núcleo para operar em conjunto, pois ainda tardará o cenário de um só ideal na fraternidade global.
No momento, o amor se processa em pequenos núcleos que fulgem, fazendo raiar a aurora de esperanças do futuro, nos templos difíceis do hoje.
Senhor, permita-nos entendermos a real dimensão da doação desse espaço onde possamos perpetrar juntos nossos planos de progesso coletivo.
Dá-nos Mestre, a sabedoria para enriquecermos a proposta do serviço que nos confiaste.
Livra-nos da vaidade, da pretensão de nos acharmos autosuficientes, já que, expandindo os espaços se fará ainda mais deficiente o nosso atendimento às exigências maiores da Tarefa, necessitaremos então de maior auxílio do mundo espiritual, concede-nos pois, a humildade de reconhecermos as nossas deficiências.
Permita-nos Senhor, reconhecermos sempre como hóspedes ilustres do nosso Novo Lar, os sofredores e agônicos.
Permita também que os espíritos da discórdia jamais consigam disseminar intrigas separando a união que nos faz prosseguir.
Impede, Amado Amigo, que elevemos qualquer tipo de distinções entre os trabalhadores dessa Casa, favorecendo qualquer tipo de separatismo e castas.
E, nesse momento de confraternização, nos cabe convidar os corações que pulsem em uníssono no ideal do bem, para que venham unir-se a nós, tomando parte nessa Fraternidade, engrossando as fileiras do amor e da caridade, acrescentando outros pontos brilhantes a esse núcleo que reluz no coração da cidade do Salvador.
Que o Pai e Generoso Companheiro de todas as horas nos permita adentrar nesse novo local de trabalho com nossos corações purificados e desejosos de servir com atenção, amor e responsabilidade, engastando em todos a alegria da confraternização do trabalho entre corações amigos e sinceros. Assim seja!
Alberto Fonseca
14/11/2010
Centro de Convenções, IX Workshop da FEIS
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