quinta-feira, 19 de maio de 2011

SOBRE MONSTROS,INFÂNCIAS E MUDANÇAS


Sobre Monstros, Infâncias e Mudanças

Por Manoel Trajano

 

Os monstros que existem em dentro de cada um de nós vivem adormecidos num sono leve e sutil cuja perturbação interna tal qual divida pelas paredes de uma casa, podem fazê-los acordar a qualquer momento e chama-se vigilância. Todos nós caímos o tempo todo em menor e maior grau em tentações diversas que revelam as mais profundas de nossas sombras não educadas, integradas e totalizadas e longe de acontecer tal proeza face a escala espírita em que nos encontramos. E nesse processo de autoentendimento e autoburilamento encontramos um ego ainda inflado, cheio de si e crente de que pode tudo sem enxergar o que está do lado.sem dó nem piedade.

 

Somos monstros impiedosos e cruéis,muitas vezes nojentos,infantis e que precisam crescer.Muitos de nós costuma ouvir essas palavras isoladamente, parte delas ou até mesmo juntas por aqueles que menos esperam e tiram o véu da nossa hipocrisia de cada dia. Seres racionalizados, intelectualizados, imperativos e carentes de sentimento e sensibilidade. É um retrato duro,mas ninguém escapa a ele.Quando perguntados os psiquiatras sobre a previsão do ato transloucado de Wellington no Realengo todos foram unânimes em diveras respostas em todos os canais veiculados: não havia como prever.Ou seja, todos nós temos em maior ou menor grau, em diferentes graus a psicopatia, a sociopatia, a antipatia, a falta de indulgência para consigo mesmo e para com o próximo, maquiada através da máscara que temos frente a status,condições e oportunidades. E em um relacionamento estas arestas são aparadas, ou pelo menos se tenta. A maior parte das vezes fracassa, porque estamos acostumados a ter nossas vontades satisfeitas em detrimento do próximo.Nossa capacidade de abrir mão,de relevar e perdoar é zero.Sim,zero.Porque se não fosse não carregaríamos tanta mágoa ou angustia depois de um sim, de um "ta bom",de um ok.Por que não é verdadeiro.

 

Saímos de empregos,de relacionamentos, de amizades lesionados na alma e cheio de seqüelas, precisando de terapia e autoterapia. Precisamos de acolhimento de quem nos escute porque muitas vezes pedimos socorro através de agressões,gritos e intolerância.A paz que buscamos não está do lado de fora, não vem de lá,vem de dentro no autoentendimento e renùncia de caprichos pessoais envaidecidos. Não admitimos a perda, a derrota, a eliminação brusca daquilo que nos sustentava emocionalmente,ao invés de obtermos nossa independência nesse sentido e também espiritual,física e psicológica. Somos escravos de nós mesmos mas pensamos que é o outro. Muito se fala pouco se pratica. É preciso viver com o esforço da melhora de cada dia, sem ilusões e perdições. Não estamos aqui a passeio e a passagem nesta vida é curta. Saibamos viver.

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