Francisco Cândido Xavier / Walldo vieira
Em plena era nova
Há criaturas que deixaram, na Terra, como único rastro da vida
robusta que usufruíam na carne, o mausoléu esquecido num canto
ermo de cemitério.
Nenhuma lembrança útil.
Nenhuma reminiscência em bases de fraternidade.
Nenhum ato que lhes recorde atitudes com padrões de fé.
Nenhum exemplo edificante nos currículos da existência.
Nenhuma idéia que vencesse a barreira da mediocridade.
Nenhum gesto de amor que lhes granjeasse sobre o nome o orvalho
da gratidão.
A terra conservou-lhes, à força, apenas o cadáver – retalho de
matéria gasta que lhes vestira o espírito e que passa a ajudar, sem
querer, no adubo às ervas bravas.
Usaram os empréstimos do Pai Magnânimo exclusivamente
para si mesmos, olvidando estendê-los aos companheiros de evolução
e ignorando que a verdadeira alegria não vive isolada numa só
alma, pois que somente viceja com reciprocidade de vibrações
entre vários grupos de seres amigos.
Espíritas, muitos de nós já vivemos assim!
Entretanto, agora, os tempos são outros e as responsabilidades
surgem maiores.
O Espiritismo, a rasgar-nos nas mentes acanhadas e entorpecidas
largos horizontes de ideal superior, nos impele para frente,
rumo aos Cimos da Perfectibilidade.
A Humanidade ativa e necessitada, a construir seu porvir de
triunfos, nos conclama ao trabalho.
O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável.
Honremos a nossa origem divina, criando o bem como chuva
de bênçãos ao longo de nossas próprias pegadas.
Irmãos, sede vencedores da rotina escravizante.
Em cada dia renasce a luz de uma nova vida e com a morte
somente morrem as ilusões.
O espírito deve ser conhecido por suas obras.
É necessário viver e servir.
É necessário viver, meus irmãos, e ser mais do que pó!
Eurípedes Barsanulfo
Enviado por Lia Rezak/BA
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