sábado, 7 de janeiro de 2012

MENSAGEM


 

 

 

Crianças doentes

 

Acalentas nos braços o filhinho robusto que o lar te trouxe e,

com razão, te orgulhas dessa pérola viva. Os dedos lembram flores

desabrochando, os olhos trazem fulgurações dos astros, os cabelos

recordam estrigas de luz e a boca assemelha-se a concha nacarada

em que os teus beijos de ternura desfalecem de amor.

Guarda-o, de encontro ao peito, por tesouro celeste, mas estende

compassivas mãos aos pequeninos enfermos que chegam à

Terra, como lírios contundidos pelo granizo do sofrimento.

Para muitos deles, o dia claro ainda vem muito longe...

São aves cegas que não conhecem o próprio ninho, pássaros

mutilados, esmolando socorro em recantos sombrios da floresta do

mundo... Às vezes, parecem anjos pregados na cruz de um corpo

paralítico ou mostram no olhar a profunda tristeza da mente anuviada

de densas trevas.

Há quem diga que devem ser exterminados para que os homens

não se inquietem; contudo, Deus, que é a Bondade Perfeita,

no-los confia hoje, para que a vida, amanhã, se levante mais bela.

Diante, pois, do teu filhinho quinhoado de reconforto, pensa

neles!... São nossos outros filhos do coração, que volvem das existências

passadas, mendigando entendimento e carinho, a fim de que

se desfaçam dos débitos contraídos consigo mesmos...

Entretanto, não lhes aguardes rogativas de compaixão, de vez

que, por agora, sabem tão-somente padecer e chorar.

Enternece-te e auxilia-os, quanto possas!...

Francisco Cândido Xavier / Waldo Vieira

 

 

 

E, cada vez que lhes ofertes a hora de assistência ou a migalha

de serviço, o leito agasalhante ou a lata de leite, a peça de roupa ou

a carícia do talco, perceberás que o júbilo do Bem Eterno te envolve

a alma no perfume da gratidão e na melodia da bênção.

Meimei




--




Nenhum comentário: