sexta-feira, 9 de março de 2012

AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO



AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO

Sentado num trono, um triste preto velho chorava. De seus olhos molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pelas faces e não sei por que as contei...
Foram sete. Na incontida vontade de saber, aproximei-me e o interroguei. 
Fala, meu preto velho, diz ao teu filho por que externas assim tão visível dor?
E ele, suavemente respondeu:

Estás vendo esta multidão que entra e sai? As lágrimas contadas estão distribuídas a cada uma delas:

A PRIMEIRA, eu dei a estes indiferentes que aqui vêm em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber...

A SEGUNDA, a esses eternos duvidosos que acreditam desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam...

A TERCEIRA, distribuí aos maus, aqueles que somente nos procuram, em busca de vingança, desejando sempre prejudicar a seus semelhantes...

A QUARTA, aos frios e calculistas que sabem que existe uma força espiritual e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma, sem se sintonizarem com Deus...

A QUINTA, chega suave, tem o riso, o elogio na flor dos lábios más se olharem bem o seu semblante, verão escrito: Crerei na espiritualidade, nos seus caboclos e nos seus mentores, mas somente se vencerem o meu caso, ou se me curarem disso ou daquilo...

A SEXTA, eu dei aos fúteis que vão de templo em templo, não acreditando em nada, buscando aconchegos e conchavos com seus revelando um interesse diferente...

A SÉTIMA, filho, notas como foi grande e como deslizou pesada? Foi à última lágrima, aquela que vive nos "olhos" de todos os mentores. Fiz doação dessa lágrima lágrima aos médiuns vaidosos, que só aparecem no templo em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem, que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantos espíritos precisando de evolução...


Assim, filho meu, foi para esses todos, que vistes cair, uma a uma AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO, pois nós também sofremos com as aflições dessa humanidade esquecida de Deus e dos princípios mais rudimentares da Lei do Auxílio.

Não são lágrimas de mágoa, mas de esforço humilde para o cumprimento de uma missão bendita.

Salve Deus!

Autor desconhecido

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