segunda-feira, 23 de julho de 2012

AMOR E SEXO NO CASAMENTO

Por Manoel Trajano

A canção "Amor e Sexo" composta por Rita Lee, Roberto de Carvalho e Arnaldo Jabor diz tudo sobre as diferenças entre ambos,ou pelo menos,quase tudo. Mas vou tomar a liberdade e a ousadia de fazer uns complementos sob meu modesto ponto de vista,ou pelo menos vou tentar,se não for redundante em relação a esta linda letra e melodia tão gostosa.

Sexo não é sujeira, não é imundicie, não é pecado, não é nada de errado como tanto nosso insconsciente faz-nos acreditar pelo tanto que nossa formação católica de tantas vidas passadas nos ensinou. Há diversas formas de Sexo, seja ele solitário, seja entre almas diferente de como concebemos, seja no Kama Sutra ou numa tentação de uma noite inesquecível de alguém que vai embora, não volta mais e esquecemos da pessoa mas ficamos impregnados com aquele momento que nos marca numa sensação de promiscuidade de uma pessoa só em loucas horas com quem nos entregamos (como bem cantou Guilherme Arantes em "Loucas Horas" ou em "Olhos Vermelhos"). Sexo mesmo com letra maiúscula, como ficam nossos corpos,nossos órgãos genitais que fazem parte de nossa essência e que expressam nossa manifestação espiritual enquanto seres encarnados e extasiados de paixão. Sexo faz parte da energia da vida, da criação, da fertilidade, do centro genésico e enquanto energia primária nada tem de primitivo como tentam sustentar olhando apenas por um de seus ângulos. Ainda no nível da Terra não fazemos Sexo por telepatia e mais do que isso é uma necessidade fisiológica, como abraçar, beijar, comer, eliminar sólidos e líquidos, tomar banho de mar ou de sol. É claro que há os desequilibrados, as parafilias (disturbios de comportamento com CID inclusive na OMS) como necrofilia,zoofilia,pedofilia,entre outras. 

Onde quero chegar? Que há diferença entre "fazer amor" e "fazer sexo". Dá para fazer os dois? Sim. Mas se não houver momento para um amor depois de uma briga ou ambos estão chateados e dizem estar "sem clima", o Sexo pode salvar, no mínimo aliviar as tensões,pois mexe com todos os musculos, hormônios,apreensões enquanto a mente reflete,descansa e reavalia.No momento exato em que ocorre,de nada há de amor,há um momento visceral,como dizia uma amiga há muito tempo atrás,amiga mesmo,nada minha,ou seja,opinião meramente feminina,informativa e imparcial,sem envolvimento passional. Por que toco nisso em um espaço espiritualista? Porque precisamos acabar com essa hipocrisia de deturpar algo tão natural nada vida das pessoas que se gostam, se atraem magneticamente, independente de estarem num momento "bom" selados no espaço sagrado do casamento. Tem outras palavras divertidas e mais ousadas que poderia definir o que Sexo significa no momento de êxtase e auge de seu acontecimento mas para não ferir o pudor de quem lê e se ofende ainda nas máscaras que se encontram vou me controlar a transbordar meu kundalini circulando internamente em uma forma de energia amorosa e harmoniosa.

E com relação àquelas pessoas que por opção, vocação, escolha, abrem mão do contato corporal e estão achando um absurdo todo este papo? Nada contra,mas há que se respeitar e compreender que as escolhas de cada um devem ser preservadas sem julgamento,críticas ou comparações.Cito Sexo com S maiúsculo mesmo porque independe de ser hetero ou homossexual,ou bissexual,é simplesmente a conexão,que pode ser um simples toque de olhares,dedos,braços ou palavras,como bem colocada esta palavra em "Porque o homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?" de Barbara e Allan Pease. Conexão é tudo e nos revitaliza.Sexo com violência que lesiona,maltrata,mata nada tem a ver com energia de criação,talanto e inspiração que esta região sacro expressa! Tapinhas valem sim e carinhos fortes! O casamento precisa do Sexo como o alimento que sustenta na mesa,o banho de cada dia,o ar que respiramos. Deixemos o confessionário imaginário dos pecados herdado por punições repetidas por falsos sacerdotes sem moral ao longo de tantas histórias no mundo e aprendamos a nos confessar por uma consciência limpa de ser sinceros conosco mesmos.

E viva a vida!

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