sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Sobre Jorge, salve o Amado


Segue artigo de um grande amigo.

Abraço,

Trajano



Caro amigo,
 
Em ocasião do aniversário natalício de 100 anos de Jorge Amado. Peço que encaminhem a nossos pares e conterrâneos de Ilhéus. Relata, inclusive, uma importante passagem da vida estudantil lá na Piedade, por isso mesmo estou compartilhando com vocês na certeza que o texto não se perderá neste ano de importante comemoração. Permito a ampla divulgação com autoria nas suas páginas de facebook ou blogs e/ou publicações gerais e especializadas.
Quem preferir acesse o link: http://www.tempopropaganda.com.br/blog/?p=1044
Caso não, segue arquivo.
 
Abraços e bom fim de semana,
 
 
Fábio Lopes
 
10


ago
 
Sobre Jorge, salve o Amado 

Hoje se comemora 100 anos de nascimento de Jorge Amado, um dos mais famosos escritores mundiais. Quis o destino que ele fosse brasileiro, tendo Itabuna por berço e Ilhéus por adoção da sua literatura e de seu gênio inventivo. Mais do que a vida, o antigo residente do Rio Vermelho e de Paris projetou a Bahia e o Brasil revelando a beleza, o povo, a cultura e os costumes, como também as dores e problemas sociais. Engana-se quem limita os 36 livros de Jorge Amado e seus cerca de 4.500 personagens a uma brilhante remontagem do tempo antigo, das histórias dos coronéis do cacau, das ruas, praias de Salvador e becos do Pelourinho, Santana do Agreste, entre outros vilarejos e rincões físicos ou imaginários da sua vasta obra. Jorge é universalmente nordestino. Viveu uma realidade próxima que traduziu em matéria, obra-prima de interesse planetário em mais de 50 idiomas e dialetos.

Jorge Leal Amado de Faria publicou seu primeiro livro (O País do Carnaval) aos 18 anos de idade em Ilhéus numa casa que hoje abriga a Fundação Cultural daquela terra, meu chão São Jorge dos Ilhéus. Lá outras histórias também ganhariam vida, sabor, cor, prazer, amor, tragédia, preconceito, tocaia, religiosidade e sincretismo. Eis que nos idos de 1992, ano que ele se tornaria octogenário, numa tarde de sábado fui recrutado em casa para cumprir uma tarefa da gincana que envolvia escolas da congregação das irmãs ursulinas, entre elas, o Instituto Nossa Senhora da Piedade, anfitrião, onde estudei, e o Colégio Mercês de Salvador. Era necessário arranjar um casal sósia dos escritores e mais: eles deveriam se declarar um para o outro. Qual a surpresa um amigo se lembrou de um senhor grisalho que preferiu o improviso destilando o amor pelos belos e generosos traços de Zélia, enquanto a nossa Gattai ilheense usou seu roteiro e mandou bem em sua declamação. Tarefa cumprida com excelência e pontuação máximas. O melhor ainda está por vir. Numa peregrinação, fomos ao encontro de Jorge Amado na quadra de esportes do colégio, onde tive a rara oportunidade de lhe apertar a mão, trocando rápida conversa, além de conhecer sua eterna companheira, musa e também maravilhosa escritora Zélia Gattai. Eu tinha 17 anos e conhecera ali um ícone da cultura que estivera em 1981 no lançamento do livro "O Poeta e a Saudade" de meu pai, Paulo Lopes da Silva, na Terra de "Gabriela Cravo e Canela".

Para quem não acredita em coincidência, lembro que o baiano amigo de Caribé, Pierre Verger e Dorival Caymmi partiu dias antes de completar aniversário. Jorge só poderia encerrar sua vida na página 88, pois uma vez deitado o número 8 representa o infinito, o eterno. Se não é coincidência, certamente é destino. Obrigado, Jorge. Mais uma vez obrigado. Se o encontrar por aí, mande um recado para seu confrade das letras Paulo Lopes.

Fábio Lopes é coordenador de Mídia da Tempo Propaganda e professor universitário.




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Manoel Trajano
Eng.Especialista em Segurança do Trabalho e Gás Natural
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