terça-feira, 5 de novembro de 2013

ALLAN KARDEC NO CINEMA EM 2014

Notícia

Allan Kardec será retratado no cinema




Marcel Souto Maior, autor de As Vidas de Chico Xavier, cujo trabalho apoiou o filme de Chico, vai lançar um novo livro, a biografia de Allan Kardec.

Depois de "Chico Xavier - O Filme" em 2012, a vida anterior deste apóstolo do Cristo, como Hippolyte Léon Denizard Rivail (o codificador da Doutrina dos Espíritos) vai ser retratada no cinema.
 
Filme em 2014 - ALLAN KARDEC 

Segundo o colunista, Ancelmo Góis, do jornal O Globo, Conspiração, que acabou de lançar o filme "Gonzaga – De pai para filho", irá produzir a biografia do criador da doutrina espírita, Allan Kardec (1804 – 1869).

O longa vai se juntar com outras produções que já são conhecidas pelo público, por exemplo, Nosso Lar, obra em que o espírito André Luiz descreve as atividades de uma cidade espiritual próxima a Terra, passando uma ideia da vida além-túmulo.

A Doutrina Espírita também serviu de inspiração para a indústria cinematográfica nos filmes Chico Xavier; As Mães de Chico Xavier e O Filme dos Espíritos, baseado no O Livro dos Espíritos, uma das obras básicas da codificação.

A cinebiografia de Allan Kardec (Léon-Hippolyte-Denizart Rivail) tem previsão de estreia no circuito nacional no próximo ano.

 
MARCEL SOUTO FALA SOBRE KARDEC, CHICO E ESPIRITISMO

O escritor  e seu livro mais famoso

Reproduzimos a seguir uma entrevista com o escritor e jornalista Marcel Souto Maior, autor dos livros As Vidas de Chico Xavier (2003), Por trás do véu de Ísis (2004) e As Lições de Chico Xavier (2005). Marcel, que viu na biografia do médium Chico Xavier a possibilidade de um trabalho de rica pesquisa jornalística, fala do que descobriu sobre o tema, de como o O Livro dos Espíritos lhe influenciou nas pesquisas e da figura e a importância de Allan Kardec para o Espiritismo, assunto a que volta e meia ele retorna: "Não tenho nenhuma religião, mas tenho fascínio por este tema: a fé...", diz. Atualmente, ele prepara o lançamento de um novo trabalho, a biografia de Allan Kardec, cujos originais já foram entregues à sua editora. 
 
Como você avalia a evolução da fé espírita no país?

A cada ano, cada livro e cada filme lançados, o Espiritismo atrai novos adeptos e admiradores. O Brasil já abriga mais de 10 mil centros espíritas kardecistas. Cada "casa" destas funciona como um centro de estudos e divulgação do espiritismo e como um pólo de solidariedade. Uma rede cada vez mais ativa e integrada. Hoje mais de 5 milhões de brasileiros já se declaram espíritas kardecistas nas pesquisas do Censo... O número de simpatizantes é estimado em 30 milhões só no Brasil.
 
Seus livros sobre o tema Espiritismo foram lançados no início dos anos 2000. Agora eles voltam a ser lembrados e comentados a partir do lançamento de alguns filmes nacionais. Você identifica um novo interesse da sociedade brasileira em relação às questões espíritas? A que se atribuiria esta "retomada" do assunto?

O lançamento de filmes e livros, o destaque dado a Chico Xavier no ano de seu centenário – todos estes "eventos" ajudam e muito. Mas por trás desta retomada existe uma questão maior: uma imensa esperança de que a vida seja mais do que este nosso dia-a-dia estressante, às vezes sem sentido, rumo ao fim.
 
Estamos todos condenados à morte ou a vida continua?


O Espiritismo aposta na melhor hipótese e, por isso, mobiliza tanta gente.
 
Você já declarou, algumas vezes, que não é espírita, e que sua abordagem sobre o tema sempre foi do ponto de vista jornalístico. Por conta desse distanciamento, e mesmo por ter partido do "zero conhecimento" para chegar ao que hoje você dispõe, o que você acha que leigos no assunto não deveriam ignorar? Há alguma "descoberta" sobre o Espiritismo que acha que seria bom que todo mundo soubesse?


Nestes 15 anos de pesquisa – e de investigação jornalística - , encontrei fraude e auto-sugestão neste território movediço onde "vivos e mortos" se cruzam, mas deparei também com histórias impressionantes, desconcertantes e inexplicáveis pra mim. Histórias que conto na introdução de "As Vidas de Chico Xavier" e no livro "Por Trás do Véu de Ísis". A conclusão a que cheguei é esta: existe fraude e má-fé sim, mas existem verdades que devem ser encaradas por todos nós – inclusive pela ciência – com mais coragem e menos preconceito.
 
O que o motivou a pesquisar e escrever sobre figuras e temas do Espiritismo?

Foi interesse jornalístico mesmo. A história de Chico é irresistível. Ele escreveu mais de 400 livros, vendeu mais de 20 milhões de exemplares e doou toda a renda dos direitos autorais a instituições beneficentes. "Os livros não me pertencem. Eu não escrevi nada. Eles – os espíritos – escreveram", repetiu ao longo de toda a sua vida, enquanto era atacado, perseguido e até processado. Aos que diziam que mais cedo ou mais tarde ele cairia, desmascarado como fraude, por exemplo, Chico dizia: "Não vou cair porque nunca me levantei". Morreu na cama estreita de seu quarto simples em Uberaba.
 
Como O Livro dos Espíritos marcou a sua pesquisa?


O O Livro dos Espíritos é fundamental para quem quer entender a origem, a lógica e o sentido da Doutrina Espírita. Li e reli várias vezes para conseguir decifrar Chico Xavier. Durante toda a vida ele se dedicou a seguir os principais valores descritos/defendidos no livro de Allan Kardec: a fé na vida depois da morte, o valor da caridade, a importância do trabalho em favor do outro.
 
Você já falou do potencial de Chico Xavier como personagem de uma pesquisa jornalística. E Allan Kardec? Como vê esse "personagem"?


É outro personagem muito forte. Eu resumiria a história dele com poucas palavras: "Ele nasceu Hippolyte Léon Denizard Rivail na França do século 19. Sempre foi cético. Um professor respeitado em seu tempo, discípulo do educador Pestalozzi. Até que mesas começaram a girar e mensagens passaram a chegar de muito longe... Com 54 anos, depois de testemunhar estes fenômenos – batizados de "mesas girantes" -, Rivail mudou de vida e de nome. Tornou-se Allan Kardec para dar voz aos espíritos..." A história de Kardec é a história de uma conversão.
 
O trabalho com o tema Espiritismo modificou sua forma de encarar o mundo/as pessoas/questões relativas à espiritualidade? Você passou a acreditar em algo em que não acreditava antes?


Eu era um "cético absoluto" quando me aproximei de Chico Xavier pela primeira vez. Hoje digo que minha fé "não é consolidada", é cheia de altos e baixos... Às vezes acredito na possibilidade da "vida depois da morte", às vezes duvido totalmente, mas esta nova "posição" já é um avanço para quem não acreditava em absolutamente nada há 15 anos.
 
Qual a sua crença religiosa?

Não tenho nenhuma religião, mas tenho fascínio por este tema: a fé.

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Fontes: 
http://www.radioboanova.com.br/site/noticias-destaque/filme-sobre-allan-kardec-em-breve
Comunicação Social FEB - http://www.febnet.org.br/blog/geral/divulgacao/comunicacao-social-feb/em-breve-filme-sobre-allan-kardec/
http://www.partidaechegada.com/2012/11/marcel-souto-fala-sobre-kar



Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora | Nuno Emanuel
27/01/2013


Exclusivo: Marcel Souto Maior fala sobre a biografia de Allan Kardec
2013-10-10 15:33:22

 

Por Manoel Fernandes Neto
 

Uma nova biografia de Allan Kardec se "materializa" nas livrarias neste mês de outubro e não se trata de nenhum "fenômeno mediúnico". Nem por isso, desprovido de novidade, mesmo Kardec sendo uma personalidade (re) conhecida por espíritas e não-espirítas. O que torna a obra um atrativo é o seu autor: Marcel Souto Maior, jornalista, não-espirita e biógrafo de Chico Xavier, em obra -- entre outras -- que deu origem ao filme sobre o médium brasileiro.

Desta vez, após anos de contato com a Doutrina dos Espíritos e seu Codificador, Souto Maior decidiu que chegara o momento de retratar um personagem que o intrigava. "O que transformou o professor Rivail no missionário Kardec? O que deu a ele tanta certeza sobre a existência e influência dos espíritos? ", idaga o autor.

Nesta entrevista, exclusiva para o portal Nova Era, Marcel fala do livro e dos motivos que o levaram a se interessar pelo assunto:

"O que mais me mobiliza – e me impressiona – no espiritismo não é o fenômeno, sempre sujeito a fraudes, mistificações ou enganos. O que mais admiro no movimento é a rede de solidariedade que ele sustenta e mantém cada vez mais viva e integrada. "

Leia a seguir a integra da entrevista:

Por que você resolveu escrever a biografia de Allan Kardec?

Por interesse jornalístico. Desde que iniciei minhas pesquisas sobre Chico Xavier, há 20 anos, mergulhei também no universo de Kardec – um personagem que sempre me intrigou. Ele se chamava Hippolyte Léon Denizard Rivail e era um professor cético, discípulo do educador Pestalozzi, na França do século 19 até ver mesas girarem, cestos escreveram, adolescentes colocarem no papel mensagens complexas demais para a idade e formação delas...Aos 53 anos, depois de pôr à prova estes fenômenos, ele mudou de vida e de nome para dar voz aos espíritos. O que transformou o professor Rivail no missionário Kardec? O que deu a ele tanta certeza sobre a existência e influência dos espíritos? A biografia – escrita com o máximo de objetividade – é a história desta "conversão". Uma saga pontuada por altos e baixos, surpresas e decepções, fraudes e revelações.

Como foi a pesquisa? Você pode falar um pouco das fontes que você utilizou?

Li, é claro, toda a obra de Kardec – inclusive as obras pedagógicas do professor Rivail – e estudei a fundo todos os exemplares da "Revista Espírita", escrita e publicada por ele ao longo de 12 anos. Esta foi a primeira etapa da pesquisa: um mergulho nas motivações, dúvidas e convicções de Rivail/Kardec. Na segunda fase de investigação, depois de ler os principais livros escritos sobre o Codificador, fiz uma série de viagens a Paris (quatro ao todo) para levantar informações históricas e resgatar artigos e reportagens de jornais e revistas da época sobre – e contra - Kardec e o espiritismo. O acervo de periódicos da Biblioteca Nacional da França me ajudou muito nesta etapa. Meu principal objetivo, como jornalista, foi reconstituir os obstáculos enfrentados por Kardec em sua Marcha contra o Materialismo e os principais ataques sofridos por ele ao longo de sua jornada: perseguições da Imprensa e da Igreja, que chegaram ao auge no Auto-de-Fé de Barcelona.

Você ja tem dois livros com temáticas espírita, mesmo não sendo espirita, o que lhe traz credibilidade. O que falar desses temas e personagens tem mostrado pra você? Fale um pouco deste interesse.

Marcel Souto Maior investiga a vida do codificador da doutrina espírita

Título: Kardec

Subtítulo:  Biografia

Páginas: 322

Edição: 1ª

Tipo de capa: BROCHURA

Editora: Record

Ano: 2013

Assunto: Biografias & Memórias

Idioma: Português

Link submarino

O que mais me mobiliza – e me impressiona – no espiritismo não é o fenômeno, sempre sujeito a fraudes, mistificações ou enganos. O que mais admiro no movimento é a rede de solidariedade que ele sustenta e mantém cada vez mais viva e integrada. Ao mergulhar nas histórias de Chico e de Kardec entrei em contato com os conceitos e práticas que considero os mais relevantes e transformadores da doutrina. "Ajuda o outro e você estará se ajudando", Chico receitava e praticava. "Graças a Deus aprendi a viver apenas com o necessário", dizia. "Fora da caridade não há salvação", decretava Kardec. "Trate o outro como você gostaria de ser tratado", ensinava. O espiritismo aumenta, sim, a responsabilidade de todos nós diante da vida, ao nos tirar do próprio umbigo e nos colocar em contato com o outro. Estas são as principais lições do espiritismo pra mim. Hoje luto para ser menos egoísta e mais tolerante, apesar de não me considerar espírita.

Como você analisa o resultado final desta nova obra "Kardec"?

O livro acaba de sair da gráfica da editora Record - ficou pronto, aliás, em 3 de outubro, dia do aniversário de Rivail - e ainda estou, confesso, sem muito distanciamento para avaliar o resultado final. Encaro o livro como a minha versão da vida e da obra do professor – uma visão jornalística. Espero que os leitores que já conhecem Kardec através de outras biografias – e do estudo de sua obra -, reconheçam Kardec no meu livro e descubram também, em alguns capítulos, novidades sobre os obstáculos que ele enfrentou para organizar e divulgar a "doutrina dos espíritos".

Tem alguma expectativa de como ela será recebida pelo movimento espírita?

Não sei como os espíritas vão receber o livro. É sempre um enigma para mim a reação dos leitores: espíritas ou não-espíritas. Tento sempre escrever o livro mais consistente e independente possível. Como jornalista luto para me ater aos fatos sem fazer juízos de valor. Deixo ao leitor a liberdade - e a responsabilidade - de chegar às próprias conclusões. Cada leitor, espírita ou não-espírita, terá uma leitura diferente do livro, de acordo com sua fé ou falta de fé. Espero apenas que os leitores espíritas reconheçam no livro o Kardec que já conhecem tão bem e encontrem novas respostas – e caminhos – nesta investigação.

Fonte: http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1997

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