Saudade do poeta que escreve
Eis ocupação que me dá satisfação:
Ser poeta...ah ser poeta...
Parece ser inútil desaguar sua saudação
Que tanto lhe afeta.
Admirar belas e inatingíveis criaturas
Que ao despertar percebes a tortura
De saber o quanto é fútil
Gastar tintas de sangue numa vida que é inútil,
A mulher,o amor,a sociedade,que coisa assim e tal
Sonhar se torna algo assim tão banal
Como a certeza de que a noite vem de maneira mais fria
Cutucando,esfregando,arranhando de forma nada sadia...
Oh doce agonia...
Vai-me o passado,vai-se a vida
Como quem deixa o barco e salta na imensidão do mar à deriva,
À procura de algo perdido,em qualquer lugar,
Vai-se a vida enquanto durar.
Manoel Trajano
08/09/91 adaptado e revisado para Word em 11/04/2000.
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segunda-feira, 8 de setembro de 2008
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