segunda-feira, 8 de setembro de 2008

CRÔNICA

Segurança Pública


Vivemos um período de muita turbulência moral, valores atropelados, subestimados,ignorados,suprimidos por uma onda de descaso por parte das autoridades desde a mais poderosa que se impõe pela força bélica em nome do imperialismo e da falsa democracia, outros destroem entre si em nome de uma “Guerra Santa”, outros disparam suas armas em nome do domínio e dos seus princípios onde não atua governo,outros pela influencia das drogas,outros por uma revolta em nome da indignação social, em suma toda forma de violência é estúpida e só proporciona sofrimento,dor e perdas irreparáveis aos civis que quando não desencarnam tragicamente testemunham seus entes queridos arrancados do convívio.
Nosso país,nosso Estado da Bahia,nossa querida Salvador assim como outras grandes cidades tem vivido momentos tristes e próximos a nossos entes queridos a luz do dia,situações que caíram na banalidade por estarem tão comuns hoje na imprensa escrita e falada e enquanto não acontecem conosco,nos assustamos e depois esquecemos,seja um estupro a uma garota de 12 anos às 19 h arrancada da porta do cinema no Aeroclube, uma enfermeira que por pouco não é seqüestrada às 7:00 h ao chegar ao seu trabalho na Pituba, salva por um justiceiro que assassinou friamente os dois elementos, um amigo que às 14:00 indo para o carro foi abordado na praia do Corsário,para não citar outros. Onde estamos? Será que neste momento de mensalão, discussões em torno de um reverendo em que inacreditavelmente um grupo (e muitos concordam) defende a idéia de que legalizar o armamento vamos nos defender da violência (como se soubéssemos usar facas, revolveres e tivéssemos mais experiência e rapidez que os bandidos) sob a ótica iludida de que eles continuarão armados e nós não,ignorando a triste estatística de que a maiorias da morte por violência é discussões em transito e em casa,alcoolismo associado ou não,pena de morte na verdade e enrustida. Estamos assustados, queremos ação e não devemos ficar esperando os governos agirem, temos que atuar nas áreas sociais, ajudar de alguma forma, esclarecer, mobilizar uma pacificação distrital, municipal,estadual,nacional e mundial. Provas e expiações são interrompidas bruscamente pelo livre arbítrio equivocado que faltou esclarecimento, apoio, ajuda. Aquele rapaz que fez uma refém naquele ônibus no Rio e que acabaram ambos morrendo(ela pela ação precipitada do policial e ele pelos policiais a caminho da delegacia) era uma vítima sobrevivente de outra vergonha – a chacina da Candelária. O que a sociedade fez neste entretempo? Ficamos esperando os governantes?
Amigos, sei que este assunto incomoda muita gente, mas eu tenho pensado muito nisso. Minha família se preocupa quando saio para passear sozinho ou acompanhado e por mais que estudemos e debatemos, sabendo que tudo na vida tem uma razão de ser e acontecer e nós podemos atenuar e anular certas tendências pela melhoria de nossas ações, vibrações e amor ao próximo, vem a pergunta: “ O que esta sociedade tem feito para mudar a situação?” Ficaremos nos escondendo atrás de vidro peliculado, não parando nos sinais( virou outro risco,agora de acidente de transito). Luiz Fernando Veríssimo escreveu uma crônica certa feita em que o sonho de um lugar tranqüilo num condomínio fechado, após sucessivos assaltos e reforços na segurança e controle de visitas acabou por transformar o local numa área de segurança máxima em que nem os moradores passaram a fazer motim para sair do local.
Ao refletir sobre o assunto demasiadamente abri o Evangelho Segundo o Espiritismo e abri no tema “Caridade com os Criminosos”. A espiritualidade é maravilhosa e age como uma bençao porque precisamos neste momento ler e refletir sobre isso. Ate agora admito que posso estar passando um pouco de resignação mas ao mesmo tempo espero estar sendo indulgente e compartilhando uma responsabilidade que não é só dos governos nem das Policias Federal,Militar e Civil que ganham pouco,são mal aparelhados e vivem sob tensão constante,mas também é nossa como cidadãos,pois aqueles criminosos são cegos à luz do Pai,não tem a noção que nós temos e ainda assim erramos tanto(situações que cometemos que nem são crimes aos olhos dos homens e são faltas graves aos olhos da justiça divina),achamos que a morte destes tachados de marginais ,resolve quando na verdade adia e ainda nos compromete por assim agir e pensar. Temos que vibrar,orar,agir e atuar na causa,na raiz,na base educacional,cultural e social e não há solução imediata,a não ser nos proteger. Esse atual estágio não é do seu bairro,não é de sua cidade,é nacional,é mundial. Não estamos no G8 e ainda assim tem problemas sérios de violência,é Humano,é a Terra no seu processo de aprimoramento,ajuste e que esses nossos irmãos filhos do nosso Pai,precisam de esclarecimento,orientação e pedem por socorro pela forma mais equivocada,sob o véu do ódio,da revolta e da indignação. As crianças hoje se divertem em jogos que há violência impera,os desenhos agridem e o sangue salta aos olhos como uma realidade que insiste em se perpetuar e os pais em nome da liberdade prosseguem permitindo como o mesmo equivoco daqueles que matam em nome de Alá (Deus).
Que nós possamos através dos pequenos gestos no dia-a-dia,através da vigilância,do autrocontrole e da prece,pedir proteção para não cairmos em tentaçao e tentar amar ao próximo como a nós mesmos. Não somos obrigados a gostar de ninguém,mas aceitar aquele que está próximo de nós por um motivo dado pela divina providencia e esforçarmos para auxiliar a superar as nossas limitações através do amor e do perdão.

Trajano, 03/10/05 – 22:30 – 23:06

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