segunda-feira, 8 de setembro de 2008

PEDRAS NO CAMINHO



Durante a viagem à paradisíaca Chapada Diamantina, entre as diversas paisagens exuberantes esculpidas por Deus, um lugar chamado Ribeirão do Meio pouco hospitaleiro chamou a atenção. A natureza na suas formas mais bruscas e agrestes chamava a atenção para a necessidade do respeito a vida e a superação dos limites.
Ao longo do percurso composto rigorosamente por pedras em suas formas mais angulosas, de arestas levemente cortantes e vivas nos obrigava a adotar medidas de coragem e solidariedade, em que revesadamente os dois participantes da aventura incentivavam mutuamente a continuidade do percurso em que a água descia forte e não era dada a opção de retorno face às condições do horário e da luminosidade. Em alguns momentos era sentida a vontade de desistir, por mim, e ao procurar as margens em terra firme,estas estavam escondidas pelas pedras. A pergunta que não quer calar é como fomos parar ali, já que era assim inóspito o caminho. A resposta foi que havíamos obtido uma orientação estimulante, porem não completa e clara dos perigos que seriam enfrentados,rumo ao objetivo final, a jusante daquele rio. Assim é a vida em que são nos impostos os desafios,os obstáculos para alcançar uma meta e as surpresas vão surgindo, estimulando reações e decisões rápidas para a superação,em que a confiança no outro é fundamental e aquele que você menos imagina que conseguirá lhe ajudar,encontra forças interiores extremas que são transformadas em sucesso,em cada etapa,fazendo aumentar a confiança e destruindo o medo até então reinante,um trabalho de equipe motivado por outra dupla que serviu de exemplo e motivação ao longo do caminho,um rapaz com seus vinte e poucos anos e uma criança carregada nos ombros,fazendo e superando igual ou melhor que nós,impulsionando mais ainda a lograr a meta.
O cenário que era visto a frente e o que era deixado para trás era predominantemente rochoso, cujo silencio era quebrado pelas águas que desciam em alta velocidade a jusante, em que alguns momentos era necessário escaladas a mãos em trechos que o olhar para baixo e para trás não era recomendável e sim olhar para frente e para o parceiro cuja motivação era mútua numa situação que começou como diversão e passou a ser uma questão de superação e sobrevivência.
Ao chegar ao destino o premio do cenário deslumbrante em águas reconfortantes e reenergizantes digno de um paraíso inesquecível e descobrimos que o retorno poderia ser feito em novo caminho mais tranqüilo.
Assim é a vida.
Vale a pena lutar,superar,confiar e ter em Fé em Deus que tudo vai dar certo.

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