segunda-feira, 22 de junho de 2009

ERROS E ACERTOS

Para a Logosofia, o arrependimento é um sentimento retardado; melhor seria antes ter pensado que errado. O arrependimento não exime o erro, não redime, não conserta. No entanto, o erro cometido não é como o tempo perdido que não se recupera mais; é possível compensá-lo com acertos futuros, com o bem que se possa fazer a si mesmo e aos demais.

Se errar é humano, como aponta o dito popular, acertar também o é; o importante é identificar o erro em si mesmo, errar menos, acertar mais. “Evitar cometer erros e faltas é um princípio de redenção,” escreveu certa vez González Pecotche, o criador da Logosofia.
Essa remissão implica uma liberação realizada pela própria pessoa, o alívio de uma carga, de uma opressão. Deus criou o homem com esta capacidade; deu-lhe a oportunidade de ser o seu próprio salvador, de transcender os vales escabrosos do erro e da ignorância para alçar-se às alturas libertadoras do conhecimento porque Ele não é um pai vingativo e rancoroso que joga seus filhos para um martírio eterno, impedindo-lhes de liberar-se do peso dos próprios erros.

É certo que todo o ser humano, independentemente de sua condição social e cultural, tem defeitos ou deficiências psicológicas que, se por um lado são as causas de seus erros e sofrimentos, por outro constituem o quadro psicológico modificável de suas perspectivas pessoais.
Assim, a falta de vontade, a impaciência, a irritabilidade, a intolerância, a timidez, a falta de memória, por exemplo, poderão ser gradativamente debilitadas através de um trabalho persistente e da orientação de quem já tenha realizado este processo de aperfeiçoamento e depuração dos pensamentos.
A substituição daquelas deficiências pelas eficiências que promoverão uma verdadeira revolução psicológica, tais como a vontade, a paciência inteligente, a contenção, a tolerância, a resolução, a memória consciente, levará à conclusão que acertar é humano e que os erros podem ser afastados, pois aqui estamos para superá-los criando as condições que nos distingam das espécies inferiores para que possamos afirmar que somos verdadeiros seres humanos, e não a aparência daquilo que imaginamos sobre nós mesmos.

(Texto de Nagib Anderáos Neto)

Mensagenm enviada por Débora Linheiros

Nenhum comentário: