segunda-feira, 27 de julho de 2009

FÓRUM DE DEBATE: ENTREVISTA DE BRIAN WEISS SOBRE TVP

Visões do futuro
Brian Weiss, pioneiro na terapia de vidas passadas, fala agora de viagens a séculos à frente



Há 24 anos, ele enfrentou a comunidade acadêmica ao dizer que seus pacientes relatavam vivências de outras vidas. Psiquiatra formado pela Columbia University e pela Yale Medical School, nos Estados Unidos, disseminou o método de terapia de vidas passadas em todo o mundo, escreveu livros e virou best-seller com Muitas vidas, muitos mestres, de 1992. Esta semana, em sua quarta visita ao Brasil, onde já vendeu mais de um milhão de livros, Brian Weiss, 61 anos, lançou Muitas vidas, uma só alma (Edit. Sextante, 208 págs., R$ 19,90), título no qual defende outra controvérsia – a possibilidade de ir ao futuro. Ele provoca: “Os físicos falam sobre universos paralelos. O século XXII
pode estar acontecendo agora, assim como o XVII. Por que não seria possível?”

ISTOÉ – Há ainda resistências contra a terapia de vidas passadas (TVP). Qual a reação à idéia de ir ao futuro?
Brian Weiss – Psiquiatras e acadêmicos que rejeitam a idéia não a conhecem. Digo a eles: tentem. Há pacientes que impressionam pelos detalhes. Alguns falam línguas que desconhecem. Nos EUA, um terço das pessoas acredita em reencarnação. No Brasil, pelo menos 50% da população também crê. O futuro é estudado pela física quântica. Os
físicos falam sobre universos paralelos. Fiz uma pesquisa com pessoas que têm sonhos precognitivos e que tiveram experiências de quase morte. Os sonhos sobre acidentes ou doenças as ajudam a se prevenir e a tentar mudar o futuro. Se há quem sonhe com o futuro, por que as pessoas sob hipnose não poderiam vê-lo?

ISTOÉ – E as teorias de Carl Jung (psiquiatra suíço, 1875-1961) sobre a existência de inconsciente coletivo?
Weiss – As lembranças são muito específicas. Não falam de um grupo de pessoas, mas do sofrimento físico, de doenças e ferimentos, e das emoções, alegrias e tristezas, de uma em especial.

ISTOÉ – Como se dá a progressão?
Weiss – A técnica é a mesma da regressão. Coloco a pessoa num estado profundo de relaxamento, sob hipnose.

ISTOÉ – Em seu livro, o sr. fala de três situações futuras: daqui a 100/200 anos, que mostra um mundo populoso, muita poluição e aquecimento global; outra, entre 300 e 600 anos, de um mundo semidestruído, e outra, paradisíaca, daqui a mil anos. Não seriam apenas reflexos do desejo e crenças das pessoas?
Weiss – Faço pesquisa com grupos de pessoas que foram levadas para determinados anos, 2150, 2500 e 3000, e há consenso sobre o que vêem. Sete mil já participaram. Por que tantos dão a mesma informação? E essas pessoas se sentem mais felizes, melhoram sua saúde e seus relacionamentos e tomam decisões mais acertadas. Como médico e terapeuta, é o que me interessa.

ISTOÉ – Há pesquisas que indicam que na TVP, a parte do cérebro ativada é a que se refere a memórias, e não à elaboração, o que seria uma “prova” de veracidade. E na progressão, como uma pessoa pode relatar uma vivência que ainda não teve?
Weiss – Podemos ter memórias do futuro, porque o tempo pode não existir do jeito que pensamos. Talvez o passado e o futuro sejam paralelos, simultâneos. O século XXII pode estar acontecendo agora, assim como o XVII.

ISTOÉ – Todas as pessoas podem fazer esse tipo de terapia? Crianças, adolescentes, deprimidos?
Weiss – Sim. Adolescentes regridem facilmente e crianças mais ainda. O importante é que o terapeuta tenha boa experiência e integre as memórias ao tratamento. Não basta ter a lembrança para se curar. Se o deprimido não consegue se concentrar, deve tomar medicamentos e tentar. A maioria dos sintomas físicos ou mentais melhoram. É muito seguro.

ISTOÉ – Nessas terapias, mães, pais e irmãos aparecem em outras vidas como maridos e namorados. As pessoas lidam bem com isso?
Weiss – Reconhecer pessoas no passado ou no futuro é muito comum. Nós trocamos de corpo, de país, de religião para aprender sobre todos os lados. É o propósito da vida. O que sentimos é amor, não há nada de incestuoso, de
negativo. As pessoas estão conectadas, viajam juntas para aprender.

ISTOÉ – Qual o intervalo entre vidas?
Weiss – Pode ser de uma semana ou de um século, depende da necessidade. Pessoas que morrem violentamente costumam voltar logo porque as lições continuam lá. Eu morri em 1942 ou 1943 na Tchecoslováquia e nasci em 1944. Na Suécia, um médico pesquisou pessoas que na regressão se viram como
vítimas na Segunda Guerra. Elas lembraram de nomes e números tatuados em seus braços que bateram com os registros de guerra. Quando me viu, ele me disse, chocado: “Eu morri com você.” Ele me reconheceu.

ISTOÉ – Por que esquecemos das vidas passadas?
Weiss – Várias culturas acreditam que esquecer é uma forma de proteção. Acho que cada vida é um novo teste para saber se o aprendizado já faz parte de nossa natureza, se está no coração e não só na mente. A Terra é a escola, onde temos que aprender a não-violência, a compaixão, a paciência, a amorosidade.

ISTOÉ – Podemos acertar numa vida e errar numa posterior?
Weiss – Temos o livre-arbítrio e o destino, os dois coexistem. O destino é o plano para uma existência, mas o livre-arbítrio lhe permite escolher o que quer fazer. Por exemplo, há planos de você viver com uma pessoa, você
decide não cumpri-los. Pode ter uma vida produtiva, mas, se naquele compromisso falhou, procurará outra oportunidade para cumpri-lo. O importante é que nunca morremos e progredimos sempre.
Mensagem enviada por Jaime Khoury-Plantão da Paz/BA
COMENTÁRIO DO AUTOR DO BLOG/ASSOCIADO 1:
É importantissima a divulgação desta entrevista deste que é autor de "Muitas Vidas,Muitos Mestres","Regressão a Vidas Passadas", "Só o amor é Real","Espelhos do Tempo" e entre outros.Tenho lido bastante seus livros,escutado seus CD traduzidos para o português e experimentado a meditação de forma tão agradável e exercitante. Particularmente "Espelhos do Tempo" permite uma regressão superficial em que a qualquer momento você pode interrromper,de maneira segura.A TVP propriamente dita é recomendável com terapeuta experiente,bem conhecedor e conforme o prorprio Brian Weiss orienta não deve ser objeto de mera curiosidade sobre o passado.Seus pacientes geralmente sao pessoas com fobias graves que impedem uma socialização normal,relações complicadas que beiram ou viram violencia no lar como Mãe e Filho(geralmente ex-marido de vida passada) em que a cura se dá ao encarar a origem do problema e a maioria de nós não está preparado(ninguem quer ver a propria morte sob nenhum angulo nem descobrir que pode ter sido violentado ou assassinado por alguem que ama na vida atual,pois pelo amor,perdao e véu do esquecimento,o processo se dá de uma forma divina e sábia).Por isso é necessario conhecer o assunto,procurar alguem de confiança,conhecedor e experiente.Há amigos que aqui no Grupo que ja participaram de sessões e podem falar melhor do que eu na condição de pacientes(ou clientes).
COMENTÁRIO ASSOCIADO 2:
"Associado 1 e demais irmãos de luz, Esse assunto é bastante interessante... eu li vários livros de Brian Weiss e ele é fantástico, inclusive a princesa Diana antes de falecer tinha uma consulta marcada com ele sobre esse assunto abordado aqui!!! Ele mesmo conta sobre isso no livro: A divina Sabedoria dos Mestres. Eu fiz alguns exercícios proposto nos livros e realmente funciona. Descobri algumas coisa que me ajudaram e muito na compreensão de algumas situações emocionais que estava na época vivendo! Sou grata! Mas o que Associado 1 diz aqui é realmente importante sobre a intensidade desse momentos vividos... o ideal seria um acompanhamento de uma pessoa realmente responsável e profissional... eu até conheço, quem quiser, posso indicá-lo!!! "
COMENTÁRIO ASSOCIADO 3:
" FULANO e demais amigos.Realmente fico feliz com a divulgação crescente da Terapia Regressiva.Eu, como terapeuta de regressão posso afirmar que é um mundo incrível, mas que por falsos alardes, ainda muito cheio de pré-conceitos.Eu tive a oportunidade de assistir a dois workshops do Brian nos EUA, embora tenha me formado com terapeuta regressivo com o Hans Tendam, holandês.Costumo não rotular a coisa de ‘vidas passadas’, e esta crença também não é necessária para fazer esta terapia. As imagens e o conteúdo terapêutico do que se emociona e somatiza são por si só suficientes, sem rótulos. A própria pessoa com certo tempo monta as peças.Engraçado que muitas pessoas me procurar para saber como foram há 200 anos atrás , por exemplo... E para estas apenas digo que foram praticamente como são hoje, vejo uma personalidade congênita insistindo em gritar para a mudança e ciclos constantes. Há muita curiosidade mórbida.Não uso hipnose, por achar que a mesma desliga o hemisfério crítico e faz com que a catarse seja menos entendida. Existem várias formas...Atualmente atendo muitos casos depressivos, bipolares e de transtornos de ansiedade e pânico. Vamos na raiz do problema e a libertação é linda.Em novembro teremos o I Congresso Nacional de Terapia Regressiva aqui na Bahia, no qual farei também um apresentação junto com diversos profissionais do Brasil.Em breve mando o convite e a logística para os interessados."

Nenhum comentário: