Médicos ingleses não salvam suicida
qui, 01/10/09
por Maria Laura Neves
qui, 01/10/09
por Maria Laura Neves
Revista Época
Kerrie Wooltorton tinha 26 anos e uma depressão grave. Morava sozinha em um flat na cidade de Norwich, na Inglaterra. Tentou se matar nove vezes em menos de um ano. Era salva no hospital, depois de uma diálise para retirar toxinas do seu corpo. Na décima tentativa, tomou um álcool que evita o congelamento de parabrisas dos carros, como revelou o inquérito policial esta semana. Escreveu uma carta para os médicos dizendo que não queria ser salva por eles e que “estava 100% consciente das consequências do seu ato”. Seu pedido foi respeitado. Os médicos consideraram que salvá-la poderia ser uma violação do seu desejo.
A carta escrita por Kerrie tem valor legal na Inglaterra e respalda a decisão dos médicos. Ela escreveu um documento chamado lá de “living will” em que os pacientes deixam instruções para os médicos quando não são capazes de decidir ou opinar nos rumos de seus tratamentos. É um documento muito usado por pacientes terminais que não querem ser ressuscitados.
Kerrie morreu em2007, mas sua morte ainda gera polêmica. Entidades inglesas que se opõem à eutanásia se manifestaram contra a decisão dos médicos ingleses. Afirmam que Kerrie não tinha saúde mental para decidir sobre o fim de sua vida. O psiquiatra que acompanhou Kerrie nos últimos meses disse ao Daily Mail que ela tinha total noção do que estava fazendo.
Na foto acima, Kerrie carrega seu afilhado.
Você acha que as pessoas podem optar pelo fim de suas vidas?
COMENTÁRIO PESSOAL:
É pessoal! Tema delicado! Quando olhamos para o título pode-se surgir a reação"que absurdo,que falta de ética...",mas quando se lê a matéria vemos que o pedido partiu da paciente,suicida sim e ninguem tem o direito de tirar a própria vida,o maior dos cídios,aquele comete a si prórprio e solicitar que um profissional que preserva e luta pela vida alheia se omita de cumprir seu dever ou seja,reanimá-la,torna ele cúmplice do ato,pois omissão de socorro é crime para qualquer um de nós,quanto mais aos médicos. Gostaria que os médicos aqui visitantes se pronunciassem na visão desta iluminada função profissional em nossas vidas.
Até que ponto devemos respeitar o LIVRE ARBÍTRIO se ao nosso alcance temos a chance de evitar este caminho que possa piorar a vida do espirito. Conheço pessoa que ha 20 anos vegeta na cama e os filhos conversam,tratam,dão auxilio,etc.
abraço,
Trajano
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