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O Ano de 2010 será regido por São Jorge e Santa Bárbara - Ogum e
Iansã.
Cores: Verde e vermelho.
Que a espada de Ogum afaste de nós os perigos e as preocupações.
Que a preocupação olhe em volta, a tristeza olhe para trás e a fé olhe
para cima.
Este Orixá foi mandado para você.
Envie para 8 pessoas, inclusive para mim.
Em 8 minutos você receberá algo que espera há muito.
Particularmente fico feliz por ser São Jorge,meu orixá...
Embora ele seja representado mais por OXÓSSI,não é errado sua referencia a OGUM.Veja porque abaixo da mensagem que me enviaram,que fiz questao de elucidar.
Trajano
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O Ano de 2010 será regido por São Jorge e Santa Bárbara - Ogum e
Iansã.
Cores: Verde e vermelho.
Que a espada de Ogum afaste de nós os perigos e as preocupações.
Que a preocupação olhe em volta, a tristeza olhe para trás e a fé olhe
para cima.
O NUME DA CAÇA
OXOSSI dos nagôs é o mesmo Abê ou Agbê dos jejes (fanti-aschanti) e Tauamim, Matalumbô ou Congombira dos bantos. Filho de Iemanjá, irmão de Ogun e de Ossãe. Oxossi é formado pelas palavras “oxo”= caçador; e “ossi”= noturno.
ELEMENTOS E SÍMBOLOS
DIA
Quinta-feira
FESTA
23 de abril, dia de São Jorge, com quem está identificado
CORES
Verde, azul e escarlate; azul-turqueza e azul com dourado.
TALISMÃ
Fio de miçangas azuis-turquesa banhado em água de folha-da-costa. Usar no pescoço, pulso ou cintura. No Candomblé: missangas verdes.
METAL
Cobre, latão e ferro (Brasil). Madeira (África)
PEDRA
Turquesa e topazio.
PERFUMES
Selva, silvestre, Brut, Amazone, Madeira.
COMO USAR
Passar no corpo, um a cada quinta-feira.
FILHOS FAMOSOS
São Sebastião, George Washington, José do Egito, S.Mateus.
SACRIFÍCIOS
Porco,bode, boi, galo e conquém (galinha-d’angola).
OFERENDAS
Axóxo (papa de milho com coco), caças em geral, frutas.
Ipeté, entregues no pé de uma árvore, no mato.
PARTES DO CORPO
Ante-braço, braço, cabelo e pulmão.
PROFISSÃO
Artes, publicidade, jornalismo, advogados, biólogos e veterinários.
TOQUES
Agere (preferido), Ilù, Adahun, Ego.
DOMÍNIOS
Matas, fotosíntese, caça, alimento e sustento.
NATUREZA
Florestas, selvas, árvores, alagados.
SAUDAÇÃO
OKÊ!
O grito pelo qual se anuncia lembra um latido de cachorro.
Na Umbanda, é saudado com: Ode, òkè àró (Salve, oh Caçador)
VELA
Verde (claro ou forte), na mata fechada, às 5ª feiras, às 18 horas
SÍMBOLOS
Suas insígnias são o OFÁ (arco e a flecha de metal, conjugados), e o IRUKERÉ (espanta-mosca – símbolo dos Reis na África e afugentador e dominador de Égúns); e os Oge – Chifres de touro – chamados Olugboohun (o Senhor escuta minha voz), que é um poderoso meio de comunicação entre o Aiyé e Orún.
O IRÚKÉRÉ ou ÉRÚKÉRÉ é uma espécie de cetro feitos com pelos do rabo de touro, presos a um couro duro, constituindo um cabo, e revestido com um couro fino, ornado com contas e cauris (búzios). É um dos principais instrumentos dos caçadores e detém poderes sobrenaturais.
Na África nem um caçador, se aventuraria, a ir à floresta sem seu írúkéré. É preparado com pós e remédios de diversos tipos, assim como folhas e fragmentos triturados dos animais sacrificados. Antes de serem presas, as raízes dos pelos devem durante algum tempo, ficar imersas num pote com uma combinação de elementos que constituem um axé especial, que lhe conferirá suas atribuições necessárias.
Não é apenas mais um emblema, tem o poder de manejar e controlar todo tipo de espíritos da floresta. Os pelos do rabo – parte posterior (poente) – representam os ancestrais, espíritos de animais e de todo tipo de espírito da floresta. O Irukeré só era usado pelos reis africanos, pendurado no saiote.
Oxossi é o único Orixá que entra na mata da morte, joga sobre si um pó sagrado, avermelhado, chamado AROLÉ, que passou a ser um de seus dotes. Este pó o torna imune a morte e aos EGUNS.
OXOSSI é um orixá que revela a importância da caça entre os povos africanos, com reflexos no culto religioso. Sendo um caçador, lembrando que antigamente na África os caçadores eram os responsáveis pelo sustento e manutenção das aldeias, é o Orixá que garante a fartura, sustento, alimentação e prosperidade ao ser-humano. Muitas vezes é chamado de Odé Wawá, ou seja, “Caçador dos Céus”.
Ele é considerado a divindade da fartura, da abundância, da prosperidade. Em seu lado negativo, porém, pode ser também o pai da míngua, da falta de provisão. Deus da caça, das úmidas florestas, com o Ofá abate os javalis, as feras, É o invencível caçador.
Rei Oxossi, senhor do Keto, rodeado de animais, usa capanga e um elegante chapeú de couro de abas largas enfeitado de penas de avestruz nas cores azul e branco. Leva dois chifres de touro na cintura, além do arco e uma flexa de metal dourado, Ele dança com arco e flecha numa mão e na outra com o Irukérê. Usa saiote de plumas verdes ou multicores; penacho e capacete verdes. Pulseiras e braceletes de bronze. Algumas vezes veste-se de azul-turqueza ou de azul e vermelho. Sua dança é mímica de uma caçada e simula o gesto de atirar flechas para a direita e para a esquerda, o ritmo é “corrido” na qual ele imita o cavaleiro que persegue a caça, deslisando devagar, às vezes pula e gira sobre si mesmo. É uma das danças mais bonitas do Candomblé. Sua comida preferida é a carne de porco. Gosta também de bode e galo mas não tolera feijão branco.
Na qualidade de de caçador, Oxossi tem sua casa ou assento no quintal do candomblé, quase sempre no meio de arbustos e folhagens. Além de Oxossi, também Exu, Ogun e Ossãe têm a habitação ao ar livre e, como insígnia, um objeto de ferro forjado. As quatro divindades estão intimamente interligadas.
Oxossi, em sua atividade venatória, penetra na mata e é Exu quem o ajuda e orienta; é Exu quem lhe abre os caminhos. Esses caminhos, porém, são dificultados pela galharia enredada, espinhos, cipós, imprevistos. Aí ocorre Ogun, de quem Oxossi seria filho ou irmão caçula. E Ogun, com sua espada, limpa os caminhos para a penetração do caçador divino. Uma vez dentro da mata, Oxossi está nos domínios de Ossãe, o que reina sobre os vegetais. E Ossãe ensina-o a conhecer as ervas que curam os homens e os animais, bem como as plantas sagradas, que entram na liturgia dos orixás.
Está estreitamente ligado a OGUM, de quem recebeu suas armas de caçador. Conta a lenda que OSSÃE apaixonou-se pela beleza de OXOSSI e prendeu-o na floresta. OGUM consegue penetrar na floresta, com suas armas de ferreiro e libertá-lo. Ele está associado ao frio, à noite, à lua; suas plantas são refrescantes.
Nos mitos falam que Oxossi é filho de APAOKA (jaqueira). Que ele foi o caçador de elefantes, animal associado à realeza e aos antepassados. E há um mito que conta que OXOSSI encontrou IANSÃ na floresta, sob a forma de um grande elefante, que se transformou em mulher. Casa com ela, tem muitos filhos que são abandonados e criados por OXUM. Oxossi vivendo na floresta onde moram os espíritos, está relacionado com as árvores e os antepassados. As abelhas pertencem-lhe e representam os espíritos dos antepassados femininos. Relaciona-se com os animais, cujos gritos imita a perfeição; é um caçador valente e ágil, generoso, propicia a caça e a pesca, e protege contra o ataque das feras. Seu ILÁ (canto), conforme sua qualidade, parece o cantar de um pássaro ou o berro de um animal. É um solitário solteirão, depois que foi abandonado por IANSÃ e também porque na qualidade de caçador, tem que se afastar das mulheres, pois elas são nefastas à caça.
ORIGENS, EMBLEMAS, SINCRETISMO
Das duas velhas negras africanas que fundaram na Bahia o candomblé do Engenho velho, pai de todos os outros, uma era filha de Oxossi. (A outra, de Xangô). As filhas-de-santo desse candomblé trazem ao ombro um longo chicote de crina, atributo de Oxossi, como vimos acima. E os cânticos desse orixá, observa Edison Carneiro, “revelam fortes revivências totêmicas e, por vezes, vestígios de culturas desaparecidas já, como o culto das árvores”. Também é a casa de Oxossi o ilustre candomblé do Gantois, que tem em Menininha (Escolástica Maria da Conceição Nazaré) a mais famosa iyalorixá da Bahia, que completou mais de meio século de “feita” e que já passou para o outro plano de existência.
Nas festas, manifestado, Oxossi apresenta-se com saiote armado e calças rendadas, na cabeça um chapéu ou gorro com enfeites de contas e outros. Descreve Edison Carneiro: “Veste-se principescamente, de manto aos ombros. Algumas vezes tem o citado chapéu de couro, de feltro ou de veludo”. Além de empunhar seus símbolos, já citados, pode trazer, ainda, espingarda, aljava, capanga e bichos de penas dependurados no cinto.
No século XIX o reino de Kêto foi destruído e saqueado pelas tropas daomeanas. Seus habitantes, entre os quais adeptos de Oxossi, foram escravizados e vendidos para o Brasil e Cuba. Eis por que o culto de Oxossi, muito propagado entre nós, hoje praticamente inexiste na África. Observa Pierre Verger que ainda existem, em Kêto, os locais onde Oxossi recebia oferendas e sacrifícios, mas não há quem saiba ou deseje cultuá-lo.
Nos candomblés jejes existe um Oxossi denominado Aguê, filho de Mawu e Lissa(Nota: para os fon (Daomé), Naná Buruku é mãe do casal de gêmeos Lissa (homem) e Mawu (mulher), o Adão e a Eva dos negros, dos quais descende toda a humanidade). Além do Erukêré, tem como insignia um pequeno bastão, encimado por um pássaro, pendentes dois pequenos cordões com um cacho de búzios na extremidade. Aguê vive sempre nas matas e é o porta-voz de OSSÃE, orixá que raramente se incorpora numa filha-de-santo.
Outra forma de Oxossi é Inlê ou Ibualama, casado com Oxum. Incorporado, Inlê dança segurando o amparo, um açoite formado por três tiras largas de couro, com que se autocastiga. Inlê e Oxum tiveram um filho, de nome Logunedê.
Oxossi identifica-se com São Jorge, tendo como efígie o santo a cavalo, combatendo com a lança o dragão a seus pés. Nos xangôs do Recife, identificado com São Miguel, é mais conhecido como Odé e confundido com o Sultão, um caçador emerso dos candomblés-de-caboclo.
OXOSSI NA UMBANDA
Como ocorre com os encantados dos candomblés-de-caboclo, na umbanda Oxossi multiplica-se numa infinidade de personificações do índio.
Oxossi é o dono de uma das “sete linhas” de santos umbandistas, desdobrada nas legiões de Urubatã, Araribóia, Caboclo 7 Encruzilhadas, Peles Vermelhas (Águia Branca), Tamoios (Grajaúna), Cabocla Jurema e Guaranis (Araúna).
Santo de grande popularidade, personificado na figura do Caboclo, isto é, do índio, Oxossi por vezes se apresenta ostentando um cocar e portando um arco e uma flecha. Sua cor é o verde. Sacrificam-se a Oxossi frangos ou galos carijós. Suas comidas de milho, amendoim, coco ralado e mel. Bebe vinho tinto.
As “obrigações” de Oxossi são feitas na mata, de preferência sob mangueira ou outra árvore frondosa. Acendem-se velas verdes e deixa-se, além das comidas do santo, vinho tinto com fitas verdes no gargalo da garrafa. Gosta de milho verde em espiga ou seco a granel, átgua de coco, eucalipto, girassol, latão, sândalo, calcite. É representado pelos seus falangeiros, caboclos bugres e de penas. Sua saudação é: Okê bamboclima!
No Rio de Janeiro, Oxossi é São Sebastião, o padroeiro da cidade, com festa celebrada dia 20 de janeiro. Nesse dia, além de baterem nos terreiros, são levadas oferendas e realizadas cerimônias nas matas. Nas pequenas florestas cariocas, como na Gávea e no Alto da Boa Vista, existem clareiras entre as árvores, feitas especialmente para as “macumbas”. Para o dia 20 de janeiro são cuidadosamente varridas e, em alguns casos, enfeitadas com folhagens, bambus e bandeirinhas coloridas de papel de seda. Logo virão os filhos e as filhas-de-santo, com seus trajes brancos rituais. Ressoarão os atabaques e serão entoados os pontos, isto é, os cânticos de evocação e louvor. A cerimônia será realizada com o mesmo ritual de sempre. Do terreiro urbano desloca-se a festa de Oxossi para o seu reino, no recesso da mata.
Senhor Oxossi é o mediador Divino que reflete o Princípio da Lei de Causa e do Efeito. Tem a regência do Planeta Vênus. É o Senhor Primaz da Vibração Original Telúrica (elemento Terra), nesta qualidade influenciando o Signo de Touro.
A Mulher e o Homem de Oxóssi
Geralmente, a filha desse santo chama a atenção dos homens pelo corpo bonito, com seios, pernas, coxas e quadris fartos. Mas por trás dessa aparência feminina esconde-se uma verdadeira guerreira, disposta a tudo para agarrar o homem de sua vida. É aquela que sustenta qualquer problema de seu companheiro,que está sempre a seu lado e não o deixa cair.
Apesar de ter atitudes firmes, que indicam grande auto-suficiência, ela vive à procura de sua outra metade e entrega-se totalmente quando ama. Por isso, exige do homem a mesma coisa e sofre demais por ciúme. Para ela, o companheiro ideal deve ser forte, inteligente e dominador nos assuntos sexuais. Em troca, ela “esquentará” o mais frio dos mortais.
AFINIDADES
A MULHER DE Oxóssi COMBINA COM HOMENS DE IEMANJÁ, OXALÁ, OGUM, OXUMARÉ, EXU, OXANGUIÃ E OXÓSSI.
O FILHO DE OXÓSSI
tem muito medo de ser rejeitado pela pessoa na qual está interessado e então espreita bem o seu alvo antes de atirar sua flecha. Não é difícil identificá-lo. Tem aparência tímida e, num grupo, é sempre aquele que ouve muito antes de expressar suas opiniões. Age assim também nos assuntos do coração. Cuidadoso, vai demorar a se declarar, mas, quando o fizer, a mulher se surpreenderá porque encontrará nele um homem expansivo, disposto a cercá-la com tudo o que estiver ao alcance de suas posse.
A mulher por quem o filho de Óxóssi se apaixonar nunca passará vergonha, fome ou necessidade. Por ser cuidadoso na escolha da parceira, ele é também hiperciumento. Traí-lo significa perdê-lo. O melhor é cercá-lo de atenções o tempo todo.
AFINIDADES
O HOMEM de OXÓSSI SE DÁ BEM COM MULHERES DE OXALÁ, OIÁ, NANÃ, EWÁ, OXUM, IEMANJÁ E OXUMARÉ.
Fonte: http://povodearuanda.wordpress.com/2006/12/06/oxossi/
Resumo
Reprodução em metal de São Jorge Vencedor do Dragão (pintor anônima), residência do casal Henrique e Andréia na localidade de Capão das Linhas, Viamão (RS). Foto: 22/03/2009
Ouça aqui Jorge da Capadócia, com Jorge Benjor e Golden Boys
No açougue de meu pai havia um quadro com esta reprodução. A moldura do quadro de São Jorge era ovalada, um vidro protegia a imagem do santo, havia furos na reprodução que deixavam passar, durante a noite, a luminosidade de uma lâmpada vermelha colocada atrás da gravura. Ao lado dessa moldura havia também uma guampa de boi com as “espadas-de-São Jorge”. Esse quadro marcou muito minha juventude, pois essa imagem do santo era uma presença constante no espaço de trabalho de meu pai.
Santo guerreiro natural da Capadócia (~ 278 - 303), Ásia Menor, região que atualmente pertence à Turquia, Padroeiro da Inglaterra, Portugal, Lituânia e Geórgia. Filho de uma família nobre e tradicional da cidade, cristãos, que muito zelaram pela sua instrução e educação, fora ele criado, desde menino, na sagrada religião cristã. Assim aprendeu desde a sua infância a temer a Deus e a crer em Jesus como seu salvador pessoal. Seu pai era oficial do Exército imperial e morreu numa batalha. Por ser ele bom cavaleiro, foi da Capadócia para a Palestina, com sua mãe, que era natural daquela região, onde tinha terras. Foi instruído por um capitão e, em pouco tempo, sua personalidade, sua coragem e seu porte atlético foram notados pelo imperador Diocleciano, que o nomeou conde. Ignorando ser aquele bravo um cristão, o imperador romano lhe conferiu o título de conde e elevou-o ainda a Tribuna e ao Conselho Militar. (...) Nunca abdicou de sua fé cristã. No dia 23 de abril (303) os efebos do rei o levaram preso para fora da cidade. Chegando ao lugar determinado, em meio a orações, entregou sua alma nas mãos dos anjos, estendeu seu pescoço e foi degolado. Ao fazer isto, promoveu sua confissão de fé. Seus restos mortais foram transportados para Lidia, antiga Dióspolis, onde foi sepultado. A devoção ao santo, a partir de então, rapidamente, tornou-se popular. Seu culto se espalhou pelo Oriente e, por ocasião das Cruzadas, teve grande penetração no Ocidente. Verdadeiro guerreiro da fé, por isso sua imagem mais conhecida é dele montado num cavalo branco, vencendo um grande dragão. (..)
1) A disseminação do culto a São Jorge
(Com a colaboração do meu estimado amigo virtual RENATO M. KLOSS) rkloss@curitiba.org.br
Onde o Santo foi sepultado o imperador Constantino (270-337), mandou erguer, somente pra ele, um suntuoso oratório. Assim, o culto a Jorge fora disseminado pelo Oriente. Já no século V haviam igrejas em Constantinopla dedicadas à São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro. E 40 conventos. Na Armênia, em Bizâncio; no Estreito de Bósforo, na Grécia; São Jorge era inscrito entre os maiores Santos da Igreja Católica. No Ocidente, na Idade Média, as Cruzadas colocaram São Jorge à frente de suas milícias, como Patrono da Cavalaria. Na Itália, ele era padroeiro de Gênova. Na Alemanha, Frederico III (1770-1840) criou uma ordem militar com o seu nome. Na França, São Gregório de Tours (538-594) era conhecido pela devoção a São Jorge. Nas Gálias, o rei franco Clóvis (466-511) dedicou-lhe um mosteiro; sua esposa, Santa Clotide, erigiu várias basílicas e cenóbios em sua honra. A Inglaterra foi o país Ocidental onde a devoção ao Santo teve papel mais saliente. O monarca Eduardo III incluiu a proteção de São Jorge a Ordem da Cavalaria da jarreteira, fundada por ele (1330). Os Ingleses escolheram São Jorge como padroeiro do país, imitando os gregos que, também, trazem a cruz de São Jorge na sua bandeira. E ainda durante a Grande Guerra (1914-1918) muitas das medalhas foram cunhadas e oferecidas aos enfermeiros militares e as irmãs de caridade que se sacrificaram ao tomar conta dos feridos da guerra. As artes também divulgaram amplamente a imagem do santo. Em Paris, no Museu do Louvre, há um quadro famoso de Rafael (1483-1520), intitulado São Jorge vencedor do Dragão. Na Itália, existem diversos linotipos célebres; um deles está em Veneza, de autoria do pintor Carpaccio (1450-1525). O outro, não menos notável, foi pintado por Donatello (1386-1466). Hoje, o mundo inteiro pede sua intercessão e elogia os admiráveis rasgos de sua poderosa proteção. A data nacional da Inglaterra é o dia de São Jorge (23 de abril), o santo padroeiro da Inglaterra, e a cruz vermelha de São Jorge continua a ser hasteada em todas as igrejas da Inglaterra em comemoração ao dia do santo padroeiro. Conforme uma lenda que surgiu no século VI, São Jorge salvou uma donzela indefesa matando um terrível dragão que cuspia fogo! O nome do santo tornou-se grito de guerra dos cavaleiros ingleses que lutaram sob a bandeira da cruz vermelha de São Jorge durante a Guerra dos Cem Anos (1338-1453). Esse brado foi imortalizado na peça Henrique V de Shakespeare (1564-1616) no seguinte trecho:
I see you stand like greyhounds in the slips, / Straining upon the start. The game’s afoot: / Follow your spirit; and, upon this charge / Cry God for Harry! England and Saint George!
Traduzindo informalmente significaria:
Observo-os como galgos atrelados, retesados, / esperando a largada. O jogo está em marcha: / Siga o seu íntimo: e, na investida, / Brada “Deus para Harry! Inglaterra e São Jorge!”.
2) Oração a São Jorge
Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Ogum como personagem histórico, teria sido o filho mais velho de Odùduà, o fundador de Ifé.
Era um temível guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições, ele trazia sempre um rico espólio e numerosos escravos. Guerreou contra a cidade de Ará e a destruiu. Saqueou e devastou muitos outros Estados e apossou-se da cidade de Irê, matou o rei, aí instalou seu próprio filho no trono e regressou glorioso, usando ele mesmo o título de Oníìré, "Rei de Irê".
Por razões que ignoramos, Ogum nunca teve o direito a usar uma coroa (adé), feita com pequenas contas de vidro e ornada por franjas de missangas, dissimulando o rosto, emblema de realeza para os iorubás. Foi autorizado a usar apenas um simples diadema, chamado àkòró, e isso lhe valeu ser saudado, até hoje, sob os nome de Ògún Oníìré e Ògún Aláàkòró inclusive no Novo Mundo, tanto no Brasil como em Cuba, pelos descendentes dos iorubás trazidos para esses lugares.(...)
Na Bahia, Ogun é sincretizado com Santo Antônio, capitão do exército brasileiro, com direito a soldo. Sua espada e seu uniforme de gala como capitão, doados por uma beata, foram conservados pelos franciscanos da Bahia, segundo Verger, que fotografou, na igreja, o sabre e o fardamento do santo. (...)
Santo Antônio, que sentou praça no Forte da Barra em fins do século XVI, como simples soldado, foi promovido a capitão em 1705 e a major durante a última guerra mundial. Debret atribuiu ao santo casamenteiro o posto mais elevado da hierarquia militar, como "marechal dos exércitos do rei e comandante das Ordens de Cristo, na Bahia."
OGUN NA UMBANDA
No Rio de Janeiro a festa de Ogun é a 23 de abril, dia de São Jorge, com quem está identificado.(...)
No Rio de Janeiro a festa de Ogun é a 23 de abril, dia de São Jorge, com quem está identificado.(...)
Hoje, dia 20 de janeiro [2009], é comemorado o Dia de Oxóssi. Oxóssi, do iorubá Òsóòsì, é um orixá da caça e da fartura, identificado no jogo do merindilogun pelo odu obará.
Oxóssi, na Umbanda é patrono da linha dos caboclos, uma das mais ativas da religião. No Candomblé brasileiro é um antepassado africano divinizado, filho de Yemanjá, protetor das matas. Diz o mito que Oxóssi era irmão de Omulu-Obaluayê e rei da cidade de Oyó, cidade da África sudanesa, de onde provém os povos nagô ( keto, ijexá e oyó) e mina-jeje.
É o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.
Oxóssi é a busca, é a procura, é a curiosidade, é o movimento contínuo na evolução dos seres na apresentação de novos conhecimentos, de novos horizontes, etc.
Simbolicamente representamos Oxóssi com sete setas, que são as sete buscas contínuas do ser.Oxóssi expande, irradia e impele os seres.
Oferenda ao Pai Oxóssi:
Na África
Pierre Verger, em seu livro Orixás, diz que o culto de Oxóssi foi praticamente extinto na região de Ketu, na Iorubalândia, uma vez que a maioria de seus sacerdotes foram escravizados, tendo sido enviados à força para o Novo Mundo ou mortos.
Aqueles que permaneceram em Ketu deixaram de cultuá-lo por não se lembrarem mais como realizar os ritos apropriados ou por passarem a cultuar outras divindades.
Brasil
Durante a diáspora negra, muitos escravos que cultuavam Oxóssi não sobreviveram aos rigores do tráfico negreiro e do cativeiro, mas, ainda assim, o culto foi preservado no Brasil e em Cuba pelos sacerdotes sobreviventes e Oxóssi se transformou, no Brasil, num dos orixás mais populares, tanto no candomblé, onde se tornou o rei da nação Ketu, quanto na umbanda, onde é patrono da linha dos caboclos, uma das mais ativas da religião.
Seu habitat é a floresta, sendo simbolizado pela cor verde, na umbanda e recebendo a cor azul clara no candomblé, mas podendo usar, também, a cor prateada nesse último. Sendo assim, roupas, guias e contas costumam ser confeccionadas nessas cores, incluindo, entre as guias e contas, no caso de Oxóssi e, também, seus caboclos, elementos que recordem a floresta, tais como penas e sementes.
Seus instrumentos de culto são o ofá (arco e flecha), lanças, facas e demais objetos de caça. É um caçador tão habilidoso que costuma ser homenageado com o epíteto “o caçador de uma flecha só″, pois atinge o seu alvo no primeiro e único disparo tamanha a precisão. Conta a lenda que um pássaro maligno ameaçava a aldeia e Oxóssi era caçador, como outros. Ele só tinha uma flecha para matar o pássaro e não podia errar. Todos os outros já haviam errado o alvo. Ele não errou, e salvou a aldeia. Daí o epíteto “o caçador de uma flecha só″.
Come tudo quanto é caça e o dia a ele consagrado é quinta-feira.
No Brasil, Ibualama, Inlè ou Erinlè é uma qualidade de Oxóssi, marido de Oxum Ipondá e pai de Logunedé. Como os demais Oxóssis é caçador, rei de Ketu e usa ofá (arco e flecha), mas se veste de couro, com chapéu e chicote.
Um Oxóssi azul, Otin, usa capanga e lança. Vive no mato a caçar. Come toda espécie de caça, mas gosta muito de búfalo. (...)
No Rio de Janeiro, é sincretizado com São Sebastião (20/1), patrono da capital carioca e, na Bahia, com São Jorge (23/4).
Fonte: Texto de Nino Denani, 20/01/2009
http://www.artefolk.com.br/index.php/2009/adendo-dia-de-oxossi/
VERGER, Pierre - Orixás. Editora Turista, Salvador.
SARACENI, Rubens - O Código de Umbanda
Santa Bárbara sofreu o martírio provavelmente no Egito ou na Antioquia, por volta dos anos 235 ou 313. Sua vida foi escrita em diversos idiomas: grego, siríaco, armênio e latim. Conforme a lenda, Santa Bárbara era uma jovem belíssima. Dióscoro, seu pai, era um pagão ciumento. A todo custo desejava resguardar a filha dos pretendentes que a queriam em casamento.
Por isso encerrou-a numa torre. Na torre havia duas janelas, mas Santa Bárbara mandou contruir uma terceira, em honra à Santíssima Trindade. Um dia, entretanto, Dióscoro viajou. Santa Bárbara se fez então batizar, atraindo a ira do próprio pai. Fugindo de seu perseguidor, os rochedos abriam-se para que ela passasse.
Descoberta e denunciada por um pastor, foi capturada pelo pai e levada perante o tribunal. Santa Bárbara foi condenada a ser exibida nua por todo o país. Deus, porém, se compadeceu de sua sorte, vestindo-a miraculosamente com um suntuoso manto. Padeceu toda sorte de suplícios: foi queimada com grandes tochas e teve os seios cortados. Foi executada pelo próprio pai, que lhe cortou a cabeça com uma espada. Logo após sua morte, um raio fulmonou seu assassino.
É por isso que Santa Bárbara é invocada, nas tempestades, contra o raio. O seu culto espalhou-se rapidamente pelo Oriente e pelo Ocidente, inclusive no Brasil.
•Sincretismo da Santa Bárbara: Yansan ou Oyá
•Devoção da Santa Bárbara: Protetora contra raios e tempestades. Santa Bárbara é também venerada pelos militares.
•Data Comemorativa: 4 de Dezembro.
Fonte: http://minhaprece.com/santa-barbara/histria-da-santa-brbara/
HISTÓRIA DE SANTA BÁRBARA
Era o século 3... Diocleciano, governador da Nicomédia (Ásia Menor), procurava controlar a crise de seu Império. Nessa época, crescia muito o número de cristãos, inclusive entre famílias nobres.
Isto aconteceu também na família de Bárbara, uma jovem bela e de condição nobre. Seu pai, Dioscuro, era um alto funcionário do Imperador, e para ele apenas a vontade do Imperador era o que deveria seguir. Bárbara, porém, acreditava no amor e num mundo mais humano e mais justo.
Com o crescimento do cristianismo, as perseguições ficavam cada vez mais violentas. Muitos convertiam-se e eram batizados pelo bispo Zenão e se reuniam em lugares secretos para seus encontros de fé.
Bárbara foi catequizada por pessoas amigas. Com muito amor acolheu em seu coração a doutrina de Jesus.
A fé de Bárbara ia crescendo e mesmo sem sair de casa ela interessava-se pelos acontecimentos que lhe chegavam através de suas amigas cristãs. Enquanto isso, mais cristãos eram sacrificados.
Uma jovem bela e inteligente como Bárbara, não podia deixar de ter seus pretendentes. Dioscuro, seu pai, era muito ciumento e temendo que a beleza de Bárbara atraísse pretendentes que não lhe interessavam, mandou construir uma torre, onde deixaria Bárbara trancada quando ele estivesse viajando.
Conta a tradição que a torre projetada por seu pai tinha duas janelas, mas Bárbara pediu ao construtor que aumentasse para três, com o intuito de honrar a Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Bárbara encontrava-se freqüentemente com suas amigas, e juntas rezavam pelos cristãos que a cada dia eram presos, maltratados e sacrificados.
Dioscuro soube que sua filha havia se tornado cristã, e pela primeira vez agrediu Bárbara. Mas ela tentou explicar-se, dizendo que os cristãos acreditam que todos somos irmãos e portanto não poderiam aceitar um Império baseado na violência e na injustiça. Ele porém, se enraiveceu com as palavras de Bárbara e ordenou que a fechassem na torre. Ela devia ficar lá sem se comunicar com ninguém.
Nessa época, sua amiga cristã Mônica também tinha sido presa e o bispo Zenão dera seu testemunho de fé, sendo martirizado.
Conta a tradição que certo dia foram dizer a Dioscuro que sua filha havia favorecido a fuga da prisão de sua amiga Mônica. Ele ficou furioso... resolveu ir até a torre e forçar Bárbara a prestar homenagem ao "deus" Júpiter. Bárbara, porém, recusou. Cheio de ódio, Dioscuro decidiu matá-la com suas próprias mãos. Nesse momento, uma força misteriosa arrancou Bárbara das mãos de seu pai. A parede onde não havia nenhuma porta abriu-se e ela saiu ilesa.
Dioscuro vendo-se vencido, ordenou aos soldados que procurassem sua filha por todos os caminhos da cidade. Enquanto isso, Bárbara visitou os doentes, as comunidades cristãs e ajudava os filhos dos escravos.
Finalmente os soldados encontraram Bárbara numa gruta, onde fora levar alimento para alguns doentes.
A jovem não reagiu à ordem de prisão, sua consciência estava tranqüila. Foi levada à presença do pai, que conseguiu a permissão do prefeito da cidade para denunciar sua filha diante da justiça. Bárbara então foi levada aos juízes, acusada por seu pai de ser cristã.
Diante da firmeza de Bárbara, os juízes esqueceram sua origem nobre e condenaram-na. Ao saber disso, sua mãe Irnéria procurou apelar em seu favor junto do marido, mas Dioscuro não quis voltar atrás.
Na prisão Bárbara foi chicoteada. Seu corpo delicado cobriu-se de marcas roxas e mesmo ferida no corpo e no coração, procurava aumentar sua força interior através da oração.
Conta a tradição que num momento de grande oração, uma luz desceu do alto iluminando as trevas da prisão. E uma voz lhe disse: "Bárbara, você está sofrendo por mim. Vou confundir seus perseguidores, curando suas feridas". A visão desapareceu e a jovem sentiu-se cheia de alegria ao perceber que as feridas de seu corpo haviam desaparecido completamente.
Os juízes não se conformaram com aquela cura inesperada. Então, tentaram torturá-la pelo fogo. Mas Deus interveio novamente apagando o fogo.
Dioscuro, porém, não se deu por vencido. Ordenou aos soldados que levassem Bárbara pelas ruas da cidade, e a conduzissem debaixo de chicotadas. O corpo da jovem novamente ficou marcado pela dor. Contudo, Bárbara contemplou mais uma vez, a presença divina que lhe curou as chagas.
Dioscuro, promotor do processo, pediu então à justiça a condenação de sua filha: "Seja morta à espada, como convém aos membros da nobreza". E ao mesmo tempo pediu permissão para que ele mesmo executasse a sentença.
Bárbara e sua amiga Juliana caminharam juntas para o local do martírio. Muitos cristãos as seguiram. A espada de Dioscuro levantou-se no ar e atingiu o pescoço de Bárbara, que serenamente entregava a Deus sua vida.
Irnéria chorou muito. Daquele dia em diante, Dioscuro perdeu não só a filha mas também a companhia da esposa. Ele estava só... E por isso passou a perseguir ainda mais os cristãos.
Foi assim que inconscientemente, seus passos o levaram até o monte onde as duas jovens tinham sido sacrificadas. A terra que tinha sido molhada pelo sangue inocente, estava coberta de flores. Nesse momento, Dioscuro ouviu um ruído de trovão. O céu escureceu-se à sua volta, ele sentiu uma grande angústia e começou a caminhar pelo local, mas um raio fulminante atingiu-o no peito.
Fonte: Tommasi, Tarcila. Santa Bárbara
Paulinas, 2003
Fonte: http://paroquiasantabarbara.org.br/v2/historico/santa.htm
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