domingo, 7 de fevereiro de 2010

A fé e a prece


A fé e a prece

 

     Há duas forças poderosas com as quais facilmente movimentamos as reservas fluídicas que o Senhor pôs à nossa disposição.Essas duas forças, tanto mais potentes quanto mais manejadas, são a fé e a prece.

     A fé deve ser uma fé racional, isto é, devemos saber por que é que temos fé. A fé racional se adquire pelo estudo das leis divinas, consubstanciadas no Evangelho e nos ensinamentos do espiritismo. Ter fé é ter confiança em Deus; é saber que velando por nós, amparando-nos e protegendo-nos está a Providência Divina. Ter fé é entregar o nosso destino ao Pai que esta nos céus, certos de que tudo que ele nos der, dores e alegrias, pobreza e riqueza, saúde e doença, tudo é para nosso bem; porque tudo servirá para o aperfeiçoamento da nossa alma. Ter fé em Deus é ser resignado na adversidade e humilde na prosperidade; ter fé é ter a certeza absoluta de que nada de mal sucederá, se Deus não permitir; e se ele permitir que nos sobrevenha algum mal é porque o merece mos; se não o merecêssemos o mal não nos atingiria. A fé é uma força de atração: atrai sobre nós o socorro divino e ajuda-nos a socorrer aqueles que solicitarem o nosso auxilio.

     A prece é um ato de fé. Pela prece adoramos a Deus; agradecemos-lhe o favor que ele nos  faz continuamente, e pedimos-lhe o de que necessitamos.  A prece nos liga a Deus. Quando oramos, nosso pensamento, como um raio luminoso, projeta-se pelo infinito e vai tocar as regiões de luz onde nos chegam as bênçãos do Senhor. A prece desenvolve, aumenta e fortifica a nossa fé. A fé depende da prece e a prece depende da fé; é impossível separar uma da outra. A verdadeira prece se caracteriza pelos seguintes pontos: deve  ser feita com carinho e amor; deve ser um impulso espontâneo de nosso coração. Orar apenas com os lábios nada significa; devemos sentir a n ossa prece; é preciso que vivamos de acordo com ela; orar de um modo e viver de outro é próprio dos hipócritas. Se pedimos ao Senhor, que perdoe os nossos erros, devemos  nós também perdoar os  erros dos outros. Se pedimos ao Senhor que nos livre do mal, é nosso dever não praticar o mal. Se oramos ao Senhor, que não nos deixe cair em tentação, precisamos resistir a todas as tentações quando elas se apresentarem em nossa vida. Se rogamos ao Senhor que nos dê o pão nosso de cada dia; providenciemos que não falte o pão  a nossos  irmãos menos favorecidos, uma vez que isso esteja ao nosso alcance; porque a lei é esta: - Aquilo que quiserdes para vós, isso mesmo fazei-o aos outros. Façamos nossa prece diária; depois vivamos o resto do dia de modo tal que nossos atos, palavras e pensamentos sejam u ma glorificação ao Senhor. Para que a prece não se torne monótona e quase que automática pelo hábito, procuremos um motivo para orar; é preciso que a prece tenha um objetivo. É facílimo encontrar motivos para nossas orações diárias; basta repararmos ao nosso derredor e em nós mesmos; por exemplo: sabemos que há discórdia em uma família? oremos para que a concórdia volte a reinar em seu seio; há doenças em um lar? oremos para que lhe volte a saúde; há alguém em dificuldades? oremos para que as possa vencer; descobrimos em nós um defeito? peçamos ao Senhor que nos ajude a corrigi-lo; temos vícios? roguemos ao Senhor que nos conceda as forças e a boa vontade para ficarmos livres deles. Assim, todos os dias podemos arranjar nobres motivos para dirigirmos ao Senhor  nossas preces.

     E quando tivermos desenvolvido dentro de  nós a fé viva e racional e aprendido a orar com o coração, seremos felizes e nos transportaremos aos planos superiores da espiritualidade. 

              A mediunidade sem lágrimas - Eliseu Rigonatti

 

 

Enviado por Lia/BA

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