segunda-feira, 12 de abril de 2010

ABORDAGEM ESPIRITUAL DO AUTISMO




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> Desinteressado de qualquer espécie de comunicação com seus semelhantes, murado dentro de si mesmo, o autista vive em um mundo de isolamento e alienação. Os cientistas que buscam implodir essa barreira trabalham baseados em hipóteses diversas e conflitantes, utilizando uma gama imensa de abordagens e terapias.
> Ignoram apenas um aspecto, "o de que o ser humano, como espírito imortal, preexiste à atual existência, a qual é conseqüência de atos e pensamentos de muitas encarnações anteriores, nos mistérios dos séculos. Nada mais plausível do que recorrer a conceitos espirituais para a compreensão e a terapia do autismo ou de qualquer outro problema de comportamento", como ensina Herminio C. Miranda.
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> O que dizer depois disso, quando ele vê o autista sob a ótica da psicologia espírita e o conflito de uma alma fugindo de si mesma? Afinal, como começam a dizer alguns estudiosos mais arrojados, há vida antes da vida, vida depois da vida e vida entre as vidas.
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> E alertamos para "que tratem com o devido respeito as minorias. Sem racismo, sem machismo, sexismo ou preconceitos de qualquer natureza. Mesmo porque o preconceito é coisa burra, que se torna ainda mais evidentemente tola quando posta no contexto da realidade espiritual. Somos espíritos imortais, sobreviventes e reencarnantes. Sexo, raça, cor, nacionalidade, posição social não passam de posições transitórias, por mais que durem nossas vidas na carne".
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> CONFLITOS ENTRE MUNDOS DIFERENTES
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> Descobre-se em pesquisas de diversos autores de notável saber sobre o tema que uma autista vivia numa zona fronteiriça, terra de ninguém entre um território que ela consideraria mais tarde, com melhor nível de lucidez, "meu mundo" e o outro lado, onde ficava "o mundo", pois eles não se mostram nada interessados em vir ao nosso encontro, já que há na mente do autista nítida distinção - ainda que inconsciente - entre o "meu" mundo e o "dos outros". Quanto menos contatos com a vida no mundo, melhor. A pessoa que está naquele corpo físico recusa-se a executar qualquer programação que a leve a ser aprisionada pelas rotinas da vida material.
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> Não se considera na atualidade (há uma polêmica constante) que o autismo é uma desordem biológica. A ciência continua a discutir sua origem. Os especialistas tratam de cada caso dentro de seu ponto de vista cético/científico para expressar suas teorias, pois desde Leo Kanner, o descritor da síndrome em 1943, quase nada mudou para definir o conceito da síndrome.
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> Cada autor expõe seu ponto de vista de análise de uma forma que, discutida ou comparada, nada altera no status quo da doença. Alguns mais corajosos, digamos assim, afirmam que o autismo é de natureza biológica, enumerando outras doenças que danificam o sistema neurológico. Em seguida, sou obrigado a me decepcionar quando a ciência não considera o autismo como psicose, mas sim como distúrbio global do desenvolvimento.
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> A meu ver, um contraria o outro. Todos são suscetíveis no cuidado de não querer ferir algum colega que se adiantou ou tem receio que, na frente, a crítica ou a ética médica sejam muito duras com suas opiniões.
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> DIFERENTES GRAUS DE AUTISMO
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> Ficamos com o pensamento de que a impressão é que não há propriamente autismo, mas autistas em diferentes estágios, graus e níveis de distúrbios mentais e emocionais. O máximo que se poderia fazer em termos de consenso seria dizer que, dentre os sintomas básicos atribuídos à síndrome, cada autista apresenta diferentes ênfases sobre esta ou aquela característica.
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> Em outras palavras, a pessoa é autista não porque tem o cérebro danificado, mas tem o cérebro danificado porque não quis ou não conseguiu transmitir a ele, no período crítico da formação, os comandos mentais necessários ao seu correto desenvolvimento.
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> Pois bem, após esta exposição na qual enveredamos por diversos caminhos, onde quero chegar? Ora, tudo isto faz parte do lado bio-psico-sócio-espiritual, linha mestra enfocada, mas não admitida pela ciência como um todo. Senão, vejamos.
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> Dispendemos todos os esforços para superar dificuldades que se encontram em nosso caminho. O que não fazemos é porque deixamos de refletir que reveses ou contratempos passageiros foram criados por nós mesmos, com nosso livre arbítrio, pelo mau uso da energia divina durante inúmeras encarnações aqui na Terra.
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> Devemos acreditar que aquela massa compacta de energia mal qualificada e gerada na nossa consciência por todo um esforço concentrado em prol dos nossos autistas é agora de uma espessura bem mais fina do que foi há algum tempo.
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> Nosso esforço em afastar coisas rudimentares de nossa consciência humana apenas produz bons frutos em nossa árvore da vida. Perseveramos em nossos propósitos. Dirigimos a atenção aos nossos amigos siderais e, muito mais depressa do que imaginamos, obtemos vitoriosas conclusões.
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> O indivíduo, quando encarna, traz em suas mãos uma agulha e, através do orifício desta agulha, passa o fio da vida. Cada ser humano deve concluir o seu modelo e ninguém pode tirar a agulha das mãos do próximo, nem dar um ponto sequer no modelo da vida de seu semelhante. Assim como o orifício é condicionado à eficácia da agulha, assim também o espírito é o doador da vida do homem. A personalidade humana, ou o ser externo, representa o exemplo da agulha usada para unir as partes do modelo, que deve se manifestar através das experiências individuais de cada pessoa.
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> Por misericórdia, a lei divina permite intervenções, selecionando os fios dos pontos errados da costura, afastando-os do modelo enquanto se processa a purificação do espírito. A lei divina também permite à vida, por meio de contemplação, meditação ou outra forma de esforço, oferecer ao indivíduo que se encontra no caminho espiritual o auxílio de seres perfeitos, quando estes revelam de que maneira os pontos devem ser costurados. Também pode ser apresentado ao costureiro, ou seja, o espírito protetor, um molde ou desenho do modelo previsto. No entanto, a verdadeira costura deve ser executada pelo esforço do próprio indivíduo, do princípio até o fim.
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> E quando falamos de um autista? A única diferença é que, neste caso, existe um interlocutor (médium) experiente e que já atravessou inúmeras etapas com ele, pois muitas vezes uma simples frase proporciona uma forma-pensamento que permite ao autista compreender que um esforço autoconsciente deve preceder o apelo.
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> Muitas vezes, os amigos siderais transformam modelos errados em perfeitos e, quando eles os vêem, desejam novamente trazer à tona o plano perfeito da vida, da beleza, compreensão e paz.
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> USANDO O AUTO-CONTROLE
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> Quando um autista aprende que é necessário um autocontrole e começa a transformar todo erro que o uso do fio da sua própria vida proporciona em seu coração, trazer o domínio sobre toda energia e vibração em seu próprio mundo e depois, com maiores possibilidades de aptidão, dar o prêmio da alegria aos seus protetores.
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> Para os sábios, a vida é uma bondosa professora que distribui as grandes dádivas diretamente do seu silencioso coração. Para as pessoas de compreensão limitada, a vida é uma professora severa, apenas com a intenção de ensinar cada expressão para seu autista.
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> Se o autista pudesse demonstrar reflexão, falando quando ouve ensinamentos freqüentes mais do que seu próprio silêncio, então seus corpos mental, sentimental, etérico e físico estariam suficientemente preparados para ouvir um hino, a linguagem dos pássaros e compreender o delicado silêncio da noite.
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> Quando o autista consegue isto é porque está sintonizado com a vida física de tal maneira que pode submergir seu próprio coração pulsante, onde vive seu santo ser crístico.
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> (Nilton Salvador - Artigo publicado na edição 13 da Revista Cristã de Espiritismo)
> http://www.verena719.blogspot.com/
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Enviado por Rosana Ananda/BA

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