sábado, 28 de janeiro de 2012

ANIMISMO,VAIDADE E LIVROS ANÍMICO-MEDIÚNICO POR JÁDER SAMPAIO(MG)






Fonte:www.espiritismocomentado.blogspot.com

ANIMISMO, VAIDADE E LIVROS ANÍMICO-MEDIÚNICOS.


Neste filme, o personagem encontra médiuns que dão comunicações com alto teor anímico, antes de obter uma comunicação convincente.  
Animismo: Do latim anima (alma).
A palavra animismo, com o sentido com que é usada hoje, é estranha a Kardec. O fen�¿??meno que ela representa não. No capítulo 19 de "O Livro dos Médiuns" discute-se o papel do Espírito do médium nas comunicações.
Kardec fala da possibilidade de uma pessoa encarnada comunicar-se pela via mediúnica. Ele entende que se o encarnado estiver em estado alterado de consciência (Allan Kardec usa o termo crise sonambúlica ou extática). Lembre-se o leitor que ele já havia tido contato com sonâmbulos antes de conhecer o fen�¿??meno mediúnico. Contudo, isso não é animismo, mas "comunicações mediúnicas entre vivos" (termo de Ernesto Bozzano).
Continuando o capítulo, ele fala que o Espírito do médium pode recordar-se de conhecimentos adquiridos em existências anteriores, que ele não possui na presente vida.
Uma das mais importantes colocações de Kardec, nem sempre lembrada pelas pessoas hoje, é que na comunicação mediúnica, o Espírito do médium serve como intérprete do comunicante, ou seja, exerce uma influência sobre o conteúdo da mensagem, podendo alterar as respostas, segundo "suas próprias ideias e seus pendores". Isto é a mesma coisa que dizer que em toda comunicação mediúnica há uma parcela anímica, devido ao mecanismo próprio das comunicações mediúnicas. (Parágrafo 7º)
Se o animismo ou, em menor escala, a influência do médium sobre a comunicação, é como a de um intérprete, não há como esperar-se que as comunicações mediúnicas sejam infalíveis. Mesmo um bom médium interfere nas comunicações, o que exige dos que se dedicam a esta prática um cuidado especial para que não sejam iludidos pelo seu próprio inconsciente.
Com o passar dos anos, o movimento espírita brasileiro criticou a prática do trabalho isolado do médium, recomendando que ele se dedique às suas faculdades em grupo, que teria a liberdade de observar, recomendar e criticar antes que sua produção se torne pública. Infelizmente, nem todos seguem esta metodologia, e muitos os membros de grupos encantam-se com o lápis que corre solto pelas páginas, idealizam o intermediário e consideram-no uma pessoa superior, o que não é sensato.
Este lugar social os deixa muito expostos à vaidade. Mesmo sabendo-se limitados, eles passam a acreditar "nesta personagem" criada pelos admiradores, e recebem com surda resistência qualquer crítica que lhes seja dirigida, acreditando-se superior aos pares.
Uma vez pública a sua produção, fica mais e mais difícil rever conceitos, somente as grandes pessoas conseguem aceitar de coração seus equívocos. Dessa forma, não é necessário um espírito fascinador para que um médium escreva belos textos entremeados de tolices, basta a velha vaidade para confundi-lo e cristalizar opiniões insensatas.










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