segunda-feira, 20 de abril de 2015

VINGANCA TOLA

VINGANÇA TOLA

 

Quero falar de um sentimento vivido por muitos de vocês, mas admitido por bem poucos.

Costumam usar como dito popular a frase: "Vingança é um prato que se come frio", aludindo a necessidade de esperar pela "hora certa" para fazer a sua justiça. Eu lhes diria que é frio porque assemelha-se à frieza dos sentimentos que a alimentam: o ódio e o orgulho. E diria também que a covardia se encaixa bem nesse processo.

Em contrapartida está o amor, a humildade e a coragem, atitudes que tem a "quentura" boa das coisas mais simples e mais autênticas.

E esse "prato que se come frio" já causou todos os males possíveis durante o seu preparo. Pois, durante a espera, o único sentimento que envolve aquele que prepara esse prato é o ódio e a malquerença. E toda a energia criativa desse ser se volta para tão inútil projeto! Essa mesma energia criativa, que é dada a todos os seres com o objetivo de auxiliá-los, na grande tarefa do progresso individual... Utiliza-se tempo, trabalho, energia, sentimentos e fluidos que deveriam estar a serviço do bem, da melhoria, no inverso disso tudo. O que acham vocês que ganham ou acumulam quando se empenham num processo vingativo? Somente ganhos negativos; digo-lhes, com certeza. Sei também que todos já ouviram o que digo agora. Porém, não deixam de praticar suas pequenas vinganças, diariamente. Situações que, às vezes, nem refletem sobre elas, por julgarem-nas inofensivas. Mas digo-lhes que tudo que interfere ou ocupa o lugar do bem é um atraso e uma perda preciosa neste caminho de busca da melhoria.

Exemplifico-lhes: Sempre que um sentimento de satisfação lhes envolve quando vêem seu próximo sofrendo conseqüências por agir diferentemente da forma como vocês haviam "aconselhado", experimentam uma forma de vingança. Ficar "torcendo" pelo fracasso daquele que não o ouve, envenena a você, muito mais do que ao outro.

E enquanto ficam observando as conseqüências da vida alheia, comprazendo-se dos fracassos e tombos dos outros, deixam de observar sua própria vida; deixam de perceber o que cada fracasso seu tem a lhe ensinar. E enquanto isso acontece, deixam vocês de estarem tornando-se melhores e mais felizes.

Se desejam sentir-se cada vez melhores, mais tranqüilos, amados, felizes, dirijam seus olhares críticos para si mesmos. Observem suas vidas, não se preocupem e nem se empenhem em praticar o que erroneamente julgam ser justiça. Descubram-se! Sejam corajosos!

E se desejam ajuda e proteção daqueles a quem dirigem seus pedidos mais íntimos, saibam que, mantendo seu coração frio e intolerante, mantém também grande distância da ajuda que querem. E maior distância ainda, do bem-estar que procuram e da melhoria necessária. E atenção: Só atraímos aquilo que emitimos.

 

                                                                (Um irmão de luz)

 

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