quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A CONCEPÇÃO, A GESTAÇÃO E O PARTO.


Quão bom seria se todos os pais e profissionais de saúde, pretensos e atuais, conhecêssemos verdades espirituais! Quantas dores seriam poupadas, quanto sofrimento minimizado! O quanto seriam facilitadas e melhoradas as condições e concepção, gestação e partos vindouros! Como o aborto seria evitado, as uniões sexuais sadias e baseadas no amor e respeito mútuo, as gestações mais tranqüilas, os partos mais humanos e os primeiros cuidados com o bebê mais sadios...

Apesar de tratar-se de um tema amplo e complexo, visamos, com esse texto, levar ao despertar ou a uma possível reflexão que revelem a sua extrema importância para o pleno desenvolvimento espiritual, físico e psicológico da nova vida que reinicia mais uma existência no plano terrestre. Vale ressaltar que as ciências médicas e psicológicas paralelamente sempre ditaram as mesmas verdades, só que sob um ponto de vista que lhes são próprios, esquecendo a tão fundamental visão espiritual. Nada, portanto, será acrescido, somente reforçado e ampliado.

Diversas obras da literatura espírita procuram esclarecer sobre a forte ligação entre pais e filhos antes destes reencarnarem, devido às leis do carma ou da afinidade espiritual. Como também, nos tem revelado a importância das ligações afetivas e morais existentes entre os futuros pais além do desejo e da aceitação do novo filho, por parte de ambos, como determinantes na construção da futura personalidade e na teia de relações que aí serão geradas.

Manuel P. de Miranda, pela mediunidade de Divaldo Franco, no livro "Temas da Vida e da Morte", esclarece: "O processo da reencarnação, iniciando-se no momento da fecundação, alonga-se até a adolescência do ser, quando, pouco a pouco, atinge a plenitude. Mesmo terminando aos 7 anos, o processo reencarnatório vai se fixando, lentamente, até o momento da transformação da glândula pineal, na sua condição de zeladora do sexo.

Estabelecidos os programas cármicos referentes às necessidades de cada criatura, outros fatores contribuem, durante a gestação e o parto, para ulteriores fenômenos psicológicos do reencarnante.

Graças à simpatia ou animosidade que vinculam o reencarnante aos futuros genitores, estes reagem de forma positiva ou não, envolvendo o filho em ondas de ternura ou revolta que o mesmo assimila, transformado-se essas impressões em fobias ou desejos que exteriorizará na infância e poderá fixar, indelevelmente, na idade adulta.

Acompanhando o mergulho na organização física lucidamente, percebe-se desejado ou rejeitado, registrando os estados familiares, bem como os conflitos domésticos do meio onde irá viver.

Vezes ocorre em que o pavor se torna tão grande que o Espírito desiste da reencarnação ou, em desespero, interrompe inconscientemente o programa traçado, resultando em aborto espontâneo a gestação em andamento.

Os meses de ligação física com a mãe são, também, de vinculação psíquica, em que o recomeçante em sofrimento pede apoio e amparo ou se ditoso roga ternura para o fiel cumprimento do plano feliz que se encontra em execução".

Essas mesmas condições se estendem por toda a gestação, onde a ligação entre mãe e feto, favorecem ou não oportunidades de chances positivas para o crescimento espiritual de ambos. Durante o parto, o ambiente , os profissionais que o assistem, bem como o estado psicológico e emocional da mãe são, também, fundamentalmente determinantes. Torná-los, a gestação e o parto, mais merecedores de respeito e cuidados nunca será demais quando se trata de possibilitar aos seres envolvidos na nova jornada, maiores condições de acerto e êxito.

Os primeiros dias que se seguem ao nascimento exigem atenções não somente físicas, como uma adequada alimentação, repouso e higiene para com a mãe e o filho, mas cuidados emocionais e espirituais, dado o delicado, apesar de assistido pelo plano espiritual, estágio em que se encontram. Trata-se de um momento de encontro (ou reencontro) e adaptação, onde o sutil perispírito, ainda não adaptado por completo às condições materiais, é sensível às manifestações e expressões externas.

Esses cuidados devem ser extensivos principalmente até o final da primeira infância, período determinante para a formação, transformação ou correção de tendência que o novo ser passa a adquirir, traz de outras existências ou as possui por imposições genéticas. É, portanto, a ocasião para semear.

Quanto a importância dessa fase as teorias psicanalíticas e espirituais também convergem, o que não significa que a boa vontade de pais responsáveis e amorosos não surta efeitos ao longo do crescimento de seus filhos. Sempre há tempo de ajudar e instruir o espírito que a vida resolveu nos presentear, desde que esses cuidados não se estendam em demasia, por roubar-lhe o próprio sentido da vida.

Atendendo, porém a objetivos didáticos, enumeraremos a seguir, algumas sugestões de conduta a serem refletidas por todas as pessoas envolvidas na geração, recepção e cuidados para com o novo ser.

- Busque, na medida do possível, gerar filhos com plena consciência e aceitação, sob condições materiais e psicológicas favoráveis, onde o amor deve ser o impulso essencial e a confiança na vida e em Deus seu princípio básico- Nunca, sob quaisquer condições ou hipóteses, opte pelo aborto ou o induza a alguém. As conseqüências desse ato são espiritual, física e psicologicamente inimagináveis para todos os envolvidos.

- A maternidade é uma dádiva divina e como tal deve ser tratada. Se bem conduzida, trará enormes benefícios para todos.

Esse tópico direciona-se para as futuras mães: ao descobrir a nova gravidez, procure, desde já, criar um clima de alegria e aceitação para com a nova condição. Direcione toda a sua boa vontade e capacidade de amar ao novo ser, criando um vínculo, semelhante à cumplicidade que favoreça e conspire em favor de sua felicidade. Busque um maior contato psicológico, espiritual e afetivo com seu filho, conversando com ele, orando em seu favor, realizando ações e permitindo-se a situações, pensamentos e sentimentos positivos e sadios. Faça mentalizaçoes e visualizações que permitam imaginá-lo com saúde, mesmo que os desígnios cármicos caminhem em sentido contrário. Sinta-o forte e bom. Não interfira quanto à escolha do sexo ou condições físicas. Aceite-o como é e aceite-o desde já. Procure perceber ou manipular os estímulos externos de forma a garantir o seu conforto, saúde e tranqüilidade. Cuide da saúde do seu corpo e prepare-se para um parto tranqüilo e confortável. Sinta-se plena em sua feminilidade e espiritualidade, pois esse momento é único. Não esqueça de que da sua paz, equilíbrio e boa vontade, dependerão as de seu filho, enquanto ele depender de você, até que consiga caminhar por si mesmo.

- Agora é a vez dos pais: acolha e alegre-se com a chegada do novo filho, não importa sob quais condições isso aconteça. Lembre-se que ele é seu filho e que não é à toa que está vindo sob o seu intermédio. Com certeza, a sua aceitação, amor e dedicação serão motivo de muito crescimento e alegria para ambos. Utilize-se de toda paciência, carinho e atenção para com a mãe de seu filho, nessa época ela torna-se mais sensível e vulnerável. Fique "grávido" também, participando, estimulando, zelando e apoiando no que for possível.

- Desde cedo os pais devem se preparar quanto aos profissionais, ambiente e método sob cujos cuidados estarão a mãe e o bebê. A relação entre o profissional que assistirá o parto e os pais deverá ser a mais segura e humana possível, onde a confiança, a afetividade e o equilíbrio deverão estar presentes. Os mesmos cuidados são extensivos ao ambiente e método do parto. A assistência espiritual será maior quanto melhor a atenção para com essas variáveis;

- Os primeiros dias de vida do bebê requerem, como a gravidez, cuidados especiais, por se tratar de um período de adaptação física e espiritual de grande sensibilidade. A amamentação deve ser incentivada e a paz estimulada. A prece, a vigília amorosa tornam-se instrumentos necessários a um reencarnante tranqüilo.

A primeira infância oferece excelentes oportunidades de aprendizagem para pais e filhos. É hora de semear. Alguns cuidados devem ser intensamente lembrados, tais como o respeito ao espírito como individualidade, o atendimento de suas necessidades materiais de saúde, educação, lazer e segurança; a precoce educação espiritual, ética e moral; a administração de limites, o cultivo da disciplina e desejo de se autodesenvolver em benefício de todos. O diálogo deverá ser o instrumento, o guia será a razão e o amor o motivo maior.

(Do Livro "Guia útil Para os Pais - Uma Abordagem Educacional Espírita" - Texto escrito pela Psicóloga Eryka Florenice Pinheiro Barreto).


A PERGUNTA 344 DO Livro dos Espíritos diz: Em que momento a alma se une ao corpo?

“A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.”

Como os pais devem agir quando sentem um pendor feminino nos meninos e um masculino nas meninas?
Bem essas más tendências devem ser respeitadas, porem orientadas...em que sentido?
...se eu percebi que tenho um filho ou uma filha com uma tendência diferente, o que eu vou fazer? Um mínimo de inteligência vai fazer com que eu crie uma vida extremamente ativa, minha junto com essa criatura, meu filho ou minha filha e levando à atividades as mais diferentes possíveis, mas que Não TENHAM ENVOLVIMENTO COM SEXO! E é exatamente o que o pai não faz; ele quando vê o filho homem ajeitando umas roupas, ajeitando o cabelos diferentee, com uns trejeitos estranhos, pornto, leva o filho para ver filme de pronografia, leva o filho para ver mulheres, obriga o filho a namorar, num filme enquanto o pai esta a olhar a mulher que é linda, o filho está a olhar o rapaz...e ele acha que esta a fazer um grande trabalho.

Se tu sentiste alguma coisa em teu filho/a, tira desse campo! Esse campo vai aparecer naturalmente na vida dele, aponta para o outro lado : para a arte, para a musica, literatura, para as coisas da cabeça, da inteligência...para desviar um pouco aquela finalidade principal que a maior parte dos jovens se dedicam que é a finalidade do sexo; porque ele vai aprender naturalmente a conviver com alguma coisa irregular que ele traz com ele/a mesmo e vai começar a desenvolver a sua contenção!!!

...e se ele a contenção do ponto de vista sexual, ele vai vencer a sua prova nessa reencarnação e nas próximas ele vai poder fazer o que ele desejar.

...muitas vezes o homossexualismo nada mais é do que uma prova; uma prova para ser vencida e não para que tu cedas a ela.

Podemos comparar o homossexualismo a cleptomania?

Podemos comparar o homossexualismo com a cleptomania; o sujeito que já roubou muito no passado, que teve uma vida irregular no roubo e na corrupção ele vem com um canal aberto no subconsciente com vontade de roubar e é colocado numa família em que não precisa de roubar, uma família com condições, para que ele tentado, não aceite ceder aquela tentação e vença a vontade de roubar.

Muita vez aquele espírito que nas dez, vinte encarnações foi aquela mulher exuberante que liquidou com tudo que foi homem, o negócio dela era só sexo, um dia a espiritualidade diz: - olha só, agora tu vais reencarnar como homem, para que um corpo masculino, possa conter o seu ímpeto e não agrave mais os seus vícios; é tão forte a impressão que o sexo feminino imprimiu naquele perispírito, que ele vem no corpo de um homem, mas, com desequilíbrio hormonal; uns até tem feição feminina e com aquela velha tendência de procurar o sexo masculino...embora esteja no sexo masculino...

Ora, como tu vences esta prova?

Não caindo na tentação...isso não significa que tu tenhas que encontrar uma mulher e desempenhar o lado ativo do homem com aquela mulher! Isso seria violentar! E tem muito pai que faz a isso.
Temos que desviar a pessoa daí...se tu percebes que tem uma criança com alguma tendência, tu vais deixar dinheiro rolando dentro de casa, dinheiro para lá, dinheiro para cá...já não tem mesmo, vai deixar ali sobrando? Que é para acirrar...Para ver se ele é forte mesmo e não o pega. Mas, ele já tem essa tendência! Ele vai pegar!Então nós vamos esconder isso, evitar falar em dinheiro, evitar falar em compras, evitar partir para esse consumismo, é uma forma de tentar inibir uma má tendência que a criatura já traz.

Não adianta querer vencer a esses problemas com a violência, porque a violência é tão perniciosa qunto a omissão e o silencio...nós temos que entender o que diz o Evangelho: a semeadura é livre a colheita porem é obrigatória...é fácil falar assim...vejamos, filho abandonado, destratado ou abortado hoje vai voltar; quando tu olhas para a tua filharada e diz: - cobra da água e sapo da lagoa, é o que tu mereces e o mais importante, eles merecem a ti; porque se eles merecessem um pai melhor também teriam, é porque não o merecem; então como é que vão ter que viver? Não vão ter que viver, vão ter que conviver; porque viver foi quando foram criados.

A verdade é a seguinte, o plano espiritual, a judá espiritual, o amigo espiritual coopera, mas quem opera na tua vida é tu. O plano espiritual vai ajudar a tua filha ao teu filho a crescer a se orientar, só que quem vai dar as orientações básicas é tu! Não é o plano espiritual.

...não adianta virar para o guia espiritual e dizer : - o meu espírito protetor eu não sei mais o que faço com esse filho...ele vai te dizer: - tu é que tens que saber, não eu, se tu fizeres errado e chorar eu virei te consolar; se tu fizeres certo e ele ficar bom, virei celebrar contigo.J esse é o bom protetor espiritual.
Enquanto não entendermos a isso, vamos sempre tentar repassar para os outros a responsabilidade que é nossa. Nós é que estamos na condição de “PAIS”...

E para aqueles pais que já estão em posição de desânimo quanto aos filhos?

...e aqueles que hoje, já estão na posição de quem não conseguiu fazer o melhor por seus filhos, não fiquem tristes, todos terão a oportunidade de serem pais novamente e receber os mesmos anjinhos novamente J. Talvez um tanto recrudescido porque vai exigir de ti mais de firmeza, todavia, como na próxima tu já vens com a Doutrina do Espírito em seu inconsciente, JÁ VAIS AGIR INTUITIVAMENTE DE MANEIRA DIFERENTE! As tuas reações já irão ser outras, pois, o progresso não sofre solução de continuidade.

Busque o dialogo com seu filho...busque estudar a Doutrina através do inteligente “Culto do Evangelho no Lar”...isso vai-nos fazer mudar o panorama de nossa casa.

Os filhos começam a se interessar...outra coisa, valorize a natureza! Leve teus filhos para passear no Jardim botânico, enquanto é ainda pequena a criança, mostre as plantas, as diferenças das cores, as diferenças de dimensão e de tamanho...a plantinha pequena e aquela árvore enorme, porque isso tira do espírito coisas que ele tem guardado por muitas e muitas vidas e aflora o gosto e a proteção pelas coisas...

Incentive o estudo ajuda, o estudo é um bem que não se perde.

Incentive a solidariedade.


Apesar da TV e do computador...procure conversar mais com teu filho...

Vamos fazer um teste com a nossa família para ver se ela tem diálogo? Sabe como podemos fazer? Vamos aprender: a família estando toda reunida J surge um “apagão” e fica-se sem luz...um dos membros pergunta: - foi geral? Outro diz: - foi geral. Outro fala: - tem vela? Ao que um responde: - não sei...

Por vezes são as únicas frases proferidas durante duas horas de escuridão...um aproveita para cochilar, outro para dormir, mas o que deveríamos aproveitar deste momento é a oportunidade de conversarmos...temos que conversar mais apesar da televisão não deixar, do computador evitar.

Pode haver uma casa dentro de outra casa feita pelo filho?

Claro que não! Um briga com o outro discute, bate a porta e vai para a sua casa dentro da nossa casa...que história é essa?! Temos que ter em mente que mesmo os filhos grandes enquanto morarem na casa do papai que paga o feijão e o arroz é do jeito do papai...se tu deixas os espíritos carregam as suas más tendências e pronto!...se tu permitires é o fim. Quando tu olhares é um monstro e tu vais dizer: - nem parece que saiu de dentro de mim!

Temos que ter em mente que nossos filhos são espíritos independentes, com más tendências, com boas tendências...devemos tentar fazer com que aflorem as boas.

Tu não podes permitir desde pequeno, não se esqueçam que os maiores monstros da humanidade um dia foram anjinhos, usando fraldinhas, dizendo “GLU GLU”...tu não podes dar boa noite para teus filhos quando eles tem 12 anos e dar bom dia quando eles quando estiverem com 17...porque aí já passou...isso tem que ser todos os dias; olho no olho, chega perto, cheira os filhotes, pegar de vez enquanto a roupa deles para lavar, vê olha, agora se nós não temos essa preocupação, e estivermos criando por criar, essa turma vai se virar contra agente...não pode! A ordem não pode ser subvertida, a disciplina não pode ser subvertida! O dialogo sim a liberalidade sim.

Jesus José e Maria

Até essa Criatura que foi a maior luz que esteve entre nós um dia ele também foi criança, por isso devemos enaltecer bastante o trabalho de José e de Maria; José o carpinteiro que provavelmente deve ter dado oficio a Jesus até ter chegado a idade que chegou; José era um pai prestimoso e não era pai de um filho só, porque tinha um matrimonio anterior com três ou quatro irmãos de Jesus...José ofereceu o oficio de carpinteiro ao filho, desde pequeno; foi com Jesus ao Egito para salvar a vida dele levando Maria, voltou e, no entanto a religião Católica so canonizou José em 1910; por que? Porque José era casado antes de casar-se com Maria. E talvez seja de todos os santos o mais injustiçado, porque sempre ficou em segundo plano, mas era o sustentáculo.

Mesmo sendo Jesus quem foi, estejam certos de que, alguns alinhamentos José deve ter tido que fazer, porque Jesus estava na carne e como ele mesmo disse : - “A carne é fraca”.

Nossos filhos sejam como forem estão a caminho da perfeição, por que eles são espíritos, por isso são eternos...

Jesus expressou o valor do pai, quando Ele pela primeira vez, em todos os escritos religiosos disse que Deus é Pai, foi o primeiro que chamou Deus de Pai, dando a verdadeira importância e conotação do que são os pais na vida dos filhos...se nós entendermos que nossos filhos são espíritos e por serem espíritos tem uma trajetória, tem um passado, tem uma experiência, tem qualidades, virtudes e defeitos são individualidades que não pertencem a nós, não são pedaços de nós, não são propriedades nossas, se entendermos assim teremos muito mais facilidade de lidarmos com eles.

Nossos filhos são espíritos.


UMA MÃE ESPECIAL

Num momento em que tanto se discute sobre a inclusão de pessoas especiais - portadoras de alguma deficiência - em grupos ditos "normais", uma alegoria vem, de forma figurada, mostrar a beleza, a força, a oportunidade, o valor de pessoas que assumem a tarefa de cuidar de tais pessoas, e o respeito que devemos ter diante delas.

Trata-se de uma adaptação de "The Special Mother", de Enna Bombeek, distribuída em forma de mensagem, que apresento a seguir:

"A maioria das mulheres torna-se mãe por acidente, muitas por opção, algumas por pressões sociais e umas poucas por hábito.

Este ano, aproximadamente 100.000 mulheres serão mães de crianças com algum tipo de deficiência física ou mental. Alguma vez você já se perguntou como Deus escolhe as mães de crianças deficientes?

De alguma forma, eu visualizo Deus passeando sobre a Terra, selecionando seus instrumentos para a preservação da espécie humana com grande cuidado e deliberação. À medida em que vai observando, Ele manda seus anjos fazerem anotações num bloco gigante:

"Elizabete Souza, vai ter um menino, santo protetor da mãe, São Mateus. Mariana Ribeiro, menina, santa protetora da mãe, Santa Cecília. Cláudia Antunes, esta terá gêmeos, santo protetor… mande São Geraldo protegê-la. Ele está acostumado com quantidade".
Finalmente, Deus dita um nome a um dos anjos, sorri e diz: "Para esta, mande uma criança surda".

O anjo cheio de curiosidade, pergunta: "Por que justamente ela, Senhor? Ela é tão feliz".

"Exatamente", respondeu Deus, sorrindo. "Eu poderia confiar uma criança deficiente a uma mãe que não conhecesse o riso? Isto seria cruel".

"Mas será que ela vai ter paciência suficiente?", pergunta o anjo.

"Eu não quero que ela tenha paciência demais, senão vai acabar se afogando num mar de desespero e auto compaixão. Quando o choque e a tristeza iniciais passarem, ela controlará a situação. Eu a estava observando hoje. Ela tem um conhecimento de si mesma e um senso de

independência que são raros e, ao mesmo tempo, tão necessários para uma mãe. Veja, a criança que eu vou confiar a ela tem seu mundo próprio. Ela tem que trazer esta criança para o mundo real e isto não vai ser fácil".

"Mas Senhor, eu acho que ela nem acredita em Deus".

Deus sorri "Isto não importa, dá-se um jeito. Esta mãe é perfeita.

Ela tem a dose exata de egoísmo que vai precisar".

O anjo engasga. "Egoísmo? Isto é virtude?"

Deus balança a cabeça afirmativamente. "Se ela não for capaz de se separar da criança de vez em quando, ela não vai sobreviver. Sim, aqui está a mulher a quem vou abençoar com uma criança menos "perfeita" do que as outras. Ela ainda não tem consciência disto, mas ela será invejada.

Ela nunca vai considerar banal qualquer palavra pronunciada por seu filho. Por mais simples que seja um balbucio dessa criança, ela o receberá como um grande presente. Nenhuma conquista da criança será vista por ela como corriqueira. Quando a criança disser "Mamãe", pela primeira vez, esta mulher será testemunha de um milagre e saberá reconhecê-lo. Quando ela mostrar uma árvore ou um pôr-do-sol ao seu filho e tentar ensiná-lo a repetir as palavras "árvore" e "sol", ela será capaz de enxergar minhas criações como poucas pessoas são capazes de vê-las.

Eu vou permitir que ela veja claramente as coisas que Eu vejo — Ignorância, Crueldade, Preconceito — e vou fazer com que ela seja mais forte do que tudo isso. Ela nunca estará sozinha. Eu estarei aqui ao seu lado".

"E qual será o santo protetor desta mãe? "pergunta o anjo, com a caneta na mão. Deus novamente sorri ": —Nenhum. Basta que ela se olhe num espelho.

MARLENE FAGUNDES CARVALHO GONÇALVES.

(Texto recebido de Cristiano de Almeida).
CONFORTO
“Se alguém me serve, siga-me.” — Jesus. (JOÃO, 12:26)

Freqüentemente, as organizações religiosas e mormente as espíritas, na atualidade, estão repletas de pessoas ansiosas por um conforto.

De fato, a elevada Doutrina dos Espíritos é a divina expressão do Consolador Prometido. Em suas atividades resplendem caminhos novos para o pensamento humano, cheios de profundas consolações para os dias mais duros.

No entanto, é imprescindível ponderar que não será justo querer alguém confortar-se, sem se dar ao trabalho necessário...

Muitos pedem amparo aos mensageiros do plano invisível; mas como recebê-lo, se chegaram ao cúmulo de abandonar-se ao sabor da ventania impetuosa que sopra, de rijo, nos resvaladouros dos caminhos?

Conforto espiritual não é como o pão do mundo, que passa, mecanicamente, de mão em mão, para saciar a fome do corpo, mas, sim, como o Sol, que é o mesmo para todos, penetrando, porém, somente nos lugares onde não se haja feito um reduto fechado para as sombras.

Os discípulos de Jesus podem referir-se às suas necessidades de conforto. Isso é natural. Todavia, antes disso, necessitam saber se estão servindo ao Mestre e seguindo-o. O Cristo nunca faltou às suas promessas. Seu reino divino se ergue sobre consolações imortais; mas, para atingi-lo, faz-se necessário seguir-lhe os passos e ninguém ignora qual foi o caminho de Jesus, nas pedras deste mundo.

(De “Caminho, Verdade e Vida”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel).


PROGRAMA DE AUTO-ILUMINAÇÃO

Assume o compromisso do autoburilamento espiritual e não tergiverses no empreendimento.

Lutarás contra fatores vigorosos da natureza interna, que parecerão conspirar, impedindo-te a promoção dos valores relevantes.

Defrontarás empeços que se avolumarão, dificultando-te a marcha.

Surpreenderás sutis convites e fortes imposições incitando-te à desistência.

Crescerão problemas desafiadores, exaurindo-te os esforços de perseverança, numa conspiração em favor da tua deserção.

Incitar-te-ão ao desânimo e repontarão acusações ferinas em rude agressividade contra os teus propósitos de enobrecimento.

Enquanto não abandonaste a craveira comum dos que se encontravam aturdidos na horizontal dos enganos, cão chamavas a atenção.

Nas circunstâncias comuns, confundias-te com a turba iludida quanto às finalidades superiores da vida.

Sentias-te inútil e, de certo modo, não produzias no bem nem para o bem.
Somavas desaires e angústias, longe de qualquer propósito de renovação. Não despertavas nenhum outro interesse, não eras valioso.

A balbúrdia produz comoção pela própria atroada que propicia.

A vivência da virtude, no excelente conteúdo do sentimento cristão, passa ignorada a princípio, não raro, depois, combatida.

Exige-se dela e de quem a busca viver o que se não pretende oferecer, levantando-se barreiras impeditivas à sua realização e provocam-se aranzéis com que se supõem dificultar-lhe a promoção.

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Sem alarde, sem deperecimento insiste no programa abraçado em torno da tua iluminação interior.

Se não fores compreendido, persevera; se sofreres coerção, insiste;

se experimentares perseguição, porfia;

se receberes agressão, avança.

Seja qual for a ocorrência negativa, aceita-a como incitamento à perseverança com que te libertarás das mazelas que te jugulam à inferioridade e das escamas que te sombreiam a claridade visual, melhor discernindo, a partir de então, e realizando sob a inspiração e direção de Jesus, que é o “modelo e Guia” de todos nós, que nos espera, paciente, a vitória sobre “a natureza animal” em plenitude de “natureza espiritual”

(De “Oferenda”, de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis).


CRIANÇAS ESPECIAIS.

Todas as crianças são especiais, porque cada uma é uma individualidade sagrada e rica. Mas aqui queremos nos referir particularmente às crianças que fogem, de um modo ou de outro, ao padrão médio de normalidade. As crianças com problemas de desenvolvimento, com sub ou superdotaçao intelectual, crianças com desajustes emocionais - todas elas merecem estudos de médicos, psicólogos e educadores em todo o mundo. Aliás, alguns dos métodos pedagógicos desenvolvidos nesse século para crianças normais partiram de métodos antes aplicados a crianças excepcionais - como o de Montessori e o de Decroly. Interessa-nos aqui o aspecto espiritual da questão, até agora não desvendado.

A deficiência mental tem geralmente uma causa física bem identificável: pode, por exemplo, ser provocada por um problema genético (como no caso da síndrome de Dawn) ou uma lesão cerebral (ocorrida na hora do parto ou durante alguma convulsão). Pode, às vezes, também ser conseqüência passageira de algum distúrbio psíquico.

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(Do Livro "A Educação Segundo o Espiritismo" - Dora Incontri).

REALIZAÇÃO EM CARIDADE

Sim, existe grande número de pessoas mais bem qualificadas do que tu, para o ministério do amor e a realização da solidariedade na Terra.
Sem dúvida, há multidões que estão menos capacitadas para o mesmo mister, em relação a ti.
O importante, porém, não é como se encontram uns e outros, mas sim, como estás, a fim de que a ação do bem se manifeste, alterando as atuais estruturas morais anárquicas e ensejando a implantação da bondade, do perdão, da caridade entre os homens.
A renovação do mundo jamais se dará mediante imposições legais, embora estas sirvam para frear os desconcertos emocionais e éticos; todavia, será resultante da transformação pessoal de cada criatura, cuja conduta espelhará a excelência do seu equilíbrio e da sua realização superior.

Numa obra de conjunto, todos os elementos são de importância para os resultados que se pretendem. Há fatores que respondem pela decisão e qualidade do trabalho, como existem os que se responsabilizam pela resistência e durabilidade. São valiosos os de grande porte, nos quais outros se fixam, como os de pequeno volume que acionam o todo e se encarregam da harmonia geral.
Funcionam em equilíbrio, porque cada peça obedece à finalidade para a qual foi elaborada, cada uma cumprindo com a função que lhe é destinada.
No mundo social e moral não é diferente.
Quando alguém se ajusta, surge a harmonia no todo; quando se descontrola ou cai, aparece o desequilíbrio.
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Fala-se demais em técnica e qualificação como condições essenciais para os empreendimentos relevantes.
Sem os desconsiderar, enquanto estes não chegam, que os valores da dedicação e do serviço se apresentem e dêem início ao programa.
Antes de surgir o arado mecânico, largos tratos de terra foram revolvidos pelo de tração animal; até o advento da lâmpada, lampiões, candeeiros e outros mecanismos rudes se fizeram instrumentos da claridade vencendo as sombras.
Assim, não te detenhas, porque te consideres desarmado de altos valores a que muitas criaturas se referem.
Se não podes implantar a paz, vence a tua violência íntima.
Se não consegues transformar o mundo, melhora-te interiormente.
Se não logras ser uma estrela, torna-te uma lamparina modesta, porém valiosa.
-0-
Da mesma forma, evita o desânimo, quando considerando a massa humana volumosa que se encontra em condição menos feliz que a tua.

O adubo, mesmo desprezado, é fato de vida.

A chuva, embora rápida, beneficia.

O Sol, mesmo no entardecer, aquece.

Recorda-te de que “... Deus é caridade; e quem está em caridade está em Deus e Deus nele”, conforme anotou o apóstolo João, na sua primeira carta, capítulo quatro, versículo dezesseis.

( Divaldo P. Franco por Joanna de Ângelis. In: Alegria de Viver)

JESUS EM AÇÃO.


Irmãos surgem que, de vez em vez, se afirmam contra a beneficência, alegando que enquanto nos consagramos ao socorro material esquecemos os nossos deveres na iluminação do espírito. E enfileiram justificações às quais a Doutrina Espírita, revivendo os ensinamentos de Jesus, opõe naturais contraditas.

Senão, vejamos:

A assistência Social, no fundo, deve pertencer ao poder público.

Indiscutivelmente, ninguém nega isso, mas se estamos na praia vendo companheiros que se afogam, como recusar cooperação ao serviço de salvamento, quando estamos aptos a nadar?

Não adianta dar migalhas aos irmãos em penúria, cujas necessidades são gigantescas.

Consideremos, porém, que se não começarmos as boas obras, com o pouco de nossas possibilidades reduzidas, nunca aprenderemos a desligar-nos do muito para colaborar a benefício dos outros.

Desaconselhável auxiliar criaturas viciadas com o que apenas conseguiríamos conserva-las em perturbação e desequilíbrio.


Quem nos poderá medir a própria resistência, ante as provações do caminho e de que modo apreciaríamos a conduta do próximo para conosco, se fôssemos nós os caídos em tentação?

Muitos dos chamados pedintes mostram mais necessidade de trabalho que de auxílio.

Claramente justa a alegação, mas muito raramente quem diz isso demonstra a disposição ou a possibilidade de ser o empregador.


Devemos cogitar exclusivamente do ensino moral, de maneira a cumprir as tarefas de orientação que o espiritismo nos preceitua.

Sem dúvida, é obrigação nossa colocar, acima de tudo, a obra educativa do espírito eterno, mas é importante lembrar que o próprio Cristo se empenhou a alimentar a multidão faminta, ao ministrar-lhe as Boas Novas de salvação, de vez que não há cabeça tranqüila sobre estomago atormentado...

Compreendamos isso e, quanto nos seja possível, entreguemo-nos à escola do amparo fraterno, com todas as nossas forças, reconhecendo que estamos cada vez mais necessitados de caridade, em todos os sentidos, de uns para com os outros, a fim de revelarmos que o Espiritismo é realmente Jesus em ação.

(Emmanuel).
O PACIENTE E O PASSE
51. Estou cheio de preocupações. Posso tomar o passe mesmo assim?
O passe é terapia que atinge tanto o físico como o espiritual. Embora o passe não vá resolver seus problemas, ele pode atuar como elemento motivador para a solução. No momento do passe, o paciente está mais apto a receber impressões e intuições de seus benfeitores espirituais. O passe definitivamente não é aconselhado para os casos em que a pessoa não apresenta qualquer tipo de problema. Tomar passe simplesmente por tomar, como se fosse uma mania, é erro comum no qual incorre boa parte das pessoas.
52. O paciente que está em tratamento de desobsessão pode tomar passe?
Sim, e muitas vezes até mesmo a Espiritualidade recomenda que tal pessoa receba passes durante um determinado período, embora não haja qualquer regra. Há processos obsessivos em que o obsediado apresenta tamanho grau de afinidade com o obsessor (ou obsessores) que chega, algumas vezes, a perder momentaneamente o controle de si mesmo. Pacientes que possam ser enquadrados em tais casos, ditos de “subjugação”, devem necessariamente informar com discrição ao coordenador da tarefa, para que o passe seja aplicado com restrições, de forma a se evitar o máximo possível a manifestação mediúnica dentro da câmara de passes, ou mesmo seja aplicado em equipe, quando o coordenador julgar conveniente.
53. O paciente que está fazendo uso de remédios pode tomar passe?
Sim. Pelo que temos observado e aprendido, a fluidoterapia é um excelente coadjuvante para quaisquer tipos de tratamento pelos quais o paciente possa estar passando.
54. O paciente que está doente pode tomar passe?
Sim. Aliás, o objetivo principal do passe é o auxílio às pessoas necessitadas. (Veja questões 51, 52 e 65)
55. O paciente pode comer carne no dia do passe?
Muitas vezes durante tratamentos de saúde convencionais o médico recomenda- nos utilizar alimentação mais leve, afim de não aumentar a carga de trabalho do organismo. Com o passe ocorre o mesmo. O problema de ingestão de carne no dia da tarefa do passe não tem qualquer aspecto místico ou esotérico. O paciente necessita entender que a tarefa do passe é também um tratamento, para o qual deverá preparar seu organismo (físico e espiritual) convenientemente para a recepção dos fluidos benéficos que há de receber. Assim, recomenda- se que nesse dia, o paciente se esforce para não ingerir quantidades excessivas de carne, e caso não consiga abster- se totalmente da alimentação carnívora, pelo menos faça uso de alimentação mais “leve”, tal como carne de frango ou peixe. (Veja questão 63)
56. O paciente pode se alimentar antes de receber o passe?
Sim. Porém o excesso de alimentação traz uma série de inconvenientes que devem ser evitados para maior integração do paciente à tarefa, tais como a sonolência, a falta de ar, gases intestinais, dentre outros. Um erro muito comum reside no fato de as pessoas acreditarem que a eficácia do passe depende apenas do passista. Naturalmente, em um tratamento médico, se o paciente não seguir com disciplina as prescrições do profissional de saúde, por melhor que este seja, o tratamento não terá sucesso. Com o passe ocorre o mesmo. (Veja questão 63)
57. O paciente pode fumar no dia de receber o passe?
Seja qual for a situação, a melhor opção é não fumar. No entanto, até mesmo o desequilíbrio pelo qual esteja passando determinado paciente faz com que este apele para o cigarro. De forma geral, recomenda- se que o paciente evite fumar o maior intervalo de tempo possível, tanto antes quanto depois do passe. (Veja questão 67)
58. O paciente pode usar bebidas alcoólicas no dia de receber o passe?
Da mesma forma que o fumo, recomenda- se que o paciente abstenha- se de usar o álcool o maior intervalo de tempo possível, tanto antes quanto depois do passe. É um erro acreditar- se que após a tarefa o paciente poderá fazer “qualquer coisa”. Seria o mesmo que começar a ingerir bebidas alcoólicas após a ingestão de um antibiótico. Qualquer tipo de medicamento, após ingerido, tem o seu tempo de ação no organismo. Com os fluidos recebidos durante o passe ocorre o mesmo. (Veja questão 67)
59. E se o paciente usar tóxicos?
O paciente usuário de tóxicos, fora do estado de desequilíbrio mental causado pelo uso, poderá também se servir da terapêutica de passes, se possível, acompanhado de orientação moral e evangélica adequada. (Veja questão 67)
60. Gestante por tomar passe?
Sim. Não há qualquer tipo de impedimento neste caso. Conforme relatos espirituais, nestes casos mesmo a criança que vai renascer recebe os benefícios fluídicos. Apenas, como em todos os casos, deve- se avaliar a necessidade do passe, que não deve ser ministrado simplesmente pelo fato de uma pessoa estar grávida.
61. Criança pode tomar passe?
Naturalmente, como qualquer outra pessoa. Pelo que temos observado, muitas vezes a criança entra na câmara de passes amedrontada. Há passistas que durante a tarefa, por questão pessoal, franzem a testa ou apresentam fisionomia fechada, extremamente séria, como se isso representasse algo de útil. Geralmente conseguem apenas amedrontar mais ainda os pequeninos, fazendo com que estes bloqueiem sua capacidade de recepção. O bom passista deverá se esforçar, principalmente no caso das crianças, em expressar uma fisionomia mais “risonha”, ou que pelo menos não cause estranheza, afim de se conseguir maior abertura psíquica do paciente e por conseguinte melhor desempenho.
62. Qual o número máximo de passes que o paciente deverá tomar?
Não há regra. Em geral, deve- se analisar a orientação do receituário mediúnico, caso exista, e com base na interpretação segura, seguir ou não suas diretrizes. O que não deve ocorrer é o paciente submeter- se à fluidoterapia apenas porque “não tinha nada pra fazer antes de começar a reunião”. Mesmo que a câmara de passes esteja vazia, tomar o passe simplesmente por tomar é falta de caridade para com a equipe de passistas, pois estes estarão doando de si o que o paciente absolutamente não precisa. (Veja questões 9, 64 e 103)
63. O paciente precisa se preparar para tomar o passe?
Sim. Na verdade, conforme os ensinamentos do Cristo, devemos estar continuamente nos preparando, “vigiando” para que nossas deficiências estejam cada vez menos ativas, e “orando” para que possamos captar a influenciação benéfica do Alto, orientando nossa vida para o bem. Embora tais diretivas sejam ideais, cumpre recordar que na maioria dos casos o paciente é companheiro que encontra- se em dificuldade, e por isso mesmo, merecedor principal de nosso respeito e consideração. (Veja questões 55 e 56)
64. O paciente pode tomar passe mais de uma vez por semana?
Exceto nos casos provenientes de receituário mediúnico que foi devidamente analisado, a maioria das pessoas não tem necessidade de tomar mais de um passe por semana. Abusar da bondade dos irmãos tarefeiros é falta de caridade e desrespeito à tarefa. (Veja questões 9 e 62)
65. Deve haver motivo para se tomar passe?
Sim. Muitas vezes o indivíduo chega à casa espírita e sente necessidade de tomar um passe, pelas vias da intuição. Tal fato pode ocorrer e é muito natural. O problema está em se tomar passes todas as vezes que se visite a casa espírita, deliberadamente. Para se tomar um passe, deve necessariamente haver uma causa que o justifique, da mesma forma que não se deve tomar remédios sem o conhecimento e o endosso de um médico. (Veja questão 54)
66. Se o paciente for médium ostensivo ele poderá tomar o passe?
Sim. Nos casos em que a mediunidade ainda não foi devidamente educada ou o processo educativo está em curso, o paciente deverá informar tal fato ao coordenador da tarefa, antes de receber o passe, para que este tome as precauções necessárias, caso julgue conveniente. Sendo os fluidos a base do fenômeno mediúnico, companheiros que tenham mediunidade ostensiva sem capacidade de contenção têm boas chances de experimentar uma manifestação no momento da tarefa. O passista, desde que consciente da situação, pode fazer o máximo para evitar o acontecimento. (Veja questão 137)
66a. A fé do paciente na eficácia do passe é importante?
Sim. Simplificando, entendemos fé como estado de receptividade aos fluidos. Caso um paciente tenha muita fé na ação do passe, podemos dizer que ele está totalmente receptivo aos fluidos que receberá. Caso o paciente não tenha fé, certamente suas defesas psíquicas atuam contra a invasão de qualquer tipo de fluido em seu cosmo orgânico. Se pudéssemos fazer um paralelo, mesmo que irreal, apenas para ilustração, diríamos que “a falta de fé”, em relação aos medicamentos comuns, representa uma substância qualquer dentro do organismo do paciente que anula quase por completo o efeito do remédio. Deve- se ressaltar, mais uma vez, que tal exemplo é apenas uma comparação. (Veja questão 105)
67. Qual é a conduta ideal do paciente?
O paciente deverá considerar a fluidoterapia como recurso sagrado, não ignorando os benefícios espirituais que recebe a cada passe, devendo portanto se esforçar cada vez mais por apresentar conduta que o torne digno da continuidade do tratamento que recebe da Misericórdia Divina por intermédio dos colaboradores da casa espírita. O passe não cura, mas age como alívio e alimento da alma para que ela cure a si mesma. (Veja questões 57 a 59).
(Texto estudo recebido do André Luiz).

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